domingo, 21 de dezembro de 2014

LEITURAS E AFETOS

A última edição de 2014 da rubrica semanal “Um livro por semana” foi preenchida por um pequeno leitor de sete anos de idade, o André Sampaio, do 2.º ano da Escola de S. Roque, que apresentou aos ouvintes da Rádio Foia a obra Pedro e o coelhinho.
Com uma leitura fluente e expressiva e um discurso cuidado, espontâneo e cativante, o André semeou sorrisos e orgulhos no estúdio da nossa rádio local e fez-nos perceber que a leitura pode ser uma forma privilegiada para despertar emoções e afetos.

CLUBE DE TEATRO LEVA NATAL A TRIBUNAL

O Clube de Teatro do Agrupamento de Escolas de Monchique voltou a fazer uma nova apresentação teatral, desta vez centrada na temática do Natal. “Natal no Tribunal” foi a peça representada nos dias 15 e 16 de dezembro, no auditório da Escola Básica Manuel do Nascimento, por onde passaram todas as turmas dos 2.º e 3.º ciclos. Em foco estiveram os valores associados à época natalícia, com o propósito de levar a assistência a refletir sobre a verdadeira essência do Natal.

 
 
 
 
 

domingo, 14 de dezembro de 2014

FEIRA DO LIVRO - 2014

Até ao dia 18 do corrente mês, pode visitar a Feira do Livro que está a decorrer nas Bibliotecas Escolares das escolas EB1 n.º1 (S. Pedro) e EB 2,3 Manuel do Nascimento, usufruindo de 20% de desconto na aquisição de qualquer livro.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

À DESCOBERTA DO GATO TEODÓSIO

Afinal, como terminará aquela história que a professora de Português da turma B do 6.º ano começou a ler na aula?
 
Que terá acontecido ao gato Teodósio, que já não tinha qualquer serventia na casa nova, onde não havia o mais leve vestígio de RATOS, e cuja indolência era uma provocação para os adultos e um mau exemplo para as crianças?!
 
Se bem se lembram, o senhor pai havia sentenciado:
"- (...) Ele, que tanto tem vadiado em casa, que vá vadiar para a rua. Tenho dito".
 
 
Pois bem, aqui fica o final da história:

   (...) E o senhor pai fez um sinal à senhora mãe, que toda a gente à volta da mesa compreendeu. Levantou-se a senhora para ir à despensa buscar o cesto, quando o gato Teodósio se desenrolou muito bem desenrolado e se levantou da almofada de franjas, onde se instalara.
   Da mesa, o senhor avô, a senhora avó, o senhor pai, a senhora mãe e os miúdos fitaram-no com prolongado olhar de reprovação, muito mais prolongado do que aquele que haviam dirigido, pouco antes, à prima Elisa. O feixe de olhares parecia dizer, como se de um coro se tratasse: «Vejam o lorde, o rei, o faraó, que acorda da sua sesta. Vejam esta pouca vergonha de madracice em quatro patas. Temos ou não temos razão? Claro que temos.»
   O gato Teodósio, depois de se levantar, espreguiçou-se, ora para trás ora para a frente, arqueou-se todo que até parecia a ponte da Arrábida, esticou as patas e, feito isto com o maior ripanço, sentou-se nos quartos traseiros, lambeu os bigodes e, virado para os da mesa, disse:
   - Escusam de ir buscar o cesto. Dispenso esse incómodo. Depois de tudo o que acabo de ouvir, seria indesculpável falta de brio da minha parte, se continuasse mais um minuto que fosse nesta casa. Portanto, vou-me embora e pelo meu pé.
   E o gato Teodósio, majestosamente, levantou-se da almofada e tomou o caminho da porta. Seria faltar à verdade se disséssemos que esta inesperada fala não provocou efeito. O avô começou a tamborilar com os dedos no tampo da mesa, um pouco comprometido. A avó pôs-se a enrolar e a desenrolar a ponta do xaile, o que queria dizer alguma coisa. O senhor pai coçou a cana do nariz. A senhora mãe piscou os olhos e suspirou baixinho; e no coração dos rapazes, quem estivesse de ouvido à escuta, conseguiria ouvir o «trrre-trrre-trrre» do bichinho do remorso a começar a roer.
   - Bem vês, Teodósio, nós... – ia explicar o senhor pai.
   O gato atalhou:
   - Não mereço mais palavras. O que está dito, está dito. Um bichano como eu é útil, enquanto a sua presença é desejada. Os gatos servem para isso: para fazer companhia, para receberem festas (é bom fazer festas no pelo de um gato!), para dar umas turras e umas roçadelas nas pernas dos bons amigos, para brincar, quando é caso disso, mas fundamentalmente, para oferecer a sua presença tranquila dentro de casa. Como acham que isto não conta, vou-me embora. Adeus.
   E o gato Teodósio foi-se embora mesmo.
   Na sala, à volta da mesa era como se tivesse faltado a luz. A prima Elisa, então, despediu-se, porque se estava a fazer tarde, mas ninguém lhe prestou atenção.
   - Bichinho gato! Bichinho gato, onde te meteste tu? – chamava ela na rua, pouco depois.
   O gato Teodósio apareceu, saído debaixo de um automóvel.
   - Vem para a minha casa que eu trato-te bem. Já há tempos que andava a pensar que precisava da companhia de um gato. Vivo sozinha, sabes? É uma casa modesta, mas descansa que nada te faltará.
   O gato Teodósio ronronou meigamente, agradecido, e a história podia acabar aqui.
   Mas não podia acabar sem contarmos um facto que ultimamente nos tem feito uma certa espécie.
   É o seguinte: de há uns tempos para cá, os rapazes passaram a visitar com mais frequência a prima Elisa e até os pais e os avós têm lá ido fazer-lhe um bocadinho de companhia. Porque será?
 
Torrado, António, "A minha prima Elisa", in Os meus amigos, Lisboa: Edições Asa, 1993.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

ALUNOS DO 5.º A E DO 6.º B PREENCHEM MÊS DE NOVEMBRO NA RÁDIO FOIA

A rubrica de leitura "Um livro por semana" foi inteiramente preenchida, no mês de novembro, por alunos da turma A do 5.º ano e da turma B do 6.º ano.
A abrir o mês, o António Guerreiro e a Carolina Jesus, do 6.ºB, levaram a animação e a diversão aos microfones da Rádio Foia com As aventuras da Engrácia de Maria Alberta Menéres. Entusiasmados com as tropelias da pequena Engrácia, os dois jovens leitores partilharam com os ouvintes alguns dos episódios mais divertidos e deixaram no ar uma vontade enorme de continuar a descobrir as peripécias em que a protagonista se envolve.


No dia treze, a Patrícia Moreira, do 5.º A, habitualmente tímida e reservada, levou-nos ao fantástico mundo das fábulas e conquistou os ouvintes da rádio local com uma interessante e expressiva leitura de "A cegonha e a tartaruga", pondo em destaque as vantagens que podem advir do hábito de ler. Acompanhada da obra Três fábulas, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, a Patrícia ainda nos presenteou com um extraordinário reconto da fábula "A ursa e o mensageiro dos deuses".
 

Na terceira quinta-feira do mês, a Constança, do 5.º A, deslumbrou-nos com uma excecional leitura da obra Séc. XVI - Que grande epopeia, da coleção "Portugal - 10 séculos de histórias", e deu-nos uma magnífica lição de História e Literatura, transportando-nos até à época de Camões, onde travámos conhecimento com este grande poeta português e com a sua obra, Os Lusíadas.


A emissão do dia vinte e sete esteve a cargo da Beatriz Francisco e da Carolina Silva, do 6.º B, que optaram pela obra Os heróis do 6.º F, de António Mota.
Muito seguras e com a leitura muito bem preparada, as duas jovens tomaram conta dos microfones da Rádio Foia (literalmente falando) e deixaram transparecer toda a emoção que a história da Manuela lhes causou.
 
 
Quatro excelentes propostas de leitura, ótimos leitores e tardes bem passadas na companhia da Rádio Foia foram os pontos fortes das edições de "Um Livro por Semana" no mês de novembro.
A comprová-lo, aqui ficam as manifestações efusivas de alguns dos colegas dos nossos pequenos GRANDES LEITORES.
 
 
 
 


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

CAÇA À LEITURA NO 1.º ANO

 Familiarizados com a atividade “Levo um livro na sacola para ler fora da escola!”, que é desenvolvida, com regularidade, no Jardim de Infância, os alunos do 1.º ano da Escola EB1 Nº 2 (S. Roque) participaram, pela primeira vez, na atividade “Caça à Leitura” e foram convidados a falar de um livro que leram, em casa, com a ajuda dos pais.
Começar é sempre difícil e, por isso, a Cristina Reis e a Maria Gouveia estavam um pouco receosas com esta nova experiência, mas correu tudo muito bem e todos os colegas acharam, sem qualquer dúvida, que elas tinham sido “caçadas na leitura”.

CLUBE DE TEATRO JÁ FEZ A PRIMEIRA APRESENTAÇÃO AO PÚBLICO

Criado há pouco mais de um mês, o clube de teatro já fez a sua primeira apresentação pública na Escola Básica Manuel do Nascimento.
Com um texto simples mas muito divertido, da autoria da professora Clementina Jorge, a família “Pirolito”, coadjuvada pela diretora “Fininha”, levou o bom humor e a animação a vários espaços do recinto escolar.
Embora ainda pouco experientes, cinco jovens “atrizes” assumiram os seus papéis com grande responsabilidade e entusiasmo e surpreenderam colegas e professores com os seus dotes na arte de representar.
E como esta estreia foi um sucesso, está já a ser preparada uma nova representação, centrada, desta vez, na temática do Natal.