quarta-feira, 30 de novembro de 2022

SARAMAGO A VÁRIAS MÃOS ESTÁ CONCLUÍDO!

O retrato a várias mãos de José Saramago está concluído.

Iniciado a 16 de novembro, dia em que se assinalou o aniversário dos 100 anos de Saramago, o trabalho foi passando por todas as turmas dos 2.º e 3.º ciclos, na disciplina de Educação Visual, e, hoje, dia 30, ficou concluído.

É um quadro fantástico, único, que pode ser apreciado na biblioteca escolar.




DATAS HISTÓRICAS - 1 DE DEZEMBRO DE 1640: OS CONJURADOS

A propósito da conspiração do golpe palaciano de 1 de dezembro de 1640, publicam-se, a seguir, pequenas biografias de alguns dos conspiradores, produzidas por alunos do 8.º ano, no âmbito da disciplina de História.

 D. ANTÃO DE ALMADA, 7.º CONDE DE AVRANCHES

 

D. Antão de Almada nasceu em 1573. Foi uma figura importante no episódio da Restauração. Foi um dos principais organizadores de golpe que aconteceu na manhã de 1 de dezembro de 1640. No seu palácio realizaram-se as últimas e decisivas reuniões dos conjurados.
No dia 1 de dezembro de 1640, D. Antão de Almada fez parte do grupo de assalto ao Paço da Ribeira, tendo ficado encarregue de guardar a Duquesa de Mântua, que governava o país em nome de Filipe IV de Espanha. Após este acontecimento, confiaram-lhe uma das missões primordiais para o êxito da Restauração, que era conseguir ajustar a paz com Inglaterra. Na Grã-Bretanha seria recebido, com solenidade e honras, pelo rei inglês, Carlos I, que reconheceu Portugal como Estado Soberano.
Regressou a Portugal em 1642, assumindo, pouco tempo depois, o cargo de Governador de Armas da Estremadura. Faleceu em dezembro de 1644, no cerco de Elvas.

Fonte consultada:
Serrão, J. (2003). Dicionário de História de Portugal (Vol. I, p. 12). Porto: Livraria Figueirinhas.                                                                                                           

Trabalho realizado por Alícia Duarte, 8.º B, n.º 3.


D. ANTÓNIO TELES DE MENESES

         

António Teles de Meneses, 1.º e último Conde de Vila Pouca de Aguiar, nasceu em 1600, em Santarém. Era o quinto filho de Rui Teles de Meneses, oitavo senhor de Unhão, e de D. Maria da Silveira.

      Exerceu funções militares no Índico, capitaneando frotas, e chegou a ser nomeado Governador, ainda com carácter interino, do Estado Português da Índia.        
            Aderiu à Dinastia de Bragança, após regressar do Oriente, tendo sido nomeado por D. João IV General da Armada, tendo ficado a fazer parte dos Conselhos de Estado e Guerra. Também recebeu as comendas de S. Vicente de Pereira e S. João de Beja, pertencentes à Ordem de Cristo, como recompensa pelos serviços prestados.
Em 1642 juntamente com a licença para o hábito de Santiago ou de Avis obteve uma pensão de 12.000 réis. Em 1647, ano em que foi nomeado Governador-Geral do Brasil, recebeu o título de Conde de Vila Pouca de Aguiar.
Após regressar a Portugal, foi Alferes-mor de D. Afonso VI, e obteve a concessão do ofício de Vice-Rei da Índia e a promessa do título de Marquês. No entanto, não chegou a beneficiar dos privilégios mencionados, pois morreu em 1657 durante a sua viagem até ao Estado da Índia.  
 
Fonte consultada:
António Teles de Menezes (1600-1657). Retirado de http://lhs.unb.br/atlas/Ant%C3%B4nio_Teles_de_Menezes_(1600-_1657) 

Trabalho realizado por Alice Marques, 8.º A, n.º 2.


D. NUNO DA CUNHA ATAÍDE, 1.º CONDE DE PONTÉVEL

D. Nuno da Cunha Ataíde nasceu em 1610. Era filho de Tristão da Cunha de Ataíde, 7.º senhor de Povolide, casado com Antónia de Vasconcelos. Em Portugal, foi o primeiro fidalgo a utilizar o sobrenome «Cunha» a chegar à titulação. Foi um dos Quarenta Conjurados que, na revolução do 1.º de dezembro de 1640, restabeleceram a Independência de Portugal em relação a Espanha.

Na Guerra da Restauração foi Capitão de Infantaria e de Cavalaria. Foi também Deputado da Junta dos Três Estados, do Conselho de Guerra, Estribeiro-mor da Infanta D. Isabel Josefa, Presidente do Senado da Câmara de Lisboa, Presidente das Juntas do Tabaco e do Comércio e Embaixador Extraordinário em Inglaterra.
Governou o Algarve entre 1653 e 1655 e 1674-1675. Foi provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lagos. Embarcou na armada inglesa que conduziu a nova rainha, D. Catarina de Bragança, até à Grã-Bretanha. Casou com D. Elvira Maria de Vilhena, condessa de Pontével e dama de honor de D. Catarina de Bragança. D. Nuno da Cunha de Ataíde faleceu a 10 de fevereiro de 1696. 

Fonte consultada:
Nuno da Cunha Ataíde. Retirado de:

Trabalho realizado por Inês Domingos, 8.º B, n.º 8.


JOÃO PINTO RIBEIRO

João Pinto Ribeiro nasceu em Lisboa em 1590. Era filho do comerciante Manuel Pinto Ribeiro e de Helena Gomes da Silva. Matriculado na Universidade de Coimbra, concluiu o Bacharelado em Direito Canónico em 1615. Iniciou-se como juiz de fora de Pinhel em 1621, tendo sido nomeado por Filipe II. Seis anos depois foi transferido para Ponte de Lima onde escreveu um “Discurso sobre Fidalgos e Soldados Portugueses não militarem em conquistas alheias”, que foi publicado em Lisboa em 1632. Neste discurso, criticava a atitude do governo de Madrid, que aliciava os fidalgos de Portugal com oferta de regalias e boas quantias monetárias para se deslocarem para a Flandres, que estava em guerra com a Espanha. Esta foi a base para a sua importância no futuro do país. 
Sendo um homem de grande prestígio, foi escolhido para se deslocar a Vila Viçosa, reunindo-se com o fiel agente de D. João, para dar conhecimento dos acontecimentos de Lisboa. De volta a Lisboa, determinam o dia 1 de dezembro para o golpe. Concluídos os preparativos, decidem que D. João deveria estar perto de Lisboa “porque com a sua presença, os amigos (...) se animariam e os duvidosos (...) seguiriam aquele primeiro movimento.” Após a Restauração da Independência, Ribeiro foi nomeado membro do conselho do rei a 11 de janeiro de 1641 e promovido ao cargo de contador-mor dos Contos do Reino ainda nesse ano. Até à sua morte, foi guarda-mor da Torre do Tombo. Foi jurista e historiador e escreveu  diversos trabalhos reconhecidos. Faleceu em agosto de 1649.
 
Fontes consultadas:

Portugal Dicionário Histórico – Ribeiro (João Pinto). Retirado de https://www.arqnet.pt/dicionario/ribeirojpi.html
Serrão, J. (1985). Dicionário de História de Portugal, (Vol. III, pp. 644-645). Porto: Livraria Figueirinhas

Leonor André, 8.º A, n.º 9.

terça-feira, 29 de novembro de 2022

ESCRIT@TOP.COM - A IMPORTÂNCIA DOS AMIGOS

 

A IMPORTÂNCIA DOS AMIGOS

A amizade é importante na nossa vida, porque somos mais felizes quando temos alguém em quem confiar, que sabemos que se importa connosco e que está lá para nós.
A amizade vale quase mais do que ouro, pois é com os amigos que partilhamos memórias, brincadeiras, risos, abraços, histórias. A amizade pode ter confusões, é normal chatearmo-nos com o nosso parceiro, mas, se a amizade for forte e se os dois amigos colaborarem, resolve-se. Faz parte da amizade. Tudo é possível quando temos alguém.
Quando se fala em amizade, pensamos logo na «amigola» que conhecemos na escola, na rua, no trabalho, o vizinho, etc. Mas não é só o colega de turma ou alguém que conhecemos enquanto crescemos. Pode ser qualquer pessoa, a mãe, o pai, o avô, a prima, o tio, até mesmo os animais. Estes (cão, gato, periquito…) podem até mesmo ser mais confiáveis do que as pessoas, pois temos a certeza que um cão não vai contar um segredo a ninguém.
O que quero dizer é que a amizade pode aparecer de repente ou pode existir desde sempre, pode ser uma pessoa ou um animal qualquer. Não se sabe quando irá aparecer alguém, mas sabe-se que a amizade pode ser a melhor coisa da vida.

Lara Gonçalves, 7.º C, n.º 9.

Fonte da imagem: https://www.je10.com.br/lei-ira-punir-pessoas-que-maltratarem-os-animais-em-cordeiropolis/

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

LEITURA EM LINHA: TESTAR A COMPREENSÃO DA LEITURA COM UM JOGO «4 EM LINHA»

Há muitas e diferentes formas de avaliar o conhecimento e a compreensão de uma obra literária estudada integralmente em sala de aula. Fazê-lo com um jogo «4 em linha» parece, à partida, uma estratégia improvável.

Na verdade, os alunos das duas turmas do 5.º ano ficaram confusos no início; não percebiam muito bem como poderiam responder a questões sobre uma obra sem usar um lápis, uma lapiseira, um tablet, um telemóvel… E mais confusos ficaram ao ver sobre as mesas da biblioteca um conjunto de jogos «4 em linha» muito bem alinhados. Sentados frente a frente, com um jogo no centro da mesa para cada dois alunos, começaram a imaginar possibilidades ao receber três cartões com as letras A, B e C. Os cartões serviam para responder às questões? Eram questões de escolha múltipla? Com três hipóteses de resposta? Parte da estratégia estava desvendada!

Mas quem é que respondia às questões? E para que era o jogo?

Faltava esclarecer que os alunos responderiam às questões alternadamente, consoante o lado da mesa em que se encontravam. A sorte ditou que primeiro respondiam os alunos que se encontravam no lado esquerdo, e que tinham as peças amarelas; a seguir, respondiam os do lado direito, com as peças vermelhas.

Depois de ouvir atentamente a questão e as três hipóteses de resposta, cada aluno selecionava o cartão com a letra correspondente à resposta adequada e, ao sinal da professora, em simultâneo, levantavam e mostravam o seu cartão. Se a resposta estivesse correta, colocavam uma peça no jogo «4 em linha». A questão seguinte seria para o outro grupo e assim sucessivamente.


O objetivo era conseguir colocar quatro peças seguidas de uma mesma cor na vertical, na horizontal ou na diagonal.

A tarefa não foi fácil, pois a maioria dos alunos acertou quase todas as respostas e a possibilidade de colocar 4 peças em linha ia sendo contrariada pelo «adversário». Não obstante, houve  um reduzido número de alunos que atingiu o objetivo e ganhou o jogo, graças a uma desatenção ou outra do «adversário». 

Mas, na verdade, todos ganhámos, incluindo os professores. Percebemos todos, alunos e professores, que havia um bom conhecimento da obra A Viúva e o Papagaio, de Virginia Woolf, e reconhecemos o excecional desempenho dos alunos ao nível das atitudes: saber ouvir, saber respeitar o outro, saber gerir a frustração, saber ganhar e perder.

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

EU, LEITOR(A), SUGIRO «O PRINCIPEZINHO»


O PRINCIPEZINHO 

            Na minha opinião, o melhor livro que eu já li foi «O Principezinho», de Antoine de Saint-Exupéry. Conta a história de um rapazinho que vivia num asteroide, o asteroide B-612, com a sua rosa e os seus três vulcões, dois ativos e um extinto.

Eu escolhi este livro, pois apesar de serem quase um enigma, as frases do Principezinho demonstram que os adultos ou, como diz no livro, «as pessoas crescidas» importavam-se mais com o trabalho e os seus problemas do que com a diversão, a brincadeira, a imaginação e os pequenos pormenores do mundo.
O livro foi escrito pela única pessoa no mundo que conheceu este menino tão especial, que mostrou que nem tudo na vida são contas, nem ter autoridade sobre tudo, nem trabalho, nem problemas. É, sim, aproveitar pequenas coisas e pequenos pormenores que, mesmo como uma simples flor, precisam de ser admiradas.
Cheguei à conclusão de que este livro é muito adequado a todas as idades, para que tanto os mais novos como os mais velhos percebam que, se prestarem atenção a tudo, vão ver «outro mundo». É muito simples: «Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível para os olhos»…

Beatriz Rio, n.º 1, 7.º B.

Fonte da imagem: https://relogiodagua.pt/produto/o-principezinho-2/  


terça-feira, 22 de novembro de 2022

ESCRIT@TOP.COM - JUNTOS

 

JUNTOS

Entro na tua vida e perco-me sem medo.
Sempre que estou sem ti
Entro em desespero
E não quero acabar por um «e»…
 
O meu coração é teu
Tu fazes parte de mim
E o teu coração é meu
Como um bonito jardim!
 
Nós dois formamos um casal perfeito
Que dá tudo por tudo
Para não ficar desfeito.
A tua beleza deixa-me mudo!
 
Na riqueza e na pobreza iremos ficar
Para sempre fiéis e unidos.
O nosso amor não vai com o ar:
Para sempre juntos, mesmo falidos!

 Martim Manuel, 7.º B, n.º 11.


EU, LEITOR(A), SUGIRO «O PEQUENO LIVRO DOS MEDOS»

 

O PEQUENO LIVRO DOS MEDOS     

O melhor livro que já li chama-se «O pequeno livro dos medos» e foi escrito por Sérgio Godinho, que também é cantor. Eu li este livro para uma atividade da minha escola chamada «À Roda dos Livros» e, desde o início até ao fim, fiquei maravilhada com a história.

Como o título indica, o livro fala sobre medos. O narrador foi tentar descobrir o que isso era, pois ele tinha muitas dúvidas. Foi ao dicionário e, no início, a palavra «medo» não lhe dizia nada, mas depois foi procurar sinónimos e começou a ter sensações fortes e lembranças do passado que não eram nada boas. Até que começou a dar exemplos de situações e coisas que no passado o tinham assustado e, ao mesmo tempo que ia contando, ia percebendo que não valia a pena ter medo.
Este livro é a melhor história que eu já li, porque me identifiquei um pouco com as situações que relata. Muitas vezes temos medo e ficamos nervosos, mas depois percebemos que não vale a pena. Uma boa estratégia é falar sobre os nossos medos com as outras pessoas, pois vai ajudar a superá-los.
Creio que este livro é muito bom. Todos aqueles que têm medos deveriam lê-lo, pois considero que iria ajudar bastante.

 Lia Marques, 7.º B, n.º 9.

Fonte da imagem: https://www.bertrand.pt/livro/o-pequeno-livro-dos-medos-sergio-godinho/11237048

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

ISLM 2022: READING FOR GLOBAL PEACE AND HARMONY

O desafio lançado pela RBE para assinalar o Mês Internacional da Biblioteca Escolar sob o lema «Ler para a paz e harmonias globais» chegou às turmas do 8.º ano numa interessante e original proposta da professora de Inglês.

A professora partilhou com os alunos um conjuntos de textos em língua inglesa sobre o tema «A paz», incluindo poemas escritos por crianças e jovens. Os títulos e os países de origem dos autores desses poemas despertaram a curiosidade e o interesse de vários alunos que se voluntariaram para traduzir alguns poemas para a língua portuguesa.

Paralelamente, a professora familiarizou os alunos com a ferramenta Padlet e foi-lhes pedindo que aí partilhassem os poemas selecionados e a sua tradução.

O resultado é uma extraordinária compilação de poemas escritos por crianças e jovens que vivem em zonas de conflito e que compartilharam a dura realidade de uma infância definida pela guerra nos seus Poemas pela Paz.

Clique sobre a imagem que se segue para aceder a essa compilação.

ESCRIT@TOP.COM - O DRAGÃO

 O DRAGÃO

Mar, dorso de dragão luzindo ao sol, diz-me:
É o calor do sol ou é a chama
chama eterna do dragão?
Diz-me!
 
Um barulho que soa
como um ruído aterrorizante
do dragão ou um simples trovão?
Diz-me!
 
Este dragão é apenas mito ou uma grande verdade?
Diz-me!
 
Há mesmo um dragão na gruta
atrás da cascata?
Diz-me!
 
É uma dúvida que todos temos…
E se ninguém conseguir voltar de lá?
Diz-se que só os de coração puro sobrevivem…
O dragão é real?
Diz-me!

 Tairon Pedro Monjane , 7.º A, n.º 13.

ESCRIT@TOP.COM - AS PALAVRAS

AS PALAVRAS 

As palavras em chamas queimam veias e árvores,
como fogo que arde no imenso verão.
As palavras em chamas queimam veias e árvores,
como queimam o meu coração.
 
As palavras em chamas queimam
A minha felicidade.
Queimam tudo, mesmo.
Até talvez a nossa amizade.
 
Será um incêndio?
Ou simplesmente palavras cruéis?
As paredes caíram? A casa desabou?
É simplesmente um drama meu?
 
As palavras podem queimar?
As palavras são fogo? O que são?
São poderosas! Magoam e felicitam alguém!
As palavras em chamas queimam veias e árvores,
como fogo que arde no meu coração.
 
Beatriz Rio, 7.º B, n.º 1.

Fonte da imagem:

sábado, 19 de novembro de 2022

«ENGENHARIA AEROESPACIAL» AO MAIS ALTO NÍVEL NA BIBLIOTECA ESCOLAR

O Projeto Newton gostava de Ler!, mais especificamente, a atividade 3,2,1... Lançar sonda na biblioteca!, voltou a convocar os alunos do 5.º ano para uma complicada missão na área da engenharia aeroespacial.

Tudo começou na biblioteca escolar com uma rápida viagem pelo espaço, através dos poemas «Vaivém» de Jorge Sousa Braga (Pó de Estrelas, Lisboa, Assírio e Alvim, 2001, p. 48) e «O Sistema Solar» de José Jorge Letria (Corpos Celestes, Lisboa, Texto Editora, 2008, p. 42), que permitiu revisitar os planetas do nosso sistema solar, fazer «uma tangente a Marte», apreciar as 79 luas de Júpiter, com particular destaque para Io, e perceber que, afinal, «somos apenas uma parcela de vida do universo».

Seguiu-se, então, a complicada tarefa de projetar e construir, em grupo, um sofisticado sistema de aterragem, capaz de proteger uma «frágil sonda espacial» do embate com o solo, ao menor custo possível.


Para este projeto, cada grupo tinha à sua disposição um orçamento de 50 milhões de euros para adquirir materiais sofisticadíssimos: bolas de algodão, pedaços de esferovite, cordel, folhas de papel, cartolina, paus de espetada, sacos de lixo, balões, luvas...

Discutidas ideias, feitos os projetos e previstos os custos, cada grupo começou a dar forma ao seu sistema de aterragem. Esperava-se que «a frágil sonda» sobrevivesse, depois de ser lançada de uma altura de 2 metros.




No entanto, nesta delicada área da engenharia, nem sempre os projetos têm o desfecho que desejávamos e só duas sondas (uma de cada turma) ficaram intactas ao embater no solo. 

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

ESCRIT@TOP.COM - DIÁRIOS DE GUERRA IV


DIÁRIO DE GUERRA

Dia 8 de maio de 1916

Hoje encontro-me no abrigo do comando a dar apoio aos feridos no ataque da artilharia inimiga. As condições são terríveis. Faltam alimentos, há muita humidade e frio, as ratazanas andam por todo o lado e temos uma grande praga de piolhos. Lá em cima, continuam os ataques fulminantes com metralhadoras, tanques e gases tóxicos. Apesar do nosso esforço, devido aos poucos recursos, os feridos não estão a resistir. Temos muitos mortos, mas, com os constantes ataques, não estamos a conseguir retirá-los do abrigo, o que torna o cheiro insuportável.

Dia 10 de maio de 1916

Hoje as condições não melhoraram. Pelo contrário, continuam a agravar-se. No entanto, devido à diminuição de ataques no dia de ontem, conseguiram ser retirados alguns cadáveres e recebemos alguns alimentos e medicamentos para o tratamento dos soldados feridos. Estou muito cansada, mas não posso parar porque todos somos poucos.


Dia 14 de setembro de 1916

Os nossos soldados não estão bem preparados para enfrentar o inimigo. Por isso, o número de feridos é enorme. Ouvi uma conversa entre os soldados que diziam que estão a pensar enviá-los para França para receberem formação nas novas técnicas da guerra, como assaltos a partir das trincheiras, captura de prisioneiros, ataques de artilharia, gases de combate.

Hoje, e cada vez mais, sinto uma enorme saudade da minha casa e da minha família. Sinto falta de um banho quente, de uma comida quente, de dormir descansada numa cama limpa e confortável. Não sei por quanto mais tempo conseguirei suportar esta situação. Há vinte dias que não vejo a luz do sol. Sinto que estou a ficar doida.

                                                                                               Maria Nunes, 9.º B, n.º 17.

Nota: Este trabalho foi produzido para a disciplina de História, no âmbito do estudo da I Guerra Mundial.

ESCRIT@TOP.COM- DIÁRIOS DE GUERRA III

 

DIÁRIO DE GUERRA

Dia 3 de junho de 1916

Há cerca de um mês, fui enviado para vir combater na guerra. Encontro-me na fronteira da França com a Alemanha. Decidi escrever este diário, pois, mais tarde, algum familiar poderá ter este livro nas mãos e, desse modo, verá como foi terrível esta guerra para todos nós. As condições são miseráveis. A nossa alimentação não é suficiente para conseguirmos manter-nos em condições para combater e, devido à sujidade, às ratazanas e aos piolhos, temos muitas baixas de soldados, dificultando assim o nosso combate. Aqui, nas trincheiras, passamos muito frio e, quando chove, fica tudo inundado e cheio de lama. Há uma grande quantidade de mortos, pois, quando começámos a utilizar o gás asfixiante, os mortos começaram a aumentar. Estamos todos demasiado cansados, com fome e sede e não vemos o fim desta terrível guerra.

Dia 6 de julho de 1916

Entretanto, já passou um mês e só hoje é que tive um pouco de descanso e tempo para escrever mais uma fase deste meu diário. Não durmo há cinco dias por conta de toda a desgraça que está a acontecer, nomeadamente, a perda do meu melhor amigo… essa notícia deixou-me bastante triste e ainda mais em baixo do que já estava.

Encontro-me agora a escrever este meu diário encostado a uma das paredes da trincheira. Nele tento também descrever a imensa saudade que sinto da minha família. Já estamos todos muito saturados desta tremenda guerra e cada vez as condições são piores. O desespero toma conta de nós, tornando cada dia mais difícil. O medo de morrer e de não poder ver os meus filhos a crescer provoca-me um enorme aperto no coração.

Dia 14 de setembro de 1916

Acabei de acordar sobressaltado com os barulhos das sirenes, dos bombardeamentos, com a agitação e confusão em que tudo se encontra. Uma terrível forma de acordar… Já só penso em regressar a casa. Hoje, vamos sair para fazer reconhecimento de terreno. Estou com receio de não voltar para perto da minha família.                                                                                       

Ana Maria Sampaio 9.º B, n.º 1.

Nota: Este trabalho foi produzido para a disciplina de História, no âmbito do estudo da I Guerra Mundial.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

RETRATO DE SARAMAGO A VÁRIAS MÃOS

Continuamos a assinalar o centenário de Saramago, agora com a produção de um retrato a várias mãos, que se vai compondo nas aulas de Educação Visual.


 

ESCRIT@TOP.COM - DIÁRIOS DE GUERRA II

DIÁRIO DE GUERRA

 Dia 1 - 7 de setembro de 1914 

Cheguei a Marne (Paris) para lutar pela aliança franco-britânica na batalha contra o poderoso Imperio Alemão. Foi uma batalha muito trágica.  O Exército do Império Alemão estava a atacar em força em direção à capital francesa. Fui enviado para a frente de combate e tive de passar os meus dias tentando sobreviver à guerra e a não ser enterrado vivo numa vala (trincheira). É desesperante estar encostado aos muros de argila a ouvir constantemente o som dos tiros das espingardas e dos canhões, a ver os meus companheiros a serem baleados e a morrerem à minha frente e ter ainda de conviver com ratos e parasitas.

Os dias de outono já são tristes, mas quando chove fico com uma sensação de tristeza e com pouca esperança de voltarmos a estar com os nossos familiares.  

 

Dia 2 - 27 de maio de 1916 


As saudades da família e de casa são cada vez mais fortes. Parece que esta guerra nunca mais irá terminar. Hoje, estou em Verdun, no noroeste da França, junto à fronteira do Imperio Alemão. Isto é um caos total. Chuva de tiros por todos os lados … ouvir o som das metralhadoras, das granadas e dos aviões começa a deixar-me louco. O tempo é o “adversário” mais difícil desta batalha pois o vento rebenta por cima de nós. As manhãs de nevoeiro intenso dificultam a visão. A chuva torna a areia em lama, o que deixa a movimentação mais complicada e nos torna num alvo mais fácil. É esgotante não conseguir dormir bem por causa do som dos tiros. Porém, quando o nosso serviço acaba, podemos divertir-nos um pouco lendo, escrevendo para as nossas famílias, ou até mesmo jogar às cartas. 

 

Dia 3 - 6 de agosto de 1918 


Já não recebo cartas da minha família há uns meses e, cada vez mais, começo a preocupar-me em saber se eles estão bem. A incerteza por não saber se conseguirei sair vivo desta batalha em Amiens é, a cada dia que passa, cada vez maior. Estou cansado de usar máscaras de oxigénio, mas sei que aquele gás é mortífero; então, não tenho outra escolha. O meu estado psicológico está completamente destruído, arrasado, tal como o terreno à minha volta. Já faz quatro anos que a guerra começou e ouço todos os dias tiros de canhões, metralhadoras, tanques e, se olhar para cima, só vejo fumo e o som dos aviões de guerra e os zepelins, embora estes sejam destruídos com muita facilidade. A confusão é tanta que vejo o Exército do Império Alemão a abater outros compatriotas seus em posição de combate, ao nosso lado, pensando que estão a matar-nos. Estamos a conseguir empurrar o Exército Alemão de volta ao seu país. A batalha terminou. É um alívio, pois poderei ver a minha família de novo e saber se tudo correu bem.  

                                                                                              António Duarte, 9.º A, n.º 4.

Nota: Este trabalho foi produzido para a disciplina de História, no âmbito do estudo da I Guerra Mundial.

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

100 ANOS DE SARAMAGO

Hoje, dia 16 de novembro de 2022, assinalámos os 100 ANOS DE SARAMAGO.

Na biblioteca da Escola Básica Manuel do Nascimento, uma pequena exposição de obras do escritor, que foi laureado com o PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA em 1998, convidava os visitantes à leitura.

Nas salas de aula, o desafio «Curtas de Escrita Online» conduzia os alunos à leitura de um divertido trecho de As Pequenas Memórias e incentivava-os à produção escrita.

No bar da escola, a leitura fazia-se mais curta, de uma tocante frase da mesma obra, motivando os «clientes» para o conhecimento deste fascinante livro de José Saramago.


Nas Escolas Básicas n.º 1 e n.º 2, o centenário de Saramago também se assinalou, com doçura, nas salas dos professores.


Na biblioteca, o destaque foi para a obra A Maior Flor do Mundo.


ESCRIT@TOP.COM - EU E TU TU E EU

 

EU E TU TU E EU

Entro na tua vida e perco-me sem medo.
És tão especial e único…
Olho para ti e fico pasmada à tua frente.
Perco-me no teu olhar:
És água cristalina num rio.
Perco-me no teu abraço:
És o ar que me aquece o verão.

Quando estou contigo sinto-me bem:
Sou um pássaro que voa pelos campos.
Sou uma rosa que dança entre as flores.
Sou a alegria no rosto das crianças.
Sou as folhas que voam pelos bosques.
Sou o amor das mães.

Tu dás sentido à minha vida.
Tu mudas a minha vida.

 Mariana Silva, 7.º C, n.º 11.

 Fonte da imagem: https://www.pikist.com/free-photo-smqqr/es 

ESCRIT@TOP.COM - PROCESSO

PROCESSO
 

Em todos os jardins hei de florir
Rapidamente ou lentamente,
Mas em todos os jardins eu hei de florir.
Com ela cheia ou vazia, a mente.

Talvez só vá florir na primavera
Onde a magia das cores me espera.
E porque não no inverno?
Talvez o inverno seja frio e obscuro.
Mas não será mais fácil pensar no escuro?
Onde ninguém me julga,
Nem dificulta o meu processo de crescimento.

Em todos os jardins hei de florir.
Mesmo que os gatos pisem em mim,
Eu não vou parar de evoluir.
Mesmo que o vento sopre,
Com toda a força do mundo,
Eu não vou cair.

E se eles desistirem de mim?
E se os meus donos pararem de acreditar em mim?
E se pararem de jogar água em mim?
Eu não irei desistir.

Em todos os jardins hei de florir.

Dalila Rio, 7.º C, n.º 3.

Fonte da imagem: https://pxhere.com/tr/photo/682910 

 

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

ESCRIT@TOP.COM - DIÁRIOS DE GUERRA I


DIÁRIO DE GUERRA

Somme, 20 de junho de 1916 

O meu nome é Jean Martin. Fui chamado pelo governo francês para combater nesta guerra sem fim. Para a mesma região veio comigo o meu amigo Luc, a quem foi dada a função de sentinela.


Tenho 30 anos, casado e tenho um filho com apenas 2 anos. Foi muito difícil para mim e para a minha família, ter que partir para a guerra. Fico com aquela sensação que podemos não nos ver mais, mas, pelo menos, sabem que me vim embora para combater na guerra, para servir o nosso país. Fomos invadidos pelos alemães e é preciso expulsá-los.

Estou aqui nas margens do rio Somme, a preparar as trincheiras, grandes valas cavadas no solo, onde nós, os soldados da infantaria, ficamos; digamos que são as nossas “casas”, o nosso abrigo do ataque inimigo. Temos colocado também metros e metros de arame farpado; as planícies deste local são agora campos minados e linhas de arame farpado.

Até agora, a mando dos engenheiros britânicos, passamos o dia a cavar túneis. No final de cada um, próximo das trincheiras e dos abrigos alemães, são colocadas minas armadas com até vinte toneladas de explosivos.

Nesta aliança com os ingleses, temos ao nosso dispor na volta de 2 500 canhões e, segundo se diz, muitas mais munições que o inimigo.

Somme, 2 de agosto de 1916

Depois de vários dias de bombardeamentos e até utilização de armas químicas, parece que o tempo aqui nas trincheiras parou. É cada vez pior. Já vi vários colegas de guerra (pessoas que já chamava de amigos) a morrerem e a perderem membros do corpo. É muito triste mesmo!

Aqui, nas trincheiras, o tempo não passa. Enquanto esperamos que o general Joseph Joffre nos mande avançar novamente, temos de ocupar o tempo de alguma forma e tentar esquecer, por momentos, o inferno que estamos a passar. Jogamos às cartas, xadrez, escrevemos e contamos histórias da nossa terra.

Muitas vezes, temos de fazer as necessidades fisiológicas dentro das próprias trincheiras. Assim, o cheiro de fezes e urina são frequentes. E ainda se junta o cheiro dos cadáveres dos soldados abatidos que ficam cheios de insetos. Viver nestas condições é horrível. Estamos expostos a muitas doenças.

Há pouco tempo, um soldado morreu com a doença do “pé da trincheira”. Esta doença atinge os pés dos soldados e é causada pela humidade e pelo frio na carne dos pés. Neste caso, o pé teve de ser amputado, ou seja, este soldado deixou de combater e, ao fim de duas semanas, morreu.

Somme, 30 de outubro de 1916

Segundo o general, já conseguimos avançar cerca de 9 km dentro do território ocupado pelos alemães. No entanto, esta batalha parece não ter fim. Não conseguimos tomar de volta as cidades de Péronne e Bapaume.

As trincheiras são agora um amontoado de lama. A chuva não tem dado tréguas. Começamos a ver ratos a sair de dentro das fardas dos cadáveres. O inferno não acaba! Sonho com a minha família e com o dia em que os irei reencontrar e isso dá-me forças para continuar, mas será que os voltarei a ver?

Continuo a ver homens a morrer. Até já se torna uma coisa normal. Estou a sentir-me doente e esquisito. Espero que não seja apanhado por estas doenças que andam aí.

Recebemos ordens para sairmos de madrugada da trincheira e avançarmos contra o inimigo.

Teremos na retaguarda os canhões prontos a atacar.

Que Deus nos ajude!!

                                                                                                 Lara Jaime, 9.º A , N.º 14.

Nota: Este trabalho foi produzido para a disciplina de História, no âmbito do estudo da I Guerra Mundial.

domingo, 13 de novembro de 2022

ADIVINHA QUEM LÊ O QUÊ! - ATIVIDADE REGRESSA RENOVADA

A atividade «Adivinha quem está a ler!», que está no topo das preferências dos nossos alunos do 1.º ciclo, regressou, no corrente ano letivo, com um novo desafio. Além da identificação do leitor mistério, os alunos também têm de conseguir nomear o livro que está a ser lido, ou seja, a atividade passou a designar-se «Adivinha quem lê o quê!». 

Curiosamente, esta dificuldade acrescida parece agradar aos nossos alunos, que aderem efusivamente ao desafio. O sorteio dos vencedores, por turma, é sempre o momento mais aguardado e os prémios disponíveis (livros, lápis, canetas, blocos...) não deixam ninguém indiferente.