sexta-feira, 31 de março de 2023

LER+ COM HISTÓRIA E EXPRESSÃO - PRODUÇÃO ESCRITA V (ANNE FRANK)

Dando continuidade à publicação de textos produzidos por alunos no âmbito do DAC «Ler+ com História e Expressão», transcreve-se, a seguir, o trabalho do aluno Gabriel Duarte, da turma A do 9.º ano.

Imagem retirada de: https://www.noticiasmagazine.pt/2022/maquina-do-tempo-a-primeira-pagina-do-diario-de-anne-frank/historias/276586/

O diário de Anne Frank relata a história de uma menina vulgar que vivia na Alemanha no tempo em que Hitler governava e jurava acabar com os judeus. Anne era judia, de origem alemã. Nasceu na Alemanha na cidade de Frankfurt a 12 de junho de 1929. A família de Anne tinha algum dinheiro e o pai de Anne tinha uma pequena empresa.

            Desde que os nazis chegaram ao poder, a vida na Alemanha era muito difícil, mas, quando a I Guerra Mundial acabou em 1918, a Alemanha foi acusada de ter sido responsável por essa terrível guerra e foi obrigada a pagar uma enorme indemnização para compensar a destruição e as mortes que causou e havia muita gente sem emprego e a passar fome. E muitos deles pensavam que havia alguém que tinha a culpa disso. Foi então que tudo começou a mudar para os judeus. Adolf Hitler era baixo, muito rígido e usava um pequeno bigode, falava muito e fazia grandes promessas e não demorou muito para os alemães começarem a odiar os judeus. A família de Anne Frank teve de se mudar e o pai conseguiu um trabalho na Holanda, na cidade de Amsterdão, onde alugou uma casa. Anne ficou com a avó durante a mudança e acabou por se juntar à família no dia de aniversário da sua irmã Margot. Numa manhã invernosa, levaram Anne  ao escritório do pai onde ficou a conhecer a senhora Miep que a ensinou a escrever à máquina.

Anne e Margot foram para escolas diferentes, o que era bom, porque Anne não se portava muito bem e Margot era o oposto, Anne fazia palhaçadas e caretas a ponto de fazer os colegas e professores rirem. Mas ninguém conseguia esquecer-se do ódio lançado por Hitler para os judeus com campos de concentração onde aprisionava as pessoas. E não demorou muito até Hitler invadir a Holanda. O pai de Anne trabalhava num prédio alto e velho, junto de um dos canais de Amsterdão. No último andar havia algumas assoalhadas vazias, na parte das traseiras. Pouco a pouco, o pai de Anne foi mudando a mobília e alguma comida para lá, onde também havia lavatório e sanita. Margot já tinha dezasseis anos quando recebeu uma carta para ir trabalhar para os alemães. Por isso, tiveram de fugir. 

Miep estava à espera deles no escritório do pai de Anne e foram logo para o esconderijo secreto, onde tinham que ficar sempre calados. Ficavam sempre à espera de Miep, que vinha sempre com um ar alegre e trazia papel e livros para passar o tempo e levava sempre um jornal com as notícias do dia. Até que um dia juntou-se a eles outro casal com um filho, o Peter. Anne era quem mais sofria com tudo. Era imaginativa e inteligente, achava que tudo o que corria mal era culpa dela, até porque nunca criticavam a irmã. Anne adorava o pai mais do que qualquer outra pessoa. Anne precisava de alguém para falar e foi então que começou a escrever no diário, porque não gostava de falar com Peter mas, com o tempo, isso foi mudando e começou a compreendê-lo.

Todas as noites desciam para ouvir rádio e, às vezes, Anne espreitava na janela. A Alemanha estava a perder a guerra e todas as noites passavam aviões britânicos e franceses para bombardear as cidades alemãs. Nessa altura Anne estava apaixonada por Peter, sentia-se feliz quando se sentava ao seu lado no sótão a falar sobre o que iriam fazer depois da guerra. Foi então que alguém percebeu que havia gente escondida naquele espaço e rapidamente os denunciou. Chegaram logo guardas que rebentaram com as portas e os levaram a todos para os campos de concentração. Quando Miep voltou, nesse terrível entardecer, estava tudo um caos, mas ela encontrou o diário de Anne no chão e guardou-o numa gaveta.  

O pai de Anne foi o único que regressou. Sabia que a mulher tinha morrido, mas aguardava boas notícias sobre as filhas. Quando ele soube que ambas tinham morrido, foi para o escritório e Miep lembrou-se do diário e encontrou-o e deu-o ao pai de Anne.

Autor do trabalho: Gabriel Duarte, 9.º A, n.º 9.


Fonte consultada:
Frazão, D. (2020). Anne Frank. Retirado de https://www.ebiografia.com/anne_frank/

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