quarta-feira, 30 de março de 2022

ESCRIT@TOP.COM - TEXTO DE OPINIÃO: A DISCRIMINAÇÃO NO SÉCULO XXI E O JUDEU NA OBRA DE GIL VICENTE

António Mongiello, «Exclusão», in Concurso Europeu de Cartoon «Desigualdades, Discriminações e Preconceitos», Museu Nacional da Imprensa/Afrontamento, 2007.

TEXTO DE OPINIÃO 

A DISCRIMINAÇÃO NO SÉCULO XXI E O JUDEU NA OBRA DE GIL VICENTE 

(...) Eu tenho um sonho, de que um dia esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: «Achamos que estas verdades são evidentes por elas mesmas, que todos os homens são criados iguais». (...)
Tenho um sonho: que os meus quatro filhos viverão, um dia, numa nação onde não serão julgados pela cor da sua pele (...).
Quando deixarmos soar a liberdade, quando a deixarmos soar em cada povoação e em cada lugarejo, em cada estado e em cada cidade, poderemos acelerar o advento daquele dia em que todos os filhos de Deus, homens negros e homens brancos, judeus e cristãos, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar com as palavras do antigo espiritual negro: «Livres, enfim. Livres, enfim». (...)

Martin Luther King, Jr.

(28 de agosto de 1963 Washington, D.C.)

            Hoje em dia, o respeito pelas diferenças étnicas, religiosas, políticas e sociais é um tema muito falado. Porque desde sempre tem gerado confusões, já que, infelizmente, as pessoas nem sempre se respeitam umas às outras.
Na minha opinião, nós devemo-nos respeitar uns aos outros e aceitar as nossa diferenças. Eu não acho que faça sentido maltratar, desrespeitar ou excluir alguém por causa da sua religião, tom de voz, partido político, etc.
Como aconteceu no «Auto da Barca do Inferno», de Gil Vicente, no julgamento do Judeu, em que o mesmo foi condenado a ir para o Inferno, porque tinha uma religião diferente. Infelizmente, nessa época, as coisas ainda eram piores do que hoje. No século XVI, os judeus eram completamente excluídos da sociedade. No Auto, essa exclusão é representada pelo facto de o Judeu não ter direito a ir na Barca do Diabo, com os maiores pecadores, tendo mesmo de viajar a reboque.
Mais recentemente, têm sido feitos protestos a favor dos negros, já que os mesmos sofrem bastante devido ao preconceito, desde sempre. Mas agora, com a morte de algumas pessoas negras, até às mãos da polícia, o movimento intensificou-se, o que revela boa consciência cívica.
Resumindo, devemos respeitar as diferenças que temos, sejam elas a cor da pele, a maneira de vestir, a religião, ou outra qualquer.

 David Nobre, 9.º B, n.º 7.

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