sexta-feira, 29 de maio de 2020

LÍNGUA APURADA - IR AO ENCONTRO OU IR DE ENCONTRO?

As duas expressões estão corretas e usam-se com muita frequência. No entanto, temos de prestar atenção ao contexto em que as usamos, pois os seus significados são muito diferentes e, nalgumas situações, têm mesmo significado oposto.

Ir ao encontro de  significa estar de acordo com, estar em sintonia com, ir para junto de, dar resposta a.


A tua opinião vai ao encontro de tudo aquilo que eu penso.
A tua opinião está de acordo com tudo aquilo que eu penso.

😊

Ir de encontro a significa embater, chocar com, ir contra algo ou alguém.

A tua opinião vai de encontro a tudo aquilo que eu penso.
A tua opinião é contrária a tudo aquilo que eu penso.

😞

Queres confirmar se sabes usar adequadamente estas expressões?

quinta-feira, 28 de maio de 2020

SEGURAS-TE NA NET? -«MENSAGENS DESCONHECIDAS»

Observa e lê atentamente a tira de banda desenhada da SeguraNet que se segue.
Reparaste, seguramente, que falta a terceira vinheta. Qual delas será? A, B, C ou D?

Clica sobre a imagem para a veres melhor.
A
B
C
D

Descobriste? Já sabes a que letra corresponde a vinheta que falta na tira?
Então, estás pronto(a) para vir jogar connoscoClica aqui.
Podes jogar todas as vezes que quiseres,

TEXTOS EM DESTAQUE - «A DESCOBERTA DO TESOURO DE D.PEDRO I»

O estudo da obra Os Piratas, de Manuel António Pina, foi o ponto de partida para uma oficina de escrita proposta pela professora Filipa Batista aos alunos do 6.º ano, na sequência de uma sugestão apresentada numa aula do projeto #ESTUDOEMCASA. 
Propunha-se aos alunos que escrevessem um texto narrativo, entre 140 e 200 palavras, que tivesse como cenário uma ilha e como personagens um grupo de piratas.

Cena do filme «A Maldição do Pérola Negra»
O resultado deste trabalho foi um conjunto de textos muito interessantes, como este, da Inês Calapez Duarte, que a seguir se transcreve.


     A DESCOBERTA DO TESOURO DE D. PEDRO I

Numa noite de tempestade, um grupo de piratas dirigia-se a uma cidade cheia de tesouros. No entanto, devido à enorme tempestade, formou-se um tornado que os levou para uma ilha tropical. Desesperados e com o barco destruído, viram-se obrigados a construir um abrigo.
Ao fim de vários dias, o capitão, de barba ruiva e com um olho de cristal, ordenou:
— Tobias, reúne os marinheiros e divide-os em três grupos.
— Sim, senhor! — obedeceu Tobias.
— Grupo um, vão procurar madeira para reconstruir o nosso barco que ficou destruído depois do furacão. Grupo dois, vão ao centro da ilha e tragam todas as frutas e vegetais que encontrarem. Grupo três, venham comigo, pois vamos explorar a ilha — anunciou o capitão.
Depois de alguns meses, os piratas conseguiram reconstruir o seu barco, cuja madeira era tão brilhante como um céu cheio de estrelas e cuja vela era tão grande e bonita como um lindo tecido dourado. A fruta que carregavam era mais doce do que o açúcar acabado de retirar da cana.
Com comida, bebida e um belo barco, os piratas seguiram viagem para o seu destino inicial.
Quando chegaram, depararam-se com a armada e os tesouros de D. Pedro. Depois de uma pequena e muito perigosa batalha, os piratas conseguiram, finalmente, o que queriam ir buscar: os belos e valiosos tesouros de D. Pedro I do Brasil.
Inês Calapez Duarte, 6.º A,

quarta-feira, 27 de maio de 2020

SELO CURIOSO 5 - ORGANIZAÇÕES: OMS

Numa época em que tanto se fala da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma visita ao nosso baú dos selos antigos levou-nos à descoberta de um selo de 1968, que assinala duas décadas da criação desta organização.



A Organização Mundial de Saúde (OMS), ou World Health Organization (WHO), é uma instituição especializada das Nações Unidas, que visa apoiar a cooperação internacional para a melhoria das condições de saúde.
Fundada a 7 de abril de 1948, esta organização desenvolve um conjunto de ações que se prendem com o controlo de epidemias, o emprego de medidas de quarentena, a estandardização de medicamentos, a regulação sanitária e o planeamento e execução de campanhas de vacinação, rastreio e prevenção de doenças.
A OMS tem sede em Genebra e é financiada pelas contribuições anuais dos estados-membros.

Se quiser acrescentar informação sobre este tema, use, por favor, o espaço «comentários». 

RESULTADOS DE «MIÚDOS A VOTOS» FORAM HOJE DIVULGADOS

Apesar de as escolas estarem fechadas, as eleições para os livros preferidos dos alunos portugueses do 1.º ano ao 12.º ano realizaram-se no dia 21 de abril, por voto eletrónico, envolvendo cerca de 800 escolas e 16 815 alunos do país inteiro.
Os resultados dessas eleições foram divulgados, hoje, na festa de encerramento desta iniciativa promovida pela VISÃO Júnior e pela Rede de Bibliotecas Escolares.

Gravity Falls - Diário 3, de Alex Hirsch e Rob Renzetti, foi o livro vencedor no 1.º ciclo, seguido de O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry, e de O Cuquedo, de Clara Cunha.
No 2.º ciclo, Gravity Falls – Diário 3 também surge em 1.º lugar, sendo seguido de Avozinha Gângster, de David Walliams, e de Ulisses, de Maria Alberta Menéres.
Os alunos do 3.º ciclo manifestaram a sua preferência no livro O Diário de Anne Frank, que surge na 1.ª posição, à frente de O Rapaz do Pijama às Riscas, de John Boyne, e de After de Anna Todd.
A obra de Anna Todd, After, aparece no topo das preferências dos alunos do ensino secundário, seguida de Harry Potter e a Pedra Filosofal, de J. K. Rowling, e de A Culpa é das Estrelas, de John Green.

Os resultados do Agrupamento de Escolas de Monchique foram os que se seguem.

1.º CICLO

2. º CICLO

3.º CICLO

terça-feira, 26 de maio de 2020

POESIA PARA LER E OUVIR - «TREM DE FERRO», MANUEL BANDEIRA

O poema selecionado para hoje foi escrito por Manuel Bandeira, um poeta, tradutor e crítico brasileiro, que é considerado um dos maiores poetas de língua portuguesa.
Manuel Bandeira nasceu a 19 de abril de 1886, no Recife, e morreu em 1968, no Rio de Janeiro.


A. Para ouvires o poema numa leitura muito animada e ritmada, clica aqui.
B. Para ouvires a versão na canção de Tom Jobim, clica aqui.

Qual é a tua preferida? A ou B? Porquê?

Treina agora a leitura do poema e adota o teu próprio estilo!

Trem de Ferro 

Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria que foi isto maquinista?

Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força

Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!

Oô...
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá

Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Oô...
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no Sertão
Sou de Ouricuri
Oô...

Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...

                          Manuel Bandeira, Antologia Poética

segunda-feira, 25 de maio de 2020

LIVRO DA SEMANA - «A FLOR VAI VER O MAR», ALVES REDOL

O livro desta semana foi selecionado a pensar nos meninos e meninas do 1.º ano que estão, agora, a ler a obra A Flor Vai Ver o Mar de Alves Redol.

É uma história muito engraçada, que nos fala de uma pequena Flor que conseguiu ir ver o Mar, graças à ajuda de vários amigos.

Se precisares de ajuda para ler esta história, clica aqui e uma professora bem simpática vai ler-te a história toda.

Se quiseres fazer uma ficha de leitura da obra, clica aqui.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

LÍNGUA APURADA - HAVIA OU HAVIAM?

Esta é uma das dificuldades que os alunos revelam com muita frequência.


Havia uma laranja no cesto.
Havia vinte laranjas no cesto? OU Haviam vinte laranjas no cesto?

Nestas frases, estamos a usar o verbo "haver" (no pretérito imperfeito do indicativo), como verbo principal, com o sentido de existir
Neste contexto, "haver" é um verbo defetivo impessoal, que só se conjuga na 3.ª pessoa do singular, ainda que o complemento direto seja um constituinte no plural.

Portanto: Havia uma laranja no cesto.  Havia vinte laranjas no cesto. 

O mesmo se verifica em todos os outros tempos verbais, como, por exemplo:
Presente do indicativo - uma pessoa à tua espera.    várias pessoas à tua espera.
Pretérito perfeito do indicativo - Naquele dia, houve um acidente terrível. Naquele dia, houve três acidentes terríveis,

No entanto, se o verbo "haver" for usado como verbo auxiliar, com significado equivalente a ter, flexiona em todas as pessoas gramaticais, concordando em pessoa e número com o sujeito.
Exemplos:
Quando eu cheguei, ela já havia saído.
Quando eu cheguei, tu já havias saído.
Quando eu cheguei, eles já haviam saído.
Quando tu chegaste, nós já havíamos saído.

Queres confirmar se percebeste bem?
Clica aqui e faz o quiz que te propomos.

Se tiveres dúvidas, podes colocá-las no espaço «comentários».

quinta-feira, 21 de maio de 2020

terça-feira, 19 de maio de 2020

LIVRO DA SEMANA - «A MAIOR FLOR DO MUNDO», JOSÉ SARAMAGO

Especialmente para os meninos do 4.º ano, que estão a ler esta obra, mas também para todos nós, este conto de José Saramago, que dizia ter muita pena de não saber escrever histórias para crianças e que se interrogava: «Quem sabe se um dia virei a ler outra vez esta história escrita por ti que me lês, mas muito mais bonita».
Obrigando-nos a refletir, o nosso Prémio Nobel da Literatura deixa-nos duas questões:
E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?

Para ter acesso ao filme clica aqui.

Se já leste a história atentamente, podes verificar se a compreendeste bem, realizando o quiz que a seguir disponibilizamos.
Depois de o submeteres, terás acesso imediato à tua pontuação e à correção das questões.

TEXTOS EM DESTAQUE - «WHAT A WONDERFUL WORLD»

Os trabalhos que a seguir se apresentam resultaram de uma proposta feita pelo professor João Cristina às turmas dos 8.º e 9.º anos, na disciplina de Educação Visual.
Propunha-se a realização de uma composição gráfica e de uma composição escrita a partir da música «What a Wonderful World», de Louis Armstrong.

                                                                      Angelina Jones - 9.º A

What a Wonderful World

Se o título for repetido ao longo da música, as pessoas lembram-se muito mais facilmente. Ter um significado profundo, comovente e compreensível e um videoclipe que seja memorável contribuem para ajudar uma música a resistir também ao teste do tempo. 
Neste ensaio, analisarei a música "What a Wonderful World", de Louis Armstrong. Foi escrita em 1968 durante a época da Guerra do Vietname. Apresentada no género jazz, foi escrita e composta para tentar trazer esperança aos milhões de vítimas que sofrem os efeitos da guerra, como a perda de muitos pais, maridos amados e filhos, que foram enviados para longe, para uma terra estranha com pessoas estrangeiras.
"What a Wonderful World" não é apenas o título da música, mas também o refrão. Essa frase é repetida quatro vezes ao longo da música para enfatizar o facto de que, apesar de haver muito ódio e violência no mundo, ainda é bonito e sempre há a chance de parar a dor e trazer paz à vida novamente. Diz-nos para esperar sempre o melhor, porque não é um sonho impossível. “I See Trees of Green, Red Roses too” é a primeira linha da música, que nos diz imediatamente que há sempre uma oportunidade de melhorar e uma oportunidade de crescer. Eu acredito que esta é a linha de abertura, porque mostra, imediatamente, que a música estará focada no lado mais feliz da vida, em vez da turbulência, e que é melhor ser positivo do que negativo. O verso “The Bright Blessed Day, the Dark Sacred Night” foi cuidadosamente redigido. Com o uso de palavras específicas, como abençoado e sagrado, é apresentado um ambiente bastante seguro, dando a sensação de que estamos sendo cuidados. Usar estas palavras em vez de palavras mais negativas, como preto, dá à música uma sensação mais suave e relaxa as pessoas que a ouvem.
“The Colours of the Rainbow, so Pretty in the Sky” pode ser interpretado com muitos significados diferentes. A visão mais reconhecida e compartilhada seria a de que o arco-íris é o sinal de que a tempestade acabou, que está mais claro, que tempos mais fáceis estão à frente. Nas visões religiosas, o arco-íris é a promessa de Deus ao seu povo de que ele nunca mais os abandonará, sendo um sinal de esperança para todos. A razão pela qual acredito que a frase “They’re really saying I Love You” foi escrita na música é porque as pessoas se encontram e se cumprimentam com corações felizes todos os dias e, embora nem sempre o digam, expressam que se amam de várias maneiras.
"What a Wonderful World" é uma das muitas músicas que resistiram ao teste do tempo. Através da sua músicas e letra, diz-se que, quando tudo parece perdido e esse desespero está nos nossos corações, há sempre uma esperança para o futuro. Embora tenha sido escrito durante um período de turbulência terrível, prometeu-nos uma esperança para um futuro melhor e mostrou-nos que podemos sempre sair por cima.
Louis Armstrong era um americano negro que enfrentava preconceito e amargura e, ainda assim, sentia alegria e esperança suficiente em si mesmo para produzir uma música tão amorosa e tocante. A música falou sobre muitas pessoas de diferentes raças e religiões. Não importa como seja ou quem é, as coisas podem sempre melhorar, não importa o quão mal elas sejam.                                                        
                                                                                               Angelina Jones - 9.º A

      

segunda-feira, 18 de maio de 2020

SEGURAS-TE NA NET? - «PROTEÇÃO DE DADOS»

Hoje, mais do que nunca, dependemos da Net para estudar, para interagir com os professores, para comunicar com os amigos, para ver filmes, para estar a par das notícias e para tantas coisas mais.
São indiscutíveis as muitas vantagens que a Internet nos oferece, mas também são inegáveis os inúmeros perigos e riscos a que estamos sujeitos se não fizermos um uso responsável e crítico deste recurso.

Para podermos refletir sobre esta problemática, criámos uma nova rubrica, intitulada «Seguras-te na Net?», que te apresentará diferentes desafios, a partir de tiras de BD disponibilizadas no sítio da Seguranet (www.seguranet.pt).

Para começar, convidamos-te a ler as quatro vinhetas que se seguem.
Tenta, em seguida, colocá-las na ordem adequada. Para isso, clica no link que se apresenta a seguir às imagens.

Proteção de Dados



SELO CURIOSO 4 - MEDICINA / PRÉMIO NOBEL

O selo de hoje foi emitido em 1974, aquando do 1.º centenário do nascimento do professor Egas Moniz.

António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz (1874-1955) nasceu em Avanca, Estarreja, a 29 de novembro de 1874.  Foi médico neurologista, investigador, político e escritor português.
Egas Moniz é mundialmente conhecido por ter desenvolvido a angiografia cerebral e a leucotomia pré-frontal.

Em 1949 recebeu o Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina pelos seus estudos relacionados com a lobotomia, sendo o primeiro português a ser distinguido com este galardão.
Selo emitido em 1974 que faz referência à angiografia cerebral, descoberta de 1927 que revolucionou a medicina e a neurocirurgia, permitindo o diagnóstico de tumores cerebrais e o diagnóstico e tratamento do aneurisma cerebral e da malformação arteriovenosa

Selo da coleção «Cientistas Portugueses» emitido em 1966

Até à presente data, só dois portugueses receberam um Prémio Nobel. Sabe quem foi o outro? E em que área?


POESIA PARA LER E OUVIR - «BARCA BELA», ALMEIDA GARRETT

O poema de hoje é dedicado aos alunos do 8.º ano, que começam a semana com o estudo deste bonito poema de Almeida Garrett. No entanto, como a poesia não tem fronteiras, desafiamos todos os nossos leitores para embarcarem connosco nas diferentes propostas de leitura que aqui apresentamos.

Ilustração de uma adaptação em banda desenhada de O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway, por Thierry Murat

Para ouvires o poema, numa excelente leitura de Nuno Miguel Henriques, clica aqui.
Se preferires uma bonita declamação com sotaque brasileiro, clica aqui.

Barca bela

Pescador da barca bela,
Onde vais pescar com ela,
Que é tão bela,
Ó pescador?
Não vês que a última estrela
No céu nublado se vela?
Colhe a vela,
Ó pescador! 

Deita o lanço com cautela.
Que a sereia canta bela...
Mas cautela,
Ó pescador!

Não se enrede a rede nela,
Que perdido é remo e vela,
Só de vê-la ,
Ó pescador!
Pescador da barca bela,
Inda é tempo, foge dela,
Foge dela,
Ó pescador!
                             Almeida Garrett, in Flores sem fruto e folhas caídas

quinta-feira, 14 de maio de 2020

LIVRO DA SEMANA - «HISTÓRIA DE UMA GAIVOTA E DO GATO QUE A ENSINOU A VOAR», LUIS SEPÚLVEDA

Esta é a história de um gato, Zorbas, cujo descanso foi, certo dia, interrompido por uma gaivota moribunda, que aterrou abruptamente na sua varanda. Antes de morrer, a gaivota, Kengah, confia-lhe o ovo que acabara de pôr e fá-lo assumir um enorme compromisso. Irá Zorbas cumprir as promessas que fez a Kengah? Conseguirá ele tomar conta do ovo e da pequena gaivota que dele nascerá? E será capaz de a ensinar a voar?

História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar é uma fábula recheada de valores, como o respeito pela diferença, a amizade, a honra dos compromissos assumidos, o espírito de grupo, o companheirismo, mas é também um alerta para os problemas ambientais e para a preservação da Natureza.

Se ainda não leste este livro, aproveita o teu tempo disponível para o fazer. Garanto-te que vais gostar!

Podes, em seguida, fazer uma verificação autónoma da compreensão da leitura, realizando o quiz que a seguir te disponibilizamos. Depois de o submeteres, terás acesso imediato ao teu resultado e à correção das questões.


terça-feira, 12 de maio de 2020

SELO CURIOSO 3 - DESPORTO


O selo de hoje data de 1964 e é alusivo à XVIII edição dos Jogos Olímpicos, que decorreram em Tóquio, no Japão, entre os dias 10 e 24 de outubro, com a participação de 5151 atletas em representação de 93 países.
Estas foram as primeiras Olimpíadas realizadas no continente asiático, depois de terem sido cancelados os jogos de 1940, também atribuídos a Tóquio, devido à Segunda Guerra Mundial. 
Portugal fez-se representar em Tóquio por uma comitiva de 20 atletas, dividida por sete modalidades: atletismo, hipismo, vela, tiro, natação, ginástica e judo.
As melhores classificações foram obtidas por Manuel de Oliveira, quarto classificado na prova de 3000 metros obstáculos, em atletismo, e pelo cavaleiro Joaquim Silva, quinto na prova hípica de obstáculos.




segunda-feira, 11 de maio de 2020

LÍNGUA APURADA - LAVAS-TE OU LAVASTE?

Correspondendo ao compromisso que assumimos com um dos nossos leitores, abordaremos hoje outra dificuldade muito frequente no uso da Língua Portuguesa: lavas-te ou lavaste?


Ambas as formas estão corretas, mas temos de as saber usar de forma adequada.

Lavas-te - Estamos perante um verbo pronominal reflexo conjugado no presente do indicativo na segunda pessoa do singular, ou seja, há aqui duas palavras ligadas por um hífen: uma forma verbal e um pronome pessoal.
Num verbo pronominal reflexo, o pronome pessoal (me, te, se, nos, vos, se) que acompanha o verbo refere a mesma pessoa que o sujeito. A ação do sujeito recai sobre ele próprio: eu lavo-me, tu lavas-te, ele lava-se, nós lavamo-nos, vós lavais-vos, eles lavam-se.

Presta atenção à frase:
Tu lavas-te com sabonete.
Nesta frase, o sujeito (tu) lava-se a si próprio

Lavaste - É também uma forma do verbo lavar, mas no pretérito perfeito do indicativo, indicando, por isso, uma ação passada: eu lavei, tu lavaste, ele lavou, nós lavámos, vós lavastes, eles lavaram.
Neste caso, estamos perante uma única palavra.

Presta, agora, atenção à frase seguinte:
Tu lavaste o carro do teu pai.
Nesta frase, o sujeito pratica uma ação que não recai sobre si próprio.

Caso, ainda assim, sintas dificuldade no uso destas formas, tenta colocar as frases na negativa.
Exemplo 1:
Tu lavas-te com sabonete.
Tu não te lavas com sabonete.
Exemplo 2:
Tu lavaste o carro do teu pai.
Tu não lavaste o carro do teu pai.

Repara que, no exemplo 1, ao colocares a frase na negativa, o pronome pessoal te aparece anteposto, ou seja, antes da forma verbal.
No exemplo 2, no entanto, isso não acontece, nem seria possível, porque estamos a usar apenas uma palavra, que se mantém intacta.

Vejamos, agora, outro exemplo.
Conheces a palavra "fizes"? Não?
Claro que não! Não existe na Língua Portuguesa. A palavra não pode terminar ali, pois o que está para lá do hífen já é outra palavra.
A forma correta é fizeste (verbo fazer no pretérito perfeito do indicativo na segunda pessoa do singular).
Exemplo: Fizeste um trabalho excelente!

Relembra, então, que o hífen pressupõe a existência de duas palavras: uma forma verbal e um pronome pessoal.

Queres confirmar se percebeste bem?



LIVROS FALADOS - «A CIDADE QUE QUERIA VIVER NO CAMPO», POR PEDRO SEROMENHO

A cidade que queria viver no campo, Pedro Seromenho*
                                                                        
*Pedro Seromenho Rocha, de nacionalidade portuguesa, nasceu sob a constelação de gémeos em 1975, na cidade de Salisbúria (Harare), República do Zimbabué. Com apenas dois anos de idade fixou-se em Tavira e mais tarde em Braga, onde atualmente reside.
Embora formado em Economia, Pedro Seromenho dedica-se inteiramente a escrever e a ilustrar livros para várias editoras nacionais e brasileiras.

 (Nota biográfica retirada da Wook)

POESIA PARA LER E OUVIR - «E POR VEZES», DAVID MOURÃO FERREIRA

Especialmente para os alunos do 7.º ano, que estão agora a estudar este poema, mas também para todos aqueles que gostam de poesia, começamos a semana com um magnifico soneto de David Mourão Ferreira que nos fala da subjetividade do tempo, a fazer lembrar um quadro célebre de Salvador Dali.

A Persistência da Memória, Salvador Dali

Para ouvires o poema, dito por Elisabete Pedreira, clica aqui.
Se o quiseres ouvir na voz de Mafalda Jara, clica aqui.

E por vezes

E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos  E por vezes

encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites  não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos

                          
                           David Mourão Ferreira, in Obra Poética

sábado, 9 de maio de 2020

SELO CURIOSO 2 - COMEMORAÇÕES: DIA MUNDIAL DA EUROPA

Hoje, dia 9 de maio, data que assinala o aniversário da «Declarção Schuman», comemora-se o Dia da Europa, uma forma de festejar a paz e a unidade no continente europeu.

Há 70 anos, num discurso proferido em Paris, em 1950 (cinco anos após a rendição do regime nazi), Robert Schuman, o então Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, expunha a sua visão de uma nova forma de cooperação política na Europa que evitaria a eclosão de uma guerra entre países europeus. A sua proposta passava pela criação de uma instituição europeia encarregada de gerir em comum a produção do carvão e do aço.
Menos de um ano mais tarde, na primavera de 1951, seis países, conhecidos como a Europa dos Seis (Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos) firmavam em Paris o tratado que criava a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), concretizando a visão de Schuman.
Considera-se que a atual União Europeia teve aqui o seu início.


O selo que descobrimos no nosso baú, emitido em 1960, não está associado ao Dia da Europa ou à União Europeia, mas assinala a Conferência Europeia das Administrações de Correios e Telecomunicações (CEPT), criada em 26 de junho de 1959, através da assinatura de um acordo ("Arrangement") subscrito por representantes de 23 Administrações de Correios e Telecomunicações de 19 países europeus.
Atualmente a CEPT conta com 45 administrações europeias.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

SELO CURIOSO 1 - HISTÓRIA

Uma espreitadela aos baús da nossa biblioteca conduziu-nos à descoberta de um interessante conjunto de selos antigos, que nos contam histórias da História, que nos dão lições de desporto, de música, de política e de cidadania e que nos apresentam grandes vultos da nossa literatura. 
Surgiu, assim, a ideia de criarmos no nosso blogue uma nova rubrica intitulada «Selo Curioso». Nesta rubrica, partilharemos imagens de alguns desses selos, acompanhadas de uma pequena informação, que poderá ser o ponto de partida para uma troca de opiniões e de conhecimentos sobre o tema.

E para começar, escolhemos o tema HISTÓRIA e um selo que assinala o 8.º centenário da Fundação de Portugal.

Neste selo vemos D. Afonso I, cognominado de «o Conquistador», que foi o primeiro Rei de Portugal.
Data de 10 de abril de 1140 o primeiro documento autêntico em que Afonso se assume como rei. No entanto, o reino de Portugal só é reconhecido pelo rei Afonso VII de Leão e Castela em 1143, na sequência do Tratado de Zamora. E só em 1179 o papa Alexandre III reconhece a independência de Portugal e Afonso Henriques como seu primeiro rei.

terça-feira, 5 de maio de 2020

5.º DESAFIO DE ESCRITA

Visualiza a curta animação que se segue, com calma e atenção.


Nesta animação intervêm quatro animais: um Alce, um Urso, um Guaxinim e uma Lebre.
Imagina um curto diálogo entre dois deles, que corresponda a uma das cenas que visualizaste.

Podes optar por um dos seguintes diálogos:
A - Diálogo entre o Alce e o Urso;
B - Diálogo entre o Urso e o Guaxinim;
C - Diálogo entre a Lebre e o Alce;
D - Diálogo entre a Lebre e o Guaxinim.

Usa o espaço «Comentários» para publicares o teu diálogo. Por favor, indica a opção que escolheste A, B, C ou D.
Não te esqueças de indicar o teu nome, número e turma.

PRIMEIRO DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA - 5 DE MAIO DE 2020

O primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa assinala-se hoje, dia 5 de maio (data oficializada em 2019  pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), com um cerimónia e um concerto online, que contam com a participação de várias personalidades lusófonas da política, da música, das letras e do desporto.

Sabias que a Língua Portuguesa...
é a 4.ª língua mais falada no mundo (a seguir ao Mandarim, ao Espanhol e ao Inglês)*?
é a língua oficial de vários países, cuja população excede, no seu conjunto, os 260 milhões de pessoas?*
é uma língua global que se projeta em todos os continentes?*
é a língua oficial dos nove países-membros da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) e de Macau?
é língua oficial ou de trabalho de várias organizações internacionais?

* Informação retirada do Novo Atlas da Língua Portuguesa (2016).
"Não tenho sentimento nenhum político ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é a língua portuguesa". (Fernando Pessoa, in Livro do Desassossego).

segunda-feira, 4 de maio de 2020

LIVRO DA SEMANA - «O FANTASMA DE CANTERVILLE», OSCAR WILDE

Obra abordada na terceira aula de Português do 9.º ano de Estudo em Casa, O Fantasma de Canterville, de Oscar Wilde, oferece-nos uma leitura divertida, até mesmo para quem tem medo de fantasmas. 
Tudo começa quando uma família de americanos decide comprar Canterville Chase, apesar dos aviso do proprietário sobre a existência de um fantasma. No entanto, este fantasma não consegue, por muito que tente, amedrontar a família e acaba por se sentir ridicularizado e insultado pelos novos inquilinos.
O fantasma, porém, também tinha uma história triste para contar e é o elemento mais sensível da família que o vai ajudar a encontrar a paz.

Se ainda não leste a obra, aqui fica a sugestão.

Se já a leste, descobre o quanto te recordas dela, realizando o quiz que se segue. 
Depois de submeteres as tuas respostas, terás acesso à tua pontuação e à correção das questões.


LÍNGUA APURADA - AH, HÁ OU À?

«LÍNGUA APURADA» é uma nova rubrica deste blogue, onde abordaremos algumas das dificuldades mais frequentes no uso da Língua Portuguesa.


O uso da interjeição «Ah», que vem normalmente seguida do ponto de exclamação e que indica admiração, surpresa, não é muito problemático, mas a confusão entre «» e «à» é muito habitual.

«» é uma forma do verbo haver e, em caso de dúvida, podemos tentar substituir, na frase, esta forma verbal, que está no presente do indicativo, pelo pretérito imperfeito do indicativo.
Por exemplo: Há muito tempo que estou à espera. / Havia muito tempo que estava à espera.

Já o «à», resulta da contração da preposição «a» com o determinante «a», o que implica anteceder um nome feminino e singular. Se substituirmos o nome que vem a seguir por um nome masculino, este «à» tomará a forma «ao».
Por exemplo: O João chegou atrasado à escola. / O João chegou atrasado ao teatro.

Achas que és capaz de usar corretamente estas palavras?



Se tiveres dúvidas, podes colocá-las no espaço «comentários».

POESIA PARA LER E OUVIR - «SEGREDO», MIGUEL TORGA

Fotografia de José Carlos Lopes
Para ouvir o poema, clique aqui.
Segredo

Sei um ninho
e o ninho tem um ovo;
e o ovo, redondinho,
tem lá dentro um passarinho novo.

Mas escusas de me atentar:
nem o tiro nem o ensino;
quero ser um bom menino,
e guardar
este segredo comigo
e ter depois um amigo
que faça o pino
a voar.
                       Miguel Torga