O livro «A Sereia», escrito por Kiera Cass e publicado em 2009, é um livro
fictício. Uma espécie de inovação do mito em relação às sereias, que nos leva a
pensar se a sua existência é ou não verdadeira. De facto, a maior parte do
livro decorre na água, uma das personagens mais importantes, que vai tentar
acabar com um romance simples e sincero entre uma sereia e um humano.
Do meu ponto de vista, o livro tem narrações fluídas e é fácil de ler. É um
romance muito emotivo, que eu classificaria como entretenimento. As pequenas
pausas na leitura despertam imagens no lugar das palavras. Ler em voz alta traz
uma ânsia de voltar a lê-lo mais uma vez. É o tipo de livro que não queremos
finalizar.
Naturalmente, somos ligados a cada personagem involuntariamente, como se o
livro abrisse uma janela na qual os nossos sentimentos caem, como se caíssem
sobre as próprias personagens. Personagens essas com histórias melancólicas.
Mas as frases que o livro contém dão-nos uma sensação de conforto e bem-estar,
como esta, dita por Kahlen, a rapariga que tinha sido transformada em sereia
pela Água: «Mais uma vez, ele não se incomodou com o meu silêncio.» O silêncio
tende a ser, muitas vezes, constrangedor, mas, no caso, isso não aconteceu,
mostrando, pelo contrário, uma afeição aconchegante entre Kahlen e o seu amado
humano, Akinli.
Esta história tem um final espantoso, que surpreende o leitor depois de
todo aquele alvoroço, do mesmo modo que um arco-íris aparece depois da
tempestade. Mas não o vou contar…
Acrescento que não é um livro muito pesado. A capa é lisa, com cores
claras, e as páginas são levemente rugosas, com letras bem legíveis. Portanto,
recomendo-o a todos os leitores que se interessam por livros que causam
sentimentos intensos e de perplexidade.
Jéssica Ramos, 9.º C, n.º 1
Fonte da imagem: http://www.umoceanodehistorias.com/2016/07/resenha-sereia-kiera-cass.html
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