A biblioteca escolar voltou a receber, no passado dia 11 de janeiro, uma
delegação de dezoito «engenheiros aeroespaciais», desta feita da turma B do 5.º
ano, cuja missão era projetar e construir sofisticados trens de aterragem
que evitassem a destruição de «frágeis naves espaciais» ao embater no
solo.
Antes disso, porém, todos os presentes usufruíram de uma poética viagem
pelo espaço, nos poemas «Vaivém»
de Jorge Sousa Braga (Pó de Estrelas, Lisboa, Assírio e Alvim,
2007, p. 48) e «O Sistema Solar» de José Jorge Letria (Corpos celestes,
Lisboa, Texto Editora, 2008, p. 42).
Evidenciando sólidos conhecimentos sobre o espaço e uma invulgar capacidade
de trabalhar colaborativamente, estes jovens «engenheiros» envolveram-se na
construção de quatro projetos diferentes, usando com prudência os 50 milhões de
euros que cada grupo tinha à sua disposição para investir na aquisição de
materiais requintadíssimos: bolas de algodão, pedaços de esferovite, folhas de
papel, cartolina, sacos de lixo, sacos de congelação, paus de espetada, balões,
luvas, etc.
Infelizmente, nem tudo correu bem (como tantas vezes acontece nesta
delicada área da engenharia), e uma nave desintegrou-se completamente ainda
antes de ter sido lançada no espaço.
As restantes naves (os frágeis e delicados ovos crus) também não ficaram
intactas: uma delas sofreu consideráveis danos ao embater no solo, depois de
ter sido lançada de uma altura de dois metros; uma segunda nave apresentava
alguns rombos na fuselagem; na terceira nave identificou-se uma ligeira
fissura.
Apesar de os resultados finais não terem correspondido totalmente às
ambições dos nossos «engenheiros», a equipa da biblioteca escolar deliberou
«condecorar» todos os participantes nesta ação, com uma «fantástica
caneta aLer+», atendendo ao seu sentido de responsabilidade, à
atitude cívica que revelaram e à sua capacidade de respeitar os outros, mesmo
nos momentos mais adversos.
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