DIÁRIO DE GUERRA
Dia 3 de junho de 1916
Há cerca de um mês, fui enviado para vir combater na guerra. Encontro-me na fronteira da França com a Alemanha. Decidi escrever este diário, pois, mais tarde, algum familiar poderá ter este livro nas mãos e, desse modo, verá como foi terrível esta guerra para todos nós. As condições são miseráveis. A nossa alimentação não é suficiente para conseguirmos manter-nos em condições para combater e, devido à sujidade, às ratazanas e aos piolhos, temos muitas baixas de soldados, dificultando assim o nosso combate. Aqui, nas trincheiras, passamos muito frio e, quando chove, fica tudo inundado e cheio de lama. Há uma grande quantidade de mortos, pois, quando começámos a utilizar o gás asfixiante, os mortos começaram a aumentar. Estamos todos demasiado cansados, com fome e sede e não vemos o fim desta terrível guerra.
Dia 6 de julho de 1916
Entretanto, já passou um mês e só hoje é que tive um pouco de descanso e tempo para escrever mais uma fase deste meu diário. Não durmo há cinco dias por conta de toda a desgraça que está a acontecer, nomeadamente, a perda do meu melhor amigo… essa notícia deixou-me bastante triste e ainda mais em baixo do que já estava.
Dia 14 de setembro de 1916
Acabei de acordar sobressaltado com os barulhos das sirenes, dos bombardeamentos, com a agitação e confusão em que tudo se encontra. Uma terrível forma de acordar… Já só penso em regressar a casa. Hoje, vamos sair para fazer reconhecimento de terreno. Estou com receio de não voltar para perto da minha família.
Nota: Este trabalho foi produzido para a disciplina de História, no âmbito do estudo da I Guerra Mundial.
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