sábado, 30 de outubro de 2021

ESCRIT@TOP.COM - MONCHIQUE E OS SEUS LUGARES AMADOS II

   MONCHIQUE E OS SEUS LUGARES AMADOS

«Vale a pena atravessar o largo e o passeio, junto à estrada, para se descobrir o que, na vila, há de mais bonito.

Só debruçados do muro se poderá admirar o vale, a geometria dos canteiros, a mancha líquida do tanque, a mistura dos verdes, as sombras avolumando a luz, a araucária como impressão digital identificando a vila, e a serra ao fundo, mudando de cor a todas as horas, ora vestida de cinzentos-esverdeados, ora de verdes-azulados. E a Picota coroada de pedra, de granitos faiscantes, como rainha e senhora da paisagem, quase logo ali, ao estender da mão ou ao erguer dos olhos.»

(António da Silva Carriço, «Memória das Coisas», 2.ª ed.,

s/l, «O Monchiqueiro», [2008], p.19.)

CALDAS DE MONCHIQUE

Fotografia: @N. Lemos

O tom esverdeado, o som das águas, os inúmeros pequenos bancos, que facilmente são encontrados espalhados pelo lindo terreno.

Os diferentes tipos de carros estacionados por quase todo o local, o vento que bate no rosto enquanto damos voltas, ao explorar o bonito lugar que são as Caldas de Monchique.

Muita natureza envolvida, o que nos oferece uma paz imensa e inexplicável. Somente uma pessoa de grande sorte tem o enorme privilégio de ser de Monchique e a belíssima oportunidade de visitar o Paraíso: as Caldas.

 Ana Laura Marques 9.º A, N.º 3


A VILA

Fotografia; @N. Lemos

Caminhando ou pedalando muito, chego a um lindo lugar: o centro da vila de Monchique. Não tenho sítio fixo, pois lá encontramos um campo, espaço livre, a piscina, e o espaço net, entre outros. À frente do espaço net, posso andar de bicicleta. Depois, posso deixar a bicicleta de lado, dar cinco passos pela descida e ir até à piscina. Ou dar dois passos para o lado e chegar ao campo ou ter acesso a um computador. Ou ir até ao jardim! Em alternativa, posso manter-me à frente do espaço net e olhar para a Picota, São Roque, o Miradouro, a piscina … E tudo isto são paisagens! Sítios lindos para admirar.

Posso até comparar isto com a famosa Foia ou com a histórica Alferce. Mas prefiro ficar aqui. Em tempos de verão normais, como em 2019, é divertido, pois vê-se muita gente e bastantes amigos! Fico feliz por saber que vêm muitos turistas para admirar e provar a nossa água.


Lauro Dinis Vicente, 9.º A, N.º.9

A FOIA
Na guardada serra de Monchique, que em tempos já foi mais verde, antes do fogo que arrasou a serra, podíamos encontrar muitos eucaliptos, pinheiros e medronheiros, azevinhos e adelfeiras. Quando subimos, começamos a sentir o sabor do vento, e já no topo, às vezes, quase parece que vamos levantar voo! No caminho, podemos encontrar medronhos, com os seus tons de amarelo, laranja e vermelho. No outono, a serra fica toda em tons de verde, amarelo, encarnado e castanho. Vemos cogumelos aos milhares, alguns mais brancos, outros castanhos e alguns com picos e bolas!

No verão, começam a estar prontos para serem colhidos os orégãos, e não de plantações, mas todos naturais, selvagens, crescendo livres pelos campos sem a mão do homem a ajudar.

Se formos pelos caminhos certos, podemos encontrar as lindíssimas cameleiras, que todos os anos participam no Festival das Camélias. Na primavera, as árvores abrem em flor e proporcionam passeios muito relaxantes.

No inverno, quando respiramos, os nossos pulmões enchem-se de ar puro e fresco. E dependendo das condições climatéricas e da sorte, até podemos ver neve. Hoje em dia, ainda podemos ver as águas límpidas, que raramente congelam.

E é assim, o segredo mais bem guardado do Algarve.

Mariele Garcia Venda, 9.º A, N.º 12 

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