Publicado em 1974, numa emissão comemorativa do Centenário de Damião de Góis, o selo selecionado pelo aluno Gustavo Casaca, da turma C do 8.º ano, deu origem a um proveitoso trabalho de pesquisa e, posteriormente, à produção do texto que a seguir se apresenta.
Damião de Góis nasceu a 2 de fevereiro de 1502 na vila de Alenquer, onde também veio a falecer, a 30 de janeiro de 1574.
Filho de Isabel Gomes de Limi, neta paterna de um fidalgo flamengo que se estabeleceu em Portugal, e do Duque de Aveiro, sendo Isabel a sua quarta mulher. Casou com Johanna van Hargen.
Pensador humanista, escritor, historiador, foi julgado pela inquisição por defender e dar a sua opinião sobre o pensamento religioso e filosófico da Europa e de Portugal.
Foi nomeado para a feitoria de Flandres, em Antuérpia, no ano de 1523. Aí, ocupou os cargos de secretário e de escrivão, mérito que fez com que lhe fossem atribuídas importantes tarefas na Holanda e nos Países Bálticos, com as quais passou a cumprir um destino de muitas viagens, por mais vinte anos. Nas mesmas conseguiu conviver com os grandes humanistas da época, como Lutero e Alberto Dürer. Apesar de ter recusado o cargo de tesoureiro da Casa da Índia que o rei D. João III lhe concedeu, foi obrigado a regressar a Portugal, em 1545, perante as determinações do rei, para ocupar o cargo de guarda-mor da Torre do Tombo, em 1548.
Também foi escolhido para escrever a Crónica do Felicíssimo Rei Manuel, que
faltava no conjunto destinado aos reis de Portugal. Alguns anos antes, tinha escrito a Crónica do Príncipe D. João. Publicou várias obras historiográficas e humanistas, inúmeras
vezes em latim.
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