quarta-feira, 24 de abril de 2024

25 DE ABRIL - A REVOLUÇÃO DOS CRAVOS


"Grândola, Vila Morena” soou na Rádio Renascença logo após a meia-noite do dia 25 de abril de 1974. A canção de José Afonso foi o sinal esperado pelas tropas para colocar em marcha o plano de derrubar a ditadura fascista. 
As tropas saíram à rua na cidade de Lisboa, mas o povo também. Apesar de alguma resistência, rapidamente as tropas tomaram o poder e, no dia seguinte, os prisioneiros políticos foram libertados.
Pela rádio, foi anunciado ao povo que o Movimento das Forças Armadas visava devolver a liberdade à nação e estabelecer a democracia, a descolonização e o desenvolvimento do país.
Nas ruas ouvia-se o povo gritar “O Povo Unido Jamais Será Vencido”; foi a festa da Liberdade.
Portugal foi notícia em todo o mundo por ter vivido uma revolução sem violência e em que mulheres celebraram a liberdade, emocionadas, colocando cravos vermelhos no cano das espingardas dos militares. Esta flor tornou-se, assim, o símbolo deste acontecimento, que ficou conhecido como a Revolução dos Cravos.
Os exilados políticos, os militares e os jovens que haviam saído do país para fugir à Guerra Colonial regressam a um Portugal livre da censura. Na rádio soavam músicas antes proibidas, os jornais saíam sem cortes nas notícias, os partidos políticos de oposição ao regime deixaram de ser clandestinos e as pessoas passaram a poder decidir o seu destino.
Seguiu-se a construção da Democracia ao longo destes 50 anos, com alguns erros, mas, sobretudo, com muitos acertos. O medo, as perseguições, a violência, a guerra colonial e a intolerância a modos de pensar diferentes deram lugar à Liberdade e à Esperança na construção de um mundo, não perfeito, mas, sem dúvida, muito melhor.
A liberdade e a democracia em que vivemos só foram possíveis com o sacrifício de muitos que nos antecederam e é um tesouro que nos cabe, a todos, honrar, preservar e trabalhar, tendo em vista a construção de uma sociedade cada vez mais justa, fraterna e feliz.       


Texto produzido pelas professoras Conceição Windle e Fernanda Gomes (Biblioteca Escolar / Agrupamento de Escolas de Monchique).


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