A tatuagem foi-lhe feita em segundos, mas, para Lale, o choque é tal que o
tempo parece ter parado. Segura o braço e fica a olhar o número. Como pode
alguém fazer isto a outro ser humano?
(in «O Tatuador de
Auschwitz», Heather Morris)
«O Tatuador de Auschwitz», da escritora neozelandesa Heather Morris, é, sem
dúvida, o «livro da minha vida». Neste livro é-nos apresentado Lale, um dos
muitos judeus que foram levados para Auschwitz, onde acaba por ser tatuado e
por se tornar, à força, tatuador. É a fazer um desses trabalhos que conhece Gita,
o seu grande amor. É a partir daí que a história começa, mostrando como era a
vida nos campos de concentração.
Uma das coisas que me cativou bastante nesta obra foi, sem dúvida, a
narrativa. Uma história de amor que tem como pano de fundo uma das piores
alturas da história da humanidade, mas que consegue sobreviver a tudo. Lale tem
de enfrentar imensas situações difíceis, para poder voltar aos braços da sua
amada, para poder permanecer vivo e conseguir continuar a ajudar os outros,
apesar de correr imenso riscos.
Este livro deveria ser lido por todos. Tem uma mensagem muito forte e
importante para a sociedade e, em particular, para os dias de hoje. Esta é uma
verdadeira história de compaixão, altruísmo e sobrevivência. Mesmo apesar do
horrível «cenário» da Segunda Guerra Mundial, de destruição, pobreza, miséria e
maus-tratos, o amor consegue prevalecer. Vence a mente sã e o pequeno sabor da
felicidade depois da tragédia.
O estilo de escrita da autora também ajuda à leitura, é cativante!
Depois de ler este livro, mudei um pouco a minha forma de ver as coisas. E
posso concordar plenamente quando dizem «Auschwitz, uma história tatuada na
humanidade».
Mariele Venda, 9.º A, n.º 12
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