UM ENCONTRO ENTRE A LUA E O SOL
Fotografia: @Ricardo Mira |
Pergunta ao Leitor, em jeito de explicação prévia:
Sabes o que é um eclipse? Como funciona?
Podemos sempre explicar-to através da Ciência ou através do Mito…
Qual preferes?
Eis um conto escrito por um aluno do 9.º ano, totalmente inspirado numa conhecida lenda de amor e paixão entre os dois astros, que explica de forma mágica aquele fenómeno amoroso, quer dizer, astronómico…
Há muito, muito tempo atrás, num reino
distante, nasceram dois bebés, uma menina e um menino, exatamente no mesmo dia
e à mesma hora.
A menina foi chamada de Lua, porque
tinha uns olhos tão negros como a noite e uma pele tão branca como a Lua. O
menino foi chamado de Sol, porque tinha uns olhos tão azuis como o céu e um
cabelo tão dourado como o Sol.
Eram duas crianças lindas e que tinham
uma grande amizade uma pela outra, despertando, por isso, alguma inveja no
reino, principalmente a Úrsula, uma menina que morria de ciúmes de Lua, não só
pela sua beleza, mas também porque o Sol não tinha olhos para mais ninguém a
não ser Lua.
Úrsula era filha de uma grande
feiticeira e um dia, morta de ciúmes, pediu a sua mãe que lançasse uma maldição
sobre a Lua e o Sol, para que eles não pudessem voltar a estar juntos.
A mãe atendeu ao pedido da filha e
lançou-lhes um feitiço. Durante o dia, seria uma águia, voltando a ser humana à
noite, enquanto o Sol seria humano de dia e à noite seria um lobo. Com este
feitiço, a vida deles mudou completamente, pois já não podiam brincar e
conversar como antigamente.
Mas como qualquer maldição, também
esta podia ser quebrada, desde que a Lua e o Sol se conseguissem abraçar
enquanto humanos. O que era impossível. De facto, apesar de à noite a Lua ter
sempre a companhia do seu amigo lobo, e do Sol, durante o dia, ter sempre a
companhia da sua amiga águia, quando se iam tentar abraçar, quer ao amanhecer,
quer ao anoitecer, transformavam-se logo.
Porém, num belo dia de primavera,
ocorreu um fenómeno estranho, que fez com que não houvesse sol nem lua, pois um
tapou o outro, encontrando-se por breves segundos. E criou-se o eclipse! A
menina voltou ao seu estado humano, o que fez com que as duas crianças se
pudessem, finalmente, abraçar…
Assim se quebrou a maldição, havendo
uma vitória do Bem sobre o Mal. A Lua e o Sol puderam voltar a encontrar-se e a
sua amizade durou para sempre.
Ricardo Mira, 9.º A, n.º 14
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