terça-feira, 18 de dezembro de 2018

FELIZ NATAL E UM EXCELENTE 2019!

A Biblioteca Escolar deseja a todos os leitores deste blogue um FELIZ NATAL e um EXCELENTE 2019!

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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

«QUEM VÊ LIKES NÃO VÊ CORAÇÕES!»

O título do 5.º volume da coleção «O Estranhão» (Quem vê likes não vê corações!), de Álvaro Magalhães, é bem sugestivo e poderia dar pano para mangas numa boa discussão sobre as redes sociais. No entanto, aproximando-se o Natal, a Carolina Morais, da turma B do 7.º ano, deixou esse tema para outra ocasião e preferiu partilhar com os ouvintes da Rádio Foia um excerto da obra intitulado «Jesus Cristo e eu».


Imaginem que o Fred, o Estranhão, nasceu precisamente no dia 25 de dezembro, numa ambulância, quando a sua mãe ia a caminho do hospital.
«As ruas da cidade estavam iluminadas e as pessoas que passavam, carregadinhas de presentes, sorriam umas para as outras. Havia música no ar e grupos de jovens cantavam»


«Estavam todos, portanto, a festejar o nascimento de um menino. E quem poderia ser?»
Obviamente, o Fred pensou que estavam a festejar o SEU nascimento, pois não via mais menino nenhum acabado de nascer.
Ao chegar a casa, porém, percebeu quem era o tal menino.
«Era de barro e estava deitado numas palhinhas, diante da árvore enfeitada e cheia de presentes. Sim, era o Menino Jesus, que nasceu há dois mil e tal anos e continua a fazer anos».
E se, ao princípio, nascer no Natal até parecia uma coisa acertada, o Fred acabou por perceber que era uma concorrência desleal. «Quem pode competir com alguém que 2000 anos depois de ter vivido ainda continua a ser tão popular?»
Com o passar dos anos, os problemas e as confusões intensificaram-se. Fred foi desenvolvendo uma má relação com o «menino do presépio», mas ganhou-lhe respeitinho. «Como grandes males pedem grandes remédios», Fred tomou, finalmente, uma decisão grave:
«Para o ano, e depois também, passo a fazer anos um mês antes ou um mês depois do Natal. Talvez um mês antes, para não mudar de ano. Quero lá saber da data que está no cartão de cidadão. Para efeitos de festejos e comemorações, nasci a 25 de novembro, um mês a.D (antes Dele)».



Como podem imaginar, esta última edição de «Um Livro por Semana» de 2018 foi muito divertida. A Carolina acertou, em cheio, na escolha da obra e, com graciosidade e descontração, foi partilhando com os ouvintes da nossa rádio local episódios muito engraçados, recheados de  humor e imaginação.

domingo, 16 de dezembro de 2018

E SE UM DIA UMA CHALEIRA...

«Há muito, muito tempo havia num templo de uma das províncias orientais uma velha e talentosa chaleira. Um dia, quando o sacerdote do templo ia suspendê-la sobre o fogo, a fim de ferver água para o seu chá, a chaleira ...»
Pearl S. Buck, «A Estranha e Talentosa Chaleira»
in Histórias Maravilhosas do Oriente, Lisboa, Livros do Brasil, 2006.

   ... partiu-se! Mas o sacerdote não notou. Por isso, saiu e foi beber o seu chá, tranquilamente. Mas, quando entrou outra vez para arrumar o templo, reparou no sucedido e ficou muito triste, porque aquela chaleira era antiquíssima, do tempo dos seus bisavós. O sacerdote ficou a pensar, a pensar, e lembrou-se que há muito tempo, quando ainda era criança, tinha conhecido uma bruxa velha que conseguia arranjar muitas coisas, embora por um preço exorbitante...
    Então, no dia seguinte, o sacerdote partiu com a intenção de visitar aquela bruxa, que era de muito longe. Ele sabia que o conserto ia ter um preço muito elevado, por isso, levou um saco de moedas de ouro que tinha encontrado algures no passado. Depois de caminhar por muito tempo, finalmente, o sacerdote encontrou a casinha da bruxa, que se localizava numa floresta muito bela, com rios de água transparente e muitos animais.
    O sacerdote bateu à porta e abriu-a uma velhinha de roupa rasgada e cabelo branco, que era a tal bruxa. O sacerdote explicou-lhe o que tinha sucedido e a ela disse então que conseguia arranjar a chaleira, mas que o sacerdote tinha de aceitar três condições: a primeira era mesmo pagar um preço muito elevado pelo arranjo, mas o sacerdote para isso já vinha preparado, e então aceitou, curvando a cabeça. A segunda condição era, imagine-se, que cada vez que ele usasse a chaleira ficasse com a língua azul, mas o sacerdote estimava tanto aquele objeto, que também aceitou, sem reclamar. Mas a terceira condição já era bastante mais complicada... O sacerdote teria que se dar ao trabalho de ir à floresta, encontrar uma árvore de um fruto exótico e transformá-la numa cadeira especial, para que a bruxa pudesse descansar as suas velhas pernas, como gostava, ao pé da lareira. O sacerdote queria tanto que a bruxa resolvesse o problema da chaleira, que também aceitou, ainda que muito sofrido pela perda de uma árvore.      
    Assim, enquanto a velha bruxa arranjava a chaleira, o sacerdote ia à procura da árvore exótica para fazer a cadeira. Ao fim de dois dias, estavam ambos muitos cansados, mas satisfeitos por terem conseguido cumprir as respetivas missões. 
    O sacerdote, como combinado, entregou a o saco de moedas de ouro e a cadeira e, em troca, a velha bruxa devolveu a chaleira muito bem arranjada, com se nada se tivesse passado.
    O sacerdote retomou então o caminho de regresso a casa, por meio de montes e vales, e quando chegou, uma semana depois, sentou-se e suspendeu a chaleira ao fogo para fazer chá. Quando ficou pronto, o sacerdote sentou-se ao pé da lareira a beber o seu chá de gengibre com a sua língua azul.

Maizy Louise Washington, 7.º A,
Monchique, dezembro de 2018.

Shügetsu (c. 1427-c. 1510), sem título, Museu de Arte de Honolulu.

sábado, 15 de dezembro de 2018

QUEM SÃO OS LEITORES MISTÉRIO?

Conseguirá o nosso leitor adivinhar quem são os leitores mistério que estão nesta fotografia?


Descubra a identidade dos nossos leitores (alunos da Escola EB1 N.º 2), envie a resposta para bibescolaeb23monchique@gmail.com e habilite-se a um dos seguintes prémios.


Os nossos alunos já participaram, adivinharam e já ganharam.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA - ALUNOS APURADOS PARA A FASE INTERMUNICIPAL

Já são conhecidos os nomes dos alunos do Agrupamento de Escolas de Monchique que representarão o concelho na Fase Intermunicipal do Concurso Nacional de Leitura, que se realizará em março ou abril, numa das bibliotecas públicas do Algarve.


As provas da 1.ª Fase (Fase Escolar) decorreram ontem, dia 11 de dezembro, no auditório da Escola Básica Manuel do Nascimento, e ditaram o apuramento dos seguintes alunos:

1.º CICLO (Ordem alfabética)
Alícia Costa Duarte - 4.º ano - Escola EB1 N.º 2
Daniela Morales dos Reis - 4.º ano - Escola EB1 N.º 2

2.º CICLO (Ordem alfabética)
Anita Campos Marques - 5.º ano; Turma B
Gil de Alfarrobinha e Matos - 6.º ano; Turma A

3.º CICLO (Ordem alfabética)
Beatriz Morales dos Reis - 7.º ano; Turma B
Carolina Gonçalves Morais - 7.º ano; Turma B

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

ALUNOS TREINAM CÁLCULO MENTAL COM UM BARALHO DE CARTAS

A componente lúdica na aprendizagem da Matemática pode ser uma excelente estratégia para incentivar o interesse pela disciplina e melhorar o desempenho dos alunos. Neste pressuposto, a professora Emília Gonçalves convidou os seus alunos do 5.º ano a participarem num jogo de cartas, na Biblioteca Escolar, recorrendo a um baralho especial constituído por 54 cartas, 540 expressões numéricas e 5 graus de complexidade. SuperTmatik é o nome deste jogo, destinado ao treino do cálculo mental, que estimula a memorização, a criatividade e o raciocínio.



Subdivididos em pequenos grupos e sob a orientação de um aluno árbitro, os discentes puseram à prova a sua destreza de cálculo mental e puderam avaliar o seu domínio da tabuada e das regras das prioridades para resolução de expressões numéricas, tendo como objetivo a conquista de cartas/letras que permitem construir a expressão SUPER T.



No final, percebeu-se que a Matemática pode ser divertida e o SuperTmatik passou a ser um dos jogos mais concorridos na biblioteca.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

É IMPOSSÍVEL FICAR INDIFERENTE À LEITURA!

Podemos gostar pouco de ler. Podemos até mesmo não gostar de ler, mas ficar indiferentes às muitas e variadas leituras que os meninos e meninas das escolas de Monchique levam à Rádio Foia é tarefa quase impossível.
Cada semana, há uma proposta diferente. Os leitores mudam, os estilos divergem, as obras escolhidas diferenciam-se, consoante os interesses, as motivações e o nível etário dos participantes. No entanto, há uma espécie de magia comum a todas as edições que nos prende à emissão radiofónica e que nos leva a viajar pelas páginas dos livros, contagiados pelas leituras escorreitas, fluentes e expressivas dos meninos.
Nas três últimas edições de «Um Livro por Semana», a Leonor André e a Mariana Furtado, do 4.º ano da Escola EB1 N.º1 , o Gil Matos, da turma A do 6.º ano, a Daniela Reis e o Diogo Luz, do 4.º ano da Escola EB1 N.º 2, ofereceram-nos um conjunto diversificadíssimo de leituras e deixaram que autores portugueses e estrangeiros conceituados, como Alice Vieira, Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada e Goscinny e Uderzo, desfilassem, com rigor, ritmo e graciosidade, pelos microfones da Rádio Foia.
Com leituras e leitores assim, ouvir ler pode mesmo tornar-se um hábito muito agradável!







terça-feira, 27 de novembro de 2018

VOLTAR À ESCOLA PARA APRESENTAR UM LIVRO

Foi um sábado chuvoso, o dia 24 de novembro.
Contrariamente ao que é habitual, as portas da Escola Básica Manuel do Nascimento estiveram abertas nesse dia e o polivalente vestiu-se a preceito para receber uma «coruja» muito especial.
Falamos de Uma Coruja nas Ruínas, o segundo livro do escritor monchiquense Eduardo Jorge Duarte, cuja apresentação esteve a cargo da Professora Doutora Adriana Freire Nogueira da Universidade do Algarve.
Numa sala repleta de muitos amigos e bons leitores, a conversa à volta do livro foi emotiva, instrutiva, animada, e a Escola encheu-se de orgulho por ter ali, de novo, aquele menino que, há vinte anos, mal sonhava que um dia encheria o polivalente com a sua escrita.




quinta-feira, 22 de novembro de 2018

FERNANDA BOTELHO COMPARTILHA PAIXÃO PELAS PLANTAS

A escritora Fernanda Botelho esteve em Monchique, nos dias 19 e 20 de novembro, para encontros com adultos e com várias turmas do 1.º e 2.º ciclos.
As histórias que escreve juntaram-se aos aromas, formas e cores das plantas que trouxe para a biblioteca escolar, e a escritora foi compartilhando uma enorme paixão e um imenso conhecimento sobre plantas, apelando continuadamente ao respeito pelo ambiente e pelo planeta Terra.


segunda-feira, 19 de novembro de 2018

«UM LIVRO POR SEMANA»: DESAFIO SUPERADO!

A ida à Rádio Foia é, por vezes, muito mais do que um exercício de leitura e de apresentação oral. É uma experiência diferente que mexe com as emoções e o nervosismo dos nossos alunos, que se desafiam a si próprios, numa tentativa de dar o seu melhor.
No passado dia 15, a Iara Cabangaje, da turma A do 6.º ano, ultrapassou os seus receios e participou individualmente, pela primeira vez, na rubrica «Um livro por semana», com a obra A viúva e o papagaio, de Virginia Woolf.
A nossa leitora fez uma divertida e animada apresentação do livro e partilhou com os ouvintes uma excelente leitura de um excerto da obra, deixando bem claro que a rapidez e a fluência da leitura não a intimidam.
No fim, a Iara agradeceu a todos os que a apoiaram e incentivaram a participar nesta aventura, mas agradeceu também a si própria. E tem razão! Às vezes, também temos que reconhecer o nosso próprio mérito, principalmente quando lutamos para superar dificuldade e inibições e conseguimos fazer uma coisa bem feita.


sexta-feira, 16 de novembro de 2018

FINAL FELIZ para um VIOLINO: TEXTO A DUAS MÃOS


«Os braços caíram-lhe para os lados do corpo. Numa das mãos segurava o arco, na outra o violino. E, muito esguio, macilento, Mestre Finezas curvou a cabeça branca, devagar, como a agradecer os aplausos de um público invisível.»
Manuel da Fonseca, «Mestre Finezas»
in Aldeia Nova, Porto, Forja, 1975.

Mestre Finezas sentia-se ainda poderoso a tocar o seu violino, apesar da sua idade, já avançada… Só eu conseguia compreender bem o que lhe ia na alma, já que, pela vila, só se ouviam comentários negativos sobre Ilídio Finezas.
Antigos admiradores seus eram aqueles que mais o criticavam e lhe viravam as costas, pois diziam que ele já não tinha idade para trabalhar…
Passados alguns dias, Mestre Ilídio Finezas ficou muito doente e faleceu. Chorei de tristeza por perder um grande amigo, mas prometi a mim mesmo fazer alguma coisa na vila que perpetuasse a sua memória, para sempre.
Com a ajuda de um grande amigo, construímos na antiga barbearia de Mestre Finezas um museu de artes e ofícios.
Ali estão expostos todos os utensílios utilizados por Mestre Finezas e nas paredes coloridas foram colocados quadros relacionados com o dia a dia de uma barbearia. Bem no centro, à frente da velha cadeira de barbeiro, está em destaque, para todos verem, o violino de Mestre Finezas.
O Museu de Artes e Ofícios é agora o maior ponto de interesse da vila e eu (mais Carlos e menos Carlinhos) sou agora, como diretor, responsável pela sua divulgação nacional e internacional e assim, aos poucos, vão chegando à nossa vila pessoas de todo o mundo para admirar o museu.
Catarina Correia, 7.ºA,
Monchique, outubro de 2018.


Marc Chagall, «O Violinista Azul», 1947

 Marc Chagall, «O Violinista Verde», 1923

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA 2018/19 - 1.ª FASE: NA ESCOLA

Já estão abertas as inscrições para a 1.ª Fase do Concurso Nacional de Leitura 2018/2019.
As provas desta 1.ª Fase estão marcadas para o dia 11 de dezembro e centrar-se-ão na fábula «A Ursa e o Mensageiro dos Deuses» in Três Fábulas de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada (2.º ciclo) e «História da Gata Borralheira» in Histórias da Terra e do Mar de Sophia de Mello Breyner Andresen (3.º ciclo). 

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

«NEWTON GOSTAVA DE LER!» TESTA CAPACIDADE DE RACIOCÍNIO DOS ALUNOS

Será possível resumir uma história com uma expressão numérica?

À partida, esta é uma tarefa que não parece nada fácil, mas os alunos das duas turmas do 5.º ano não se atrapalharam com o desafio apresentado pela Biblioteca Escolar e pela professora de Matemática e chegaram rapidamente à solução.

Tudo começou com uma leitura interativa da história «Passei com mais dois» de Gianni Rodari, que conta a história de um dez que, depois de ter sido mutilado pela subtração, se vê atacado pela divisão, mas que é posteriormente ajudado pela multiplicação, transformando-se num doze. Ou seja, resumindo: (10-2):2x3=12

Superado este desafio, a capacidade de raciocínio dos nossos alunos continuou a ser posta à prova com três atividades propostas no módulo ENIGMATEMÁTICO, do projeto «Newton gostava de ler!». Quantos dias leva o caracol a percorrer os 10 metros caracol? De que cor é a casa número dois? Quanto pesa cada uma das tartarugas?
Os três enigmas pareciam difíceis, mas os grupos concentraram-se na leitura de cada uma das situações problemáticas, trocaram ideias e opiniões, testaram as várias hipóteses e as respostas corretas foram surgindo sem grandes dificuldades.

No final, sentia-se no ar um discreto sentimento de orgulho. Orgulho de missão cumprida, de capacidade provada.








terça-feira, 13 de novembro de 2018

WORKSHOP «UMA FARMÁCIA NA COZINHA»

A escritora Fernanda Botelho estará de visita  ao nosso agrupamento de escolas nos próximos dias 19 e 20 de novembro para encontros com os alunos dos 5.º e 6.º anos da Escola Básica Manuel do Nascimento e do 3.º ano da Escola EB1 N.º 2.
Aproveitando a sua presença no concelho, as bibliotecas escolar e pública agendaram um interessante Worhshop com a escritora subordinado ao tema «Uma Farmácia na Cozinha», que está aberto a toda a comunidade educativa.
A participação no workshop está sujeita a inscrição na biblioteca escolar.


segunda-feira, 12 de novembro de 2018

NOVA TEMPORADA DE «UM LIVRO POR SEMANA» NA RÁDIO FOIA

A rubrica «Um Livro por Semana» está de volta à Rádio Foia e continua a oferecer leituras aos ouvintes da estação local todas as quintas-feiras, a partir das 15 horas.
A primeira edição desta nova temporada foi para o ar no passado dia 8 de novembro e esteve a cargo da Leonor Valério, da turma A do 6.º ano. Leitora assídua e fã assumida das obras de Sophia de Mello Breyner Andresen, a Leonor partilhou com os ouvintes a leitura de dois magníficos excertos da obra A Menina do Mar, transportando-nos para um mundo onde a amizade não conhece barreiras nem diferenças.
Questionada pela jornalista Idalete Marques, a jovem leitora fez um pequeno resumo da história e explicou o seu fascínio por esta obra, destacando o sentimento de amizade que surge entre dois seres diferentes: uma menina do mar, que não conhecia nada da terra, e um rapaz da terra, que não podia viver debaixo de água.
A espontaneidade e a graciosidade do discurso associaram-se à fluência da leitura e a Leonor fez-nos recordar a pertinência desta rubrica semanal de leitura.


terça-feira, 30 de outubro de 2018

MIÚDOS A VOTOS: QUAIS OS LIVROS MAIS FIXES?

A Rede de Bibliotecas Escolares e a VISÃO Júnior voltam a organizar, pela terceira vez consecutiva, a eleição dos livros preferidos das crianças e jovens portugueses, através da iniciativa «Miúdos a votos: quais os livros mais fixes?», um projeto que cruza leitura e cidadania, valorizando a responsabilidade do ato de votar.

As escolas de Monchique já estão todas recenseadas e os alunos dos diferentes anos de escolaridade já começaram a apresentar os livros que candidatam à eleição, através do preenchimento de um formulário online.


domingo, 28 de outubro de 2018

VAMOS AJUDAR A FAZER ESTA MANTA!

São necessárias 112.225 rosetas com 40 cm de lado para fazer a «maior manta de crochet do mundo» e colocar Monchique no Livro dos Recordes do Guinness.

Esta ideia, lançada pela associação Espiral de Vontades, está a mobilizar a comunidade e o vício do crochet vai-se instalando, sem género nem idade, revitalizando uma arte e um saber tradicional.

Em outubro, Mês Internacional da Biblioteca Escolar, a nossa biblioteca aderiu à iniciativa e os livros e os computadores passaram a conviver com linhas, agulhas, rosetas, muita arte, muita cor e muita vontade. Vontade de aprender, vontade de ajudar a fazer a maior manta do mundo, num projeto que é também uma iniciativa solidária, já que, depois de feita e avaliada pelos juízes do Guinness, a manta gigante será dividida em pequenas mantas que serão entregues a associações do Algarve e a famílias e pessoas carenciadas.

Guiadas pela sabedoria experiente da D. Elisabete Rufino, as mãos de rapazes e raparigas da nossa escola ensaiaram o manuseamento da linha e da agulha de crochet, sem tabus nem preconceitos, e o cordão foi aparecendo e as rosetas começaram a compor-se numa profusão de cor, alegria, partilha e colaboração.









Houve, no entanto, quem preferisse a leitura e as duas atividades conviveram em harmonia, sem competições nem atropelos.


sexta-feira, 26 de outubro de 2018

«EXPLORADORES DE ROCHAS E SOLOS» POR UM DIA

No dia 24 de outubro, o Centro de Ciência Viva do Lousal (CCVL) trouxe à biblioteca escolar o projeto MINA VAI À BIBLIOTECA e transformou o espaço num laboratório de geologia com a atividade «Exploradores de rochas e solos».

Desenvolvido com o intuito de proporcionar aos utilizadores das bibliotecas um conjunto de atividades experimentais de caráter lúdico e pedagógico, o projeto MINA VAI À BIBLIOTECA procura fomentar a interação e a experimentação enquanto ferramentas indispensáveis ao desenvolvimento do pensamento científico e criativo.

Com a atividade «Exploradores de rochas e solos», os monitores do CCVL souberam estimular a curiosidade científica e o desejo de aprender dos alunos das duas turmas do 5.º ano e levaram-nos a descobrir como se identificam as rochas, como se distinguem os solos e para que servem as rochas, complementando o trabalho desenvolvido na disciplina de Ciências Naturais..





terça-feira, 23 de outubro de 2018

HISTÓRIAS DA AJUDARIS' 18

Os oito volumes das «Historias da Ajudaris’ 18», apresentados no passado dia 20 de outubro, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, são constituídos por histórias surpreendentes sobre a «Natureza» criadas por crianças e jovens do país inteiro, orientados pelos seus professores, e incluem magníficas ilustrações de artistas solidários conceituados.

Lançado pela Ajudaris em 2009, este projeto, que promove a leitura, a escrita e a cidadania, conta com a adesão do Agrupamento de Escolas de Monchique que, no corrente ano, se vê representado nas páginas 48 e 50 do volume VIII, com os textos «Os Guardiões da Natureza», da autoria de um grupo de crianças da AAAF – Espiral de Vontades do Jardim de Infância, e «Esta Serra de Monchique», produzido pelos alunos da turma B do 6.º ano da Escola Básica Manuel do Nascimento (atualmente no 7.º ano) sob a orientação da professora Manuel Ponte.

Por coincidência (ou não), a ceramista Clara Vicente, radicada em Monchique há já largos anos, é a artista solidária que assina a ilustração do texto «Esta Serra de Monchique».

Uma delegação dos jovens autores monchiquenses, acompanhados pelos pais e pela professora bibliotecária, deslocou-se à Gulbenkian, no passado dia 20, e assistiu, em direto, ao lançamento das «Histórias da Ajudaris», podendo comprovar a surpreendente dimensão deste projeto cuja finalidade é apoiar crianças e famílias carenciadas sinalizadas, na sua maioria, pelas escolas.

Para ajudar, basta adquirir um exemplar!




quinta-feira, 11 de outubro de 2018

«LER+ PARA VENCER»: UM ESTÍMULO À LEITURA COM DEZ ANOS!

Há já dez anos que a atividade «Ler+ para Vencer» faz chegar um livro novo a todos os meninos e meninas que entram para o 1.º e para o 5.º ano no Agrupamento de Escolas de Monchique. Lançada em 2008 pelo Plano Nacional de Leitura, com o objetivo de promover o prazer de ler na entrada de um novo ciclo de escolaridade, esta iniciativa mantém-se nas nossas escolas, graças a uma parceria  com a Junta de Freguesia de Monchique, que financia a aquisição de todos os exemplares.

No corrente ano letivo, o estímulo à leitura parece ter sido imediato e os livros, todos eles de autores conceituados recomendados pelo Plano Nacional de Leitura, ganharam vida nas mãos dos meninos mais pequeninos, que tentavam adivinhar os textos nas magníficas ilustrações.


Nas turmas do 5.º ano, bastou um subtil incentivo para que os poemas de Luísa Ducla Soares ganhassem voz e o tempo da leitura, que se repetiu melodiosa e ritmada, soube a pouco.



segunda-feira, 8 de outubro de 2018

CONCURSO MIBE

No Mês Internacional da Biblioteca Escolar, lançamos-te o seguinte desafio: 

terça-feira, 2 de outubro de 2018

terça-feira, 25 de setembro de 2018

QUEM ÉS?



«Quem és?»
Digo o teu nome vezes sem conta.
Passo pela tua casa quase todos os dias.
Dás nome à minha escola.
Vejo-te na biblioteca. (Às vezes não dou por ti, confesso.)
Ofereceram aos meus pais os teus livros (quando eu era mais pequeno).

E, ainda assim, não sei quem és:
Manuel do Nascimento.

Comecei o ano de forma estranha. Apresentei-me. Os meus colegas apresentaram-se. A professora apresentou-se. E tu, tu juntaste-te a nós. Sabes, há trabalhos de casa que valem mesmo a pena, se servem para conhecermos melhor os escritores da nossa terra. Sei que em Portimão há uma escola que rima porque tem nome de poeta: António Aleixo. E que em Loulé a biblioteca municipal cheira a mar, porque leva o nome da escritora Sophia de Mello Breyner. Da nossa escola vê-se a serra porque tu existes nela. Imagino a tua alegria ao saber que és o seu patrono, mas o orgulho é verdadeiramente nosso, acredita. Doeu um pouco quando comecei a ler tudo o que havia sobre ti na biblioteca (primeiro T.P.C. do ano, a tua biografia!), nunca pensei que tivesses passado por tantas dificuldades: o desemprego, a censura, a doença, enfim... Mas gostei tanto de saber que voltaste a casa, que escreveste tantos livros, que fizeste tantas coisas importantes, que (d)escrevias o que vias, que sonhavas com um mundo melhor, mais justo, mais igual.
Mas sabes quando me aproximei mesmo de ti? Quando te li. Não acreditas? Ora escuta: «Era quase noite quando o pobre da gravata preta apareceu ao fundo da estrada.» Diz-te alguma coisa? Nunca pensei que um conto tão curto pudesse levar a um debate tão animado! «Sapo e Lagarto», até eu participei na discussão! Acabámos a falar de «bullying» nas escolas de hoje, vê lá tu ao que nos levou o teu texto. E já lá vão setenta anos desde que o escreveste! Sabes ... um dia vou falar de ti aos meus netos. Para que não te esqueçam.