POEMA 7/31
Naufrágio de um Cargueiro, William Turner (1775 - 1865) |
Data de consulta: 21 de fevereiro de
2022.
MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa ( 1888 - 1935)
Data de
consulta: 21 de fevereiro de 2022.
Poema e pintura sugeridos por: André Sampaio, 9.º B, n.º 2.
Leitura do poema: André Sampaio.
1 comentário:
Excelente escolha André... muita carga nestas palavras... opto por me agarrar à tua alma que sei não ser pequena, porque tudo te tem valido a pena... obrigado e continua feliz... João Cristina.
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