sexta-feira, 1 de abril de 2022

ESCRIT@TOP.COM - DESAFIO DE ESCRITA: UMA FRASE, UMA HISTÓRIA

Com o intuito de promover o gosto pela escrita, a professora Débora Boto desafiou os seus alunos do 5.º ano a imaginar e escrever uma história a partir de uma das seguintes frases:

        A. O cabelo da minha vizinha parece um ninho de ratos.

        B. Tenho medo do escuro...

        C. Hoje, esqueci-me de acordar.

        D. O menino dança?

        E. Acho que tenho um dente podre...

        F. Vai mais uma voltinha?

        G. Há iogurtes cá em casa?

O desafio foi aceite e surgiram textos bastante criativos.


Tenho medo do escuro!... Não é bem do escuro que eu tenho medo, é do que está dentro do escuro!

 

Era assim que começava a história do Duarte.

Duarte era um rapaz rebelde, muito popular na sua escola, mas guardava um pequeno segredo, ele tinha medo do escuro. Ninguém podia saber deste seu segredo, porque ele achava que, se soubessem, iriam gozar com ele e deixaria de ter popularidade.

Um dia, o psicólogo da escola foi à sala da turma do Duarte falar sobre os medos de cada um. A Joana disse que tinha medo de morrer, o Filipe que tinha medo de cobras, até que chegou a vez do Duarte que, armado em valente, disse que não tinha medo de nada. Mas toda a gente sabia que todos nós temos um medo.

No intervalo, o Pedro, o seu melhor amigo, perguntou-lhe sobre os seus medos e prometeu não dizer nada a ninguém. O Duarte acabou por confessar:

─ Tenho medo do escuro!... Não é bem do escuro que eu tenho medo, é do que está dentro do escuro!

Beatriz Duarte, 5.º B, N.º 2


O Cabelo da Minha Vizinha Parece um Ninho de Ratos


Era uma vez uma velha que morava sozinha no cimo do monte e a sua casa estava sempre desarrumada e toda suja.
A única companhia que ela tinha eram dois ratos e uma rata chamados Tuti Fruti, Floquinho e Pepa Pig. Esses seus ratinhos viviam no seu cabelo feio, despenteado, cheio de nós e muito mais.

Eva, 5.º B, N.º 6

Uma Aventura na Ilha

Hoje, esqueci-me de acordar. Estava num sonho maravilhoso. O avião tinha acabado de descolar do chão, estava a caminho de uma ilha espetacular. Lá de cima, dava para ver vários animais, de várias espécies.

─ Finalmente, vou aterrar  ̶  pensei eu.

Quando aterrei, notei logo que era tudo diferente. Na praia, a água era cristalina e a areia era muito macia. Havia uma floresta tropical, com todas as espécies de animais e uma tribo de índios. Eles convidaram-me para visitar a aldeia.

─ Olá! Queres conhecer a nossa ilha?

Aceitei logo o convite. Eles levaram-me a conhecer toda a ilha: os animais, os insetos, as plantas e as espécies marinhas. Tudo naquela ilha era maravilhoso. Terminei a minha visita a dar um mergulho com tartarugas, numa praia, com imensas estrelas-do-mar.

─ Guilherme, acorda! Acorda!  ̶  gritou a minha mãe.

Guilherme Nobre, 5.º B, N.º 9


Eu tenho medo… E tu, tens?

Eu tenho medo do escuro… Eu sou a Liara, tenho sete anos e adoro brincar com os outros, mas eles não gostam de mim, porque eu tenho medo do escuro. Todos dizem que não têm medo de nada e muito menos do escuro.

Um dia, a professora de Educação Visual pediu para desenharmos algum medo. Alguns dos meus colegas escreveram «Nada» e outros deixaram a folha em branco. A professora perguntou se não tinham medos, todos responderam que não tinham. A professora disse que ter medo de algo não é vergonha.

─ A Liara desenhou o seu medo e não teve vergonha nenhuma de contar a sua situação  ̶  disse a professora aos alunos.

A professora continuou dizendo que o medo não é fácil de encontrar, que alguns tinham medo da mentira e outros da verdade. Alguns, comovidos com as palavras da professora, perguntavam uns aos outros sobre o medo da mentira e da verdade. A professora, ao ouvir os comentários, começou a explicar:

─ Os que dizem que não têm medos, estão com medo da verdade, pois, na verdade, estão a mentir. Os que dizem que têm medos, têm medo da mentira. Falam quase sempre a verdade porque, se mentirem, têm medo de ser castigados.

Depois da explicação da professora, foi a hora do intervalo.  Os colegas da Liara foram pedir desculpa, porque tinham mentido, e começaram a falar sobre os medos que não tinham assumido.

Dias depois, combinaram ir a cada uma das salas explicar aos outros colegas que cada um tem um medo e que não devemos mentir.

A professora ficou muito feliz por terem percebido a lição.

 

E vocês, perceberam a moral da história?

Margarida António, 5.º B, N.º 1


Um Passeio de Bicicleta

─ Vamos dar mais uma voltinha? – perguntou o pai ao filho.

─ Sim, vamos! –  respondeu o filho.

Durante o passeio, o pai e o filho passaram por sítios onde viram muitos animais, como sapos, pássaros, lagartos e também muitas plantas.

─ Olha, filho, um ninho de pássaros.

─ Sim, e lá atrás eu vi um sapo e um lagarto muito estranhos.

Passado algum tempo, avistaram uma colina.

─ Pai, olha, está ali uma colina. Vamos ver se conseguimos ter uma boa vista de todo o campo?

─ Boa ideia! – concordou o pai.

 Quando os dois chegaram lá, ficaram maravilhados, a paisagem era bela.

─ Ainda bem que viemos dar este passeio, senão nunca teríamos visto esta bela paisagem – disse o pai muito feliz.

 

Martim, 5.º B, N.º 17 

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