No dia 3 de dezembro, a Carolina Morais, do 4.º ano da Escola EB1 n.º
2, abriu o mês com uma ternurenta leitura da obra O Relógio da Minha Avó, de
Geraldine McCaughrean, deixando, certamente, todas as avós de lágrima no olho. E
se, em estúdio, a mãe da Carolina não conseguia disfarçar um carinhoso e enorme
orgulho pela excelente participação da sua filhota aos microfones da Rádio
Foia, é fácil imaginar que a sua avó Paula, ouvinte assídua da nossa rubrica,
não deve ter ficado nada indiferente. Com efeito, a obra é uma homenagem a
todas as avós, que não precisam de olhar para o relógio para saberem as horas.
Sabem-nas pelas batidas de um coração, pelos beijos de boas-noites, pelo tempo
que a água da banheira leva a arrefecer… E a Carolina conferiu à leitura toda a
doçura e delicadeza do texto!
E a leitura continuou
no feminino, no dia 10 de dezembro, com a Anita Páscoa e a Margarida Nunes, da
turma B do 6.º ano, que nos relembraram um grande clássico da literatura
portuguesa, A Morgadinha dos Canaviais, de Júlio Dinis, lendo,
integralmente, uma excelente adaptação para os mais novos de Possidónio
Cachapa.
Pelas vozes doces e
melodiosas das duas jovens leitoras, os ouvintes da Rádio Foia foram conduzidos
até ao século XIX e ficaram a par da história de Henrique de Souselas, um
jovem rico da cidade que foi enviado para o campo para se tratar de uma doença
misteriosa (aquela que atinge as pessoas que não fazem nada) e que acaba por descobrir o
efeito regenerador da vida campestre e o verdadeiro amor.
A última edição de 2015
foi para o ar no dia 17 de dezembro com a Beatriz Francisco e a Carolina Silva,
da turma B do 7.º ano. Bastante familiarizadas com a nossa rubrica de leitura na Rádio Foia, estas duas excelentes leitoras (provavelmente duas das melhores leitoras do 7.º ano) aproveitaram a proximidade do Natal para apresentarem
à audiência uma magnífica obra de Sophia de Mello Breyner
Andresen - O Cavaleiro da Dinamarca.
Esta obra conta a
história de um cavaleiro dinamarquês que, certa noite de Natal, durante a ceia,
quando todos estavam reunidos à volta da mesa, comunica à família e aos criados
que iria partir em peregrinação à Terra Santa, para orar na gruta onde Jesus de Nazaré tinha
nascido e que, portanto, dessa noite a um ano não estaria com eles, mas prometendo
que, dali a dois anos, estariam juntos de novo a festejar o Natal.
Na Primavera seguinte, o
Cavaleiro partiu e chegou à Palestina muito antes do Natal, aproveitando para visitar todos os locais sagrados relacionados com a vida de Jesus.
O regresso, no entanto, foi muito atribulado e várias vezes a vida do Cavaleiro esteve em perigo, inclusivamente na floresta, já muito perto de casa, onde se sentiu completamente perdido. Mas uma luz, em forma de cone, que subia do chão para o céu, "um grande triângulo radioso cujo cimo subia mais alto do que todas as árvores", guiou-o: era o abeto ao lado da sua casa, a maior árvore da floresta, que os anjos de Natal tinham enfeitado com dezenas de pequeninas estrelas para guiar o Cavaleiro.
E assim surgiu a tradição de se iluminarem os pinheiros na noite de Natal.
O regresso, no entanto, foi muito atribulado e várias vezes a vida do Cavaleiro esteve em perigo, inclusivamente na floresta, já muito perto de casa, onde se sentiu completamente perdido. Mas uma luz, em forma de cone, que subia do chão para o céu, "um grande triângulo radioso cujo cimo subia mais alto do que todas as árvores", guiou-o: era o abeto ao lado da sua casa, a maior árvore da floresta, que os anjos de Natal tinham enfeitado com dezenas de pequeninas estrelas para guiar o Cavaleiro.
E assim surgiu a tradição de se iluminarem os pinheiros na noite de Natal.