As turmas do 5.º ano foram desafiadas pela professora Débora Boto para uma tarefa de escrita original, que apela à resiliência, à criatividade dos alunos e à sua capacidade de trabalhar em grupo.
Tudo começa com um conjunto de cartas, cada uma delas com uma figura diferente, que são dispostas na mesa de trabalho com a figura para baixo.
Organizados em pequenos grupos, os alunos retiram uma carta e dão início à construção da história. Acabada a exploração da imagem dessa carta, retiram outra carta e dão continuidade à história e assim sucessivamente.
A ideia é construir, em grupo, uma história que faça sentido até à última carta.
A ordem das cartas nunca pode ser alterada e não pode ser modificada nenhuma das ideias anteriormente construídas.
Segundo a professora, para alem dos objetivos associados ao desenvolvimento das aprendizagens essenciais da disciplina de Português, pretendia-se, com esta estratégia, «que os alunos conseguissem aceitar as ideias do grupo, dessem asas à imaginação e conseguissem respeitar as regras do jogo».
TEXTO I - O MENINO E O BEBÉ
Numa noite de luar, um rapaz
chamado Diogo foi verificar se estava tudo bem com o leque que ia oferecer à
sua mãe.
Passado muito tempo, o Diogo
foi ver as horas porque achava que era tarde, pois tinha ficado toda a noite a
pensar no seu coração partido. Então, foi à floresta, fazer uma fogueira para
se aquecer.
No caminho de volta para
casa, o Diogo encontrou uma bolsa vermelha, que tinha um bilhete dentro, a
dizer que havia um bebé perdido no parque. Ele foi buscar o bebé e levou-o para
casa. Sem saber o que fazer, voltou à floresta, para ver se encontrava lá alguém,
mas, ao invés disso, encontrou uma pedra do tamanho dele, que em nada o poderia
ajudar.
Então, lembrou-se que havia
na vila uma fonte dos desejos, foi lá e desejou ajuda. A fonte disse-lhe assim:
- Ajuda procurarás e ao
ponto mais alto irás!
E o Diogo
assim fez e levou o bebé. Passados dois
dias a caminhar, finalmente lá chegaram.
No topo
encontrou uma casa de lenhador e bateu à porta. Apareceu um homem, com barba
branca e cara assustadora que perguntou o que eles faziam ali. O Diogo
respondeu:
- Venho procurar ajuda, em
nome da fonte mágica da minha vila.
E o lenhador respondeu:
- Em que poso ajudar, meu
caro?
- Venho perguntar se conhece
este bebé.
- Sim! É o meu e único
filho! Muito obrigado!
Autores do texto:
Grupo
1 (5.º A): Bruno Branco, n.º 3; Courtney-Mai, n.º 4; Gustavo Marques, n.º 8; Sean Norton,
n.º 15.
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