sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

EU, LEITOR(A), SUGIRO «O PRINCIPEZINHO»

 

O livro que mais me marcou em toda a minha vida foi o livro «O Principezinho», do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, que nos ensina que para viver só necessitamos de algo único, o amor, que é invisível aos olhos, principalmente aos olhos dos adultos. Este livro ensina-nos como devemos partilhar esse amor com o outro, cativando-o e criando laços para toda a vida. Tornando-nos em algo especial e único.

Na minha opinião, todas as pessoas deveriam ler a história d’«O Principezinho», uma história muito comovente e educativa, que promove em nós uma profunda reflexão sobre nós mesmos. Com o Principezinho, não só descobrimos o verdadeiro significado do amor, mas também como podemos tornar algo comum em algo único e especial, dedicando-lhe o tempo necessário para ser cativado. Cada um de nós é diferente, mas, por vezes, só conseguimos reconhecer essa diferença quando cativamos e criamos laços com alguém, sendo que, se cativarmos algo, ficaremos eternamente responsáveis por aquilo que tornamos único no mundo, devendo nós então ser leais, respeitando e cuidando até ao fim da vida. Tal como o Principezinho, que dedicava muito tempo à sua rosa e a fizera especial e única entre todas as rosas. Cativando-a.

Para além disso, este livro remete-nos para uma grande reflexão sobre como deveremos olhar para aquilo que nos rodeia e aquilo a que devemos dar a devida importância. Ao contrário das crianças, os adultos tendem a ser incompreensíveis, não conseguindo ver o essencial da vida, distraindo-se com coisas fúteis, aquelas que não lhes enriquecem o coração.

A maioria dos adultos esquecem-se que já foram crianças, esquecem-se que podemos ver muito mais para além daquilo que os nossos olhos captam. Os adultos (que são para mim todos iguais, pois não me cativam, com a sua inconsciência da vida) vivem cegos, sem conseguirem ver o invisível, que por dentro é o mais visível que pode existir. Como na história d’«O Principezinho», em que os adultos não eram capazes de ver nem a jiboia fechada, nem o interior da jiboia, parecendo-lhes meros chapéus.

Por outro lado, o livro «O Principezinho» ensina-nos que não devemos julgar os outros pelas palavras que dizem, mas sim pelas ações que demonstram. Devemos tentar encontrar as «feridas» que perturbam aqueles que nos cativam para percebermos o «porquê» de não os devermos julgar. O mesmo podemos verificar na obra «O Principezinho», em que o protagonista ficara muito desiludido com ele mesmo por não ter adivinhado logo na rosa a sua doçura, por detrás dos seus subterfúgios, que depois o iluminava e perfumava. Ficara triste por ter fugido, deixando a sua rosa sozinha, só com quatro espinhos, sem se poder defender das adversidades da vida.

Em suma, a história do Principezinho sensibiliza-nos para aquilo que devemos procurar em toda a nossa vida, o amor. Mesmo tornando-nos adultos, podemos ir em busca do que nos fazia mover na infância: aquilo que os olhos não veem, mas o interior sente.

 Inês Isabel Duarte Inácio, 9.º A, n.º 5.

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