sexta-feira, 31 de março de 2023

BRUNO MAGINA MARCA PRESENÇA NA SEMANA DA LEITURA EM MONCHIQUE

 

A Semana da Leitura em Monchique contou com a presença do escritor Bruno Magina, que aqui veio apresentar o seu mais recente título, Equipa Espacial, um livro que aborda a problemática do bullying numa perspetiva educativa e simultaneamente divertida.

Reunindo duas turmas do 1.º ciclo em cada sessão, Bruno Magina conversou calmamente com os alunos, apresentou as personagens, deu a conhecer as suas caraterísticas, enfatizou pormenores, resumiu a história… e foi respondendo a todas as questões que os alunos lhe colocaram.


O facto de os alunos já terem lido a obra anteriormente tornou a interação com o escritor mais participada, produtiva e estimulante.

Os alunos ficaram também a saber que o escritor já publicou quatro livros e que, para escrever, se inspira nas recordações que tem do tempo em que andou na escola.


Podemos ainda acrescentar que Bruno Magina, licenciado em Ensino Básico, foi agraciado, em 2012, com o Prémio de «Reconhecimento Social à Educação» e que foi um dos vencedores das «Bolsas Jovens Criadores 2015», dos «Much More Awards 2015-2016» e dos «Prémios Time Out Lisboa 2016».

É também de salientar que o seu livro de estreia, A Vila das Cores, é recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para Apoio a Projetos de Educação para a Cidadania.

Como não podia deixar de ser, no final de cada sessão, houve um tempo para o desejado e merecido autógrafo.


Os alunos da turma C2, que participaram no projeto «Tu desenhas, eu escrevo», criado e dinamizado por Bruno Magina, tiveram direito um compêndio individual, composto por desenhos dos alunos, «ilustrados» com poemas ou pequenos textos do autor, criados a partir desses desenhos.

ESCRIT@TOP.COM - «CARTAS DE AMOR» (POEMA)

Termina hoje, dia 31 de março, o mês que elegemos como o Mês da Poesia no Agrupamento de Escolas de Monchique.

Ao longo deste mês, publicámos, diariamente, neste blogue, um poema sugerido por um aluno, acompanhado da gravação áudio da sua leitura e também, quase sempre, de um quadro de um pintor célebre que esse aluno selecionou para associar ao poema.

Para terminar o mês da melhor maneira, oferecemos aos nossos leitores um belo poema da autoria de Tatiana Duarte, aluna da turma B do 7.º ano. 

CARTAS DE AMOR
 
Todas as cartas de amor que escrevi,
rasgadas, inacabadas…
 
Versos lindos,
textos que iluminam o coração,
frases que os cegos pagariam para ver …
 
Todas as cartas de amor que escrevi,
sem ninguém para as receber…
 
Cartas de amor
transformam-se em pó.
 
Olhos sensíveis,
incapazes de serem lidos
pelos olhos de quem nunca soube nada
de amor.
     Tatiana Duarte, 7.º B, n.º 15.


LER+ COM HISTÓRIA E EXPRESSÃO - PRODUÇÃO ESCRITA V (ANNE FRANK)

Dando continuidade à publicação de textos produzidos por alunos no âmbito do DAC «Ler+ com História e Expressão», transcreve-se, a seguir, o trabalho do aluno Gabriel Duarte, da turma A do 9.º ano.

Imagem retirada de: https://www.noticiasmagazine.pt/2022/maquina-do-tempo-a-primeira-pagina-do-diario-de-anne-frank/historias/276586/

O diário de Anne Frank relata a história de uma menina vulgar que vivia na Alemanha no tempo em que Hitler governava e jurava acabar com os judeus. Anne era judia, de origem alemã. Nasceu na Alemanha na cidade de Frankfurt a 12 de junho de 1929. A família de Anne tinha algum dinheiro e o pai de Anne tinha uma pequena empresa.

            Desde que os nazis chegaram ao poder, a vida na Alemanha era muito difícil, mas, quando a I Guerra Mundial acabou em 1918, a Alemanha foi acusada de ter sido responsável por essa terrível guerra e foi obrigada a pagar uma enorme indemnização para compensar a destruição e as mortes que causou e havia muita gente sem emprego e a passar fome. E muitos deles pensavam que havia alguém que tinha a culpa disso. Foi então que tudo começou a mudar para os judeus. Adolf Hitler era baixo, muito rígido e usava um pequeno bigode, falava muito e fazia grandes promessas e não demorou muito para os alemães começarem a odiar os judeus. A família de Anne Frank teve de se mudar e o pai conseguiu um trabalho na Holanda, na cidade de Amsterdão, onde alugou uma casa. Anne ficou com a avó durante a mudança e acabou por se juntar à família no dia de aniversário da sua irmã Margot. Numa manhã invernosa, levaram Anne  ao escritório do pai onde ficou a conhecer a senhora Miep que a ensinou a escrever à máquina.

Anne e Margot foram para escolas diferentes, o que era bom, porque Anne não se portava muito bem e Margot era o oposto, Anne fazia palhaçadas e caretas a ponto de fazer os colegas e professores rirem. Mas ninguém conseguia esquecer-se do ódio lançado por Hitler para os judeus com campos de concentração onde aprisionava as pessoas. E não demorou muito até Hitler invadir a Holanda. O pai de Anne trabalhava num prédio alto e velho, junto de um dos canais de Amsterdão. No último andar havia algumas assoalhadas vazias, na parte das traseiras. Pouco a pouco, o pai de Anne foi mudando a mobília e alguma comida para lá, onde também havia lavatório e sanita. Margot já tinha dezasseis anos quando recebeu uma carta para ir trabalhar para os alemães. Por isso, tiveram de fugir. 

Miep estava à espera deles no escritório do pai de Anne e foram logo para o esconderijo secreto, onde tinham que ficar sempre calados. Ficavam sempre à espera de Miep, que vinha sempre com um ar alegre e trazia papel e livros para passar o tempo e levava sempre um jornal com as notícias do dia. Até que um dia juntou-se a eles outro casal com um filho, o Peter. Anne era quem mais sofria com tudo. Era imaginativa e inteligente, achava que tudo o que corria mal era culpa dela, até porque nunca criticavam a irmã. Anne adorava o pai mais do que qualquer outra pessoa. Anne precisava de alguém para falar e foi então que começou a escrever no diário, porque não gostava de falar com Peter mas, com o tempo, isso foi mudando e começou a compreendê-lo.

Todas as noites desciam para ouvir rádio e, às vezes, Anne espreitava na janela. A Alemanha estava a perder a guerra e todas as noites passavam aviões britânicos e franceses para bombardear as cidades alemãs. Nessa altura Anne estava apaixonada por Peter, sentia-se feliz quando se sentava ao seu lado no sótão a falar sobre o que iriam fazer depois da guerra. Foi então que alguém percebeu que havia gente escondida naquele espaço e rapidamente os denunciou. Chegaram logo guardas que rebentaram com as portas e os levaram a todos para os campos de concentração. Quando Miep voltou, nesse terrível entardecer, estava tudo um caos, mas ela encontrou o diário de Anne no chão e guardou-o numa gaveta.  

O pai de Anne foi o único que regressou. Sabia que a mulher tinha morrido, mas aguardava boas notícias sobre as filhas. Quando ele soube que ambas tinham morrido, foi para o escritório e Miep lembrou-se do diário e encontrou-o e deu-o ao pai de Anne.

Autor do trabalho: Gabriel Duarte, 9.º A, n.º 9.


Fonte consultada:
Frazão, D. (2020). Anne Frank. Retirado de https://www.ebiografia.com/anne_frank/

UM POEMA POR DIA - MARÇO DE 2023 - «QUANDO»

 POEMA 31/03/2023

QUANDO 

Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão de bailar
As quatro estações à minha porta.

Outros em abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.

Será o mesmo brilho, a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta,
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.

Sophia de Mello Breyner Andresen (1919 – 2004). 

Retirado de:   https://www.escritas.org/pt/t/50468/quando


Quadro associado ao poema:

«Jardim com Flores» (1888), Vicente Van Gogh (1853 - 1890).

Poema e quadro recomendados por: Lisa Ferreira, 7.º B, n.º 10.

A DASH OF POETRY 10 - MARCH 2023 - «SCHOOL LIFE»

 SCHOOL LIFE

School is a daily routine for us.
In the morning, we're sure to make a fuss.
Even when the sun is still not up,
Here we are, awake at 6am sharp.

We feel that school is such a bore.
We feel that school is such a chore.
Parents say, "School's great! Now, go!"
We say, "Well, what do you know?"

Late a minute and we have to run.
Eyes half open, shoelaces undone.
We reach school and we see our friends.
Immediately, the torture ends.

We have a chat and go with the flow.
Then the bell rings; it is time to go.
We may at times find school stressful.
To have some fun, we have to bend some rules.

Talk back to teachers, and detention we serve
No doubt, it is sometimes what we deserve.
Sometimes they are as cold as ice,
And other times they're actually really nice.

They teach us and give us a helping hand.
They're forever ready to listen and be a friend.
They have built much confidence in us.
Just not when they are being really harsh.

Over the years of education,
Never have we had so much learning with action,
Such as camps, experiments, concerts, and activities.
We've learned so much and even saved the trees.

A wise teacher once said aloud -
Success is failure turned inside out,
So stick to the fight when you're hardest hit.
Rest if you must, but don't you quit.

Some may see school as a torture chamber.
Some cannot wait for the holidays in December,
But it depends on how we look at school.
Honestly, positively, school is cool!

 Cheryl Theseira

Published by Family Friend Poems, October 2008, with permission of the author.


Poem chosen and read by: Diogo Luz, 8.º C, n.º 3.

You gave us a poem, I (Biblioteclando) give you a picture.

«The Scholar» (1874), François Bonvin (1817 - 1887).

Imagem retirada de: https://eclecticlight.co/2018/06/17/painting-the-class-schools-from-1860-to-1907/


quinta-feira, 30 de março de 2023

LER+ COM HISTÓRIA E EXPRESSÃO - PRODUÇÃO ESCRITA IV (ANNE FRANK)

É inevitável falar de Anne Frank e do seu diário quando abordamos a temática do Holocausto e da Segunda Guerra Mundial. E é precisamente isso que a aluna Elisa Mendes, da turma B do 9.º ano, faz no trabalho que se segue, realizado para a disciplina de História, no âmbito do DAC «Ler+ com História e Expressão».

Imagem retirada de: https://segredosdomundo.r7.com/o-diario-de-anne-frank/

Anne Frank veio de uma família de judeus. Recebeu um diário no seu décimo terceiro aniversário, em 1942, a que chamou de Kitty. Morava na Holanda com a sua família e sofria as consequências da guerra, já que os judeus tinham que seguir as leis ditatoriais, eram perseguidos e discriminados. Anne Frank usou o seu diário como se fosse a sua melhor amiga, pois não tinha ninguém com quem desabafar, e assim relatou a sua vida durante o período tenebroso da 2.ª Guerra Mundial.

Certo dia, os seus pais revelaram que tinham um plano de se esconderam para escaparem à perseguição dos judeus. Parte das suas coisas foi transferida para um anexo e viu-se obrigada a esconder-se com a sua família devido à perseguição de judeus por parte das forças de Hitler. Assim, Anne Frank e a sua família esconderam-se para tentar salvar as suas vidas. Com eles estava também outra família, os van Daan, e um dentista, o Dussel, também judeus. Ninguém podia sair do anexo. Por sorte, tinham a Elli que ia vê-los todos os dias e que lhes levava comida e coisas de que precisavam.

Durante dois anos, assistimos a relatos da vida de Anne Frank em que ela conta que no início todos se zangavam uns com os outros, mas que, à medida que o tempo foi passando, cresceu uma grande amizade entre todos. Anne Frank era uma pessoa muito alegre e refilona, mas, durante estes dois anos, Anne aprendeu a ser menos refilona e começou a gostar do Peter van Daan. Cresceu muito durante este período e começou a perceber a vida de outra forma. São várias as descrições de sustos e sobressaltos ao longo deste tempo em que Anne esteve escondida.

O dia 1 de agosto de 1944 é o último registo de Anne no seu diário. A 4 de agosto de 1944, os oito clandestinos foram descobertos e levados para campos de concentração na Alemanha. Anne morreu em março de 1945 no campo de concentração de Bergen-Belsen, dois meses antes da libertação da Holanda. O seu diário foi descoberto por Elli e revelado ao mundo.

Autora do trabalho: Elisa Mendes, 9.º B, n.º 10. 

Fonte consultada:
Estadão (2022). Livro dá nova pista sobre o caso da judia Anne Frank. Retirado de https://www.estadao.com.br/alias/novo-livro-da-nova-pista-sobre-o-caso-da-judia-anne-frank/

A DASH OF POETRY 9 - MARCH 2023- «A FRIEND FOUND IN MUSIC»

 A FRIEND FOUND IN MUSIC 

Music is the ocean
That pulls me to the shore.
Music is the rhythm
That moves me to the core.
Music is the therapy
I need when I feel blue.
Music lifts my spirits
To make sure I pull through.
The times when I'm most cheerful,
It's clear music was there.
Music is the needed friend
When no one seems to care.
By Bryanna T. Perkins

Published by Family Friend Poems, March 2016, with permission of the author. 


Poem chosen and read by: Aluna do 8.º C.

You gave us a poem, I (Biblioteclando) give you a picture.

«Interior Holandês I» (1928), Joan Miró (1893 - 1983)

Retirado de: https://temasycomentariosartepaeg.blogspot.com/p/blog-page_309.html

UM POEMA POR DIA - MARÇO DE 2023 - «TORRE DE NÉVOA»

 POEMA 30/03/2023

TORRE DE NÉVOA 

Subi ao alto, à minha Torre esguia,
Feita de fumo, névoas e luar,
E pus-me, comovida, a conversar
Com os poetas mortos, todo o dia.

Contei-lhes os meus sonhos, a alegria

Dos versos que são meus, do meu sonhar, 
E todos os poetas, a chorar,
Responderam-me então: “Que fantasia,

Criança doida e crente! Nós também

Tivemos ilusões, como ninguém,
E tudo nos fugiu, tudo morreu!...”

Calaram-se os poetas, tristemente...
E é desde então que eu choro amargamente
Na minha Torre esguia junto ao Céu!...  

Florbela Espanca (1894 – 1930). 

Retirado de:   https://www.escritas.org/pt/t/48516/torre-de-nevoa 


Quadro associado ao poema:

«A Mulher que Chora» (1908), Pablo Picasso (1881 - 1973).

Imagem retirada de:  https://www.p55.art/blogs/p55-magazine/5-obras-iconicas-de-pablo-picasso 

 Poema sugerido por: Francisco Varela, 8.º C, n.º 4.

Quadro sugerido por: Prof. Natividade Lemos.

quarta-feira, 29 de março de 2023

UM POEMA POR DIA - MARÇO DE 2023 - «A HORA DA PARTIDA»

 POEMA 29/03/2023

A HORA DA PARTIDA 

A hora da partida soa quando
Escurece o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.

A hora da partida soa quando
As árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.

Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.

Sophia de Mello Breyner Andresen (1919 – 2004).

Retirado de:   https://www.escritas.org/pt/t/1681/a-hora-da-partida


Quadro associado ao poema:
Serigrafia de Artur do Cruzeiro Seixas (1920 - 20209

Poema e quadro sugeridos por: Léo Nouinde, 8.º C, n.º 7.

LER+ COM HISTÓRIA E EXPRESSÃO - PRODUÇÃO ESCRITA III (JOAQUIM CARREIRA)

Continuamos a publicar trabalhos produzidos pelos alunos do 9.º ano na disciplina de História, no âmbito do DAC «Ler+ com História e Expressão».

O que hoje se publica, produzido pelo aluno Miguel Loureiro, da turma B do 9.º ano, dá-nos a conhecer uma personalidade cuja ação ainda está pouco divulgada.

Imagem retirada de:https://rr.sapo.pt/noticia/religiao/2016/06/04/a-lista-do-padre-carreira-a-

JOAQUIM CARREIRA

Joaquim Carreira nasceu em 1908 no Souto de Cima, concelho de Leiria. No seminário de Leiria, foi um aluno aplicado, de tal forma que, em 1925, foi continuar os estudos em Roma, na Universidade Pontifícia Gregoriana, onde viria a licenciar-se em Filosofia e Direito Canónico e a doutorar-se em Teologia. Depois de ter regressado a Portugal em 1931, o bispo de Leiria decidiu enviá-lo para Roma para ocupar o cargo de vice-reitor do Colégio Pontifício Português. Estava-se em maio de 1940, em plena II Guerra Mundial e, em Roma, “reinava” Mussolini. Entre 1943 e 1944, durante a ocupação nazi de Roma, o Padre Carreira arriscou a vida, acolhendo refugiados, políticos ou não, fascistas e antifascistas, judeus e não judeus. A Itália estava em forte contenção e os alimentos eram racionados, mas o Padre Carreira assumiu a responsabilidade de alimentar os seus hóspedes. Abandonaria o Colégio Português ao fim de dezasseis anos. Consagrado monsenhor em 1950, Joaquim Carreira desempenhou, a partir de 1952, a função de conselheiro eclesiástico da embaixada portuguesa junto da Santa Sé. Faleceu no dia 7 de dezembro de 1981, em Roma, com 73 anos, num ambiente de pobreza e simplicidade, e foi sepultado num jazigo do Colégio Pontifício Português.

 A ação deste português é muito pouco conhecida, mas começa finalmente a ser divulgada. Em 2008, a diocese Leiria-Fátima produziu alguns textos sobre a sua vida e obra, na passagem do centenário do seu nascimento. Em 2012, o Colégio Pontifício Português revelou uma lista de antifascistas e judeus refugiados, salvos pelo padre Joaquim Carreira.

Autor do trabalho: Miguel Loureiro, 9.º B.

Fonte consultada:
Mundo Português (2014). São portugueses e ‘Justos entre as Nações’ por terem salvo judeus durante a II guerra mundial. Retirado de https://www.mundoportugues.pt/2014/12/31/62046/

PAULO GALINDRO «ILUSTRA» SEMANA DA LEITURA EM MONCHIQUE

Fotografia: Prof. Vânia Magalhães

«Olá! O meu nome é Paulo Galindro. Sou ilustrador, arquiteto e astronauta nos tempos livres. Gosto de café, pastilhas em forma de melão e papas de Nestum bem espessas».

Com estas palavras, estava oficialmente aberta a Semana da Leitura no Agrupamento de Escolas de Monchique. Tínhamos conseguido! Um dos mais conceituados ilustradores portugueses, coautor de vários livros que habitam as estantes das nossas bibliotecas e circulam nas mãos leitoras dos nossos alunos, estava em Monchique para encontros com todas as turmas dos 2.º e 3.º ciclos.

Paulo Galindro falou sobre tantas e tamanhas coisas! Explicou-nos que desenhar é como andar de bicicleta. Ninguém nasce a saber fazê-lo. Não é uma questão de jeito ou talento. Requer, sim, trabalho, treino, persistência…. Incitou os alunos a não ter medo de sujar as mãos nem de estragar uma folha de papel: «O melhor é mesmo estragá-la de uma vez, enchê-la de manchas, de dedadas, de texturas inusitadas, enfim, de mimos. Só assim, depois de o medo desaparecer, é que haverá espaço para a Obra nascer…».

E entre conversas, revelações, confissões, perguntas e respostas, as suas obras foram nascendo e o deslumbramento foi crescendo. No ar ficavam conselhos sobre materiais, técnicas… e sobre a vida.

E no final, já quase ao entardecer, erguiam-se três fantásticas obras, que nasceram das mãos conversadoras de Paulo Galindro em cada um dos encontros. As ilustrações? Soberbas! E as mensagens? Arrebatadores, para qualquer leitor que se preze.

«Um bom livro enrosca-se em ti!» 

«As coisas mais importantes da vida são lentas como o AMOR e os LIVROS.»

«Os livros são como os pirilampos…iluminam o teu caminho e tornam a tua vida mais mágica!»

GALERIA DE FOTOS
















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terça-feira, 28 de março de 2023

LER+ COM HISTÓRIA E EXPRESSÃO: PRODUÇÃO ESCRITA II (ARISTIDES DE SOUSA MENDES)

No âmbito do DAC «Ler+ com História e Expressão», e mais especificamente da disciplina de História, publica-se, a seguir, um texto sobre a temática da Segunda Guerra Mundial / Holocausto produzido pela aluna Inês Damásio, da turma A do 9.º ano.  

Capa de livro de banda desenhada, que encontras na biblioteca da tua escola
Duas páginas da obra acima referida

Aristides de Sousa Mendes foi um diplomata português que nasceu a 19 de julho de 1885 em Cabanas de Viriato, no distrito de Viseu, e morreu a 3 de abril de 1954 em Lisboa, com 68 anos.
Este senhor ficou conhecido por salvar a vida de mais de trinta mil refugiados que procuravam escapar do terror nazi durante a Segunda Guerra Mundial. Enquanto diplomata de Portugal em Bordéus, no ano da invasão da França pela Alemanha Nazi na Segunda Guerra Mundial (1940), desafiou ordens expressas do ditador António de Oliveira Salazar, que acumulava a função de ministro dos Negócios Estrangeiros, e, durante três dias e três noites, concedeu milhares de vistos de entrada em Portugal a refugiados de várias nacionalidades que desejavam fugir de França em 1940. 
Com este feito, foram-lhe concedidos vários prémios, tais como; Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo (1995); Grã-Cruz da Ordem da Liberdade (2017); Oficial da Ordem da Liberdade (1987); “Justos entre as nações” (Jerusalém, 1966) e Virtus et Fraternitas Medal (2022). Também lhe fizeram várias homenagens demonstrando gratidão por toda a sua assistência aos refugiados.

Autora do Trabalho: Inês Damásio, 9.º A.

Fonte consultada: 
Wikipédia. Aristides de Sousa Mendes. Retirado de https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Aristides_de_Sousa_Mendes

A DASH OF POETRY 8 - MARCH 2023 - «THE WIND»

 THE WIND

I saw you toss the kites on high
And blow the birds about the sky;
And all around I heard you pass,
Like ladies' skirts across the 
grass--
wind, a-blowing all day long,
O wind, that sings so loud a 
song!

I saw the different things you did,
But always you yourself you hid.
I felt you push, I heard you call,
I could not see yourself at all--
O wind, a-blowing all day long,
O wind, that sings so loud a song!
 
O you that are so strong and cold,
O blower, are you 
young or old?
Are you a 
beast of field and tree,
Or just a stronger child  than me?
O wind, a-blowing all day long,
O wind, that sings so loud a song!


Poem chosen and read by: Alícia Duarte, 8.º B, n.º 3.

You gave us a poem, I (Biblioteclando) give you a picture.

«Campo de Trigo com Corvos» (1890), Vincent Van Gogh (1853 - 1890)

Imagem retirada de: https://citaliarestauro.com/campo-trigo-corvos-vincent-van-gogh/

UM POEMA POR DIA - MARÇO DE 2023 - «A SOPA DE LETRAS»

 POEMA 28/03/2023

A SOPA DE LETRAS

Era uma vez um menino
que não queria sopa de letras.
Podiam lá estar coisas bonitas escritas,
mas para ele era tudo tretas…
Podia lá estar escrito COMER,
podia lá estar GOIABADA,
como ele não sabia ler,
a sopa não lhe sabia a nada.
Tinha no prato uma FLOR,
um NAVIO na colher,
comia coisas lindíssimas sem saber
mas ele queria lá sabor!
Até que um amigo com todas as letras
lhe ensinou a soletrar a sopa.
E ele passou a ler a sopa toda.
E até o peixe, a carne, a sobremesa, etc…

Manuel António Pina, O Pássaro da Cabeça e mais versos para crianças, Assírio e Alvim, 2012, p. 17-18.

Quadro associado ao poema:

Retirado de: https://www.culturagenial.com/quadro-guernica-de-pablo-picasso/

Poema e quadro sugeridos por: Dinis Páscoa, 9.º B, n.º 8.

segunda-feira, 27 de março de 2023

LER+ COM HISTÓRIA E EXPRESSÃO: PRODUÇÃO ESCRITA I (O RACISMO)


O projeto «Ler+ com História e Expressão», implementado no 9.º ano na modalidade de DAC (Domínio de Articulação Curricular), envolvendo as disciplinas de Educação Visual, Português e História, começou com atividades de leitura e está a evoluir para a produção escrita. 


Depois da leitura e ilustração de alguns excertos da obra O Caderno do Avô Heinrich, de Conceição Dinis Tomé, na disciplina de Educação Visual, os alunos passaram para a leitura autónoma de obras associadas aos conteúdos estudados na disciplina de História - II Guerra Mundial / Holocausto. Na atividade «À Roda dos Livros», que resulta de uma parceria entre a Biblioteca Escolar e a docente de Português, foram apresentados diferentes títulos sobre esta temática, o que permitiu a consolidação/aprofundamento dos conhecimentos adquiridos anteriormente.








Posteriormente, os alunos passaram para atividades de escrita sobre diferentes temáticas relacionadas com este conteúdo.


Publica-se, a seguir, um texto que aborda a problemática do racismo, produzido pelo aluno Bruce Dias, da turma B do 9.º ano, no âmbito da disciplina de História. 

O racismo ainda é uma triste realidade em muitos lugares do mundo. Apesar dos avanços nos últimos anos de luta contra a discriminação racial, ainda há muitos desafios a serem enfrentados para alcançar uma sociedade mais justa e igual.
Infelizmente, o racismo está presente em muitas áreas do mundo, no mercado de trabalho, na educação, na justiça e até mesmo no dia a dia. Muitas vezes essa discriminação é subtil e pode passar despercebida, mas os seus efeitos são muito prejudiciais.
O racismo não afeta só aqueles que são diretamente discriminados, mas também prejudica toda a sociedade. Quando pessoas são excluídas ou discriminadas por causa da cor da sua pele, origem étnica ou nacionalidade, isso prejudica a integração e coesão social, além de limitar as oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional.
É importante lembrar que o combate ao racismo não é apenas responsabilidade das vítimas de discriminação, mas sim da sociedade em geral. Todos nós temos um papel na luta contra a discriminação racial e devemos trabalhar juntos para criar um mundo onde a igualdade e a diversidade sejam valorizadas e respeitadas.
Por fim, é fundamental que as políticas públicas e as leis trabalhem para combater o racismo e promover a igualdade de oportunidades. As empresas e organizações também devem adotar medidas para garantir que não haja discriminação racial nas suas práticas e processos de contratação.
Devemos todos esforçar-nos para construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde o racismo não tem lugar.

Autor do trabalho: Bruce Dias, 9.º B.