sábado, 2 de fevereiro de 2019

VIAGEM NO TEMPO

Eram exatamente sete horas e quinze minutos do dia 30 de janeiro de 2019 quando 40 alunos e 4 professores partiram de Monchique rumo a Lisboa, numa épica viagem que os faria recuar no tempo.

E mal o autocarro chegou a Lisboa, desligaram-se os motores, esqueceu-se o frenesim do trânsito, as filas nas portagens e o custo do gasóleo e a viagem fez-se por entre coches, berlindas, seges, liteiras e cadeirinhas, charabãs e carruagens.


Quatrocentos anos da História de Portugal, ali, no Museu Nacional do Coches, recontados num excecional conjunto de viaturas, muitas das quais se apresentam como objetos de arte por excelência e onde a tecnologia se confunde com a estética.


De lápis e guião na mão, os alunos assumiram o papel de detetives, observaram, seguiram pistas, procuraram reis e rainhas, príncipes e princesas, descobriram pormenores, descodificaram enigmas, resolveram questões… Enfim, viajaram no tempo e chegaram aos finais do século XVIII, época em que surge a Mala-Posta, o primeiro transporte público entre vilas e cidades para passageiros, correio e bagagens.


Mas a viagem no tempo ainda mal começara. E, depois de um curto intervalo para almoço, a odisseia recomeçou, já no outro lado da cidade.

Desta feita, os alunos trocaram o papel de detetive pelo de espetador e, confortavelmente instalados no auditório do colégio Pedro Arrupe, viajaram até à Grécia Antiga para acompanharem, de perto, o atribulado regresso de Ulisses a Ítaca, depois da célebre guerra de Troia. À mercê da crueldade dos deuses, que se divertiam num original jogo de computador, Ulisses debateu-se, lutou, excedeu-se e foi ultrapassando níveis, navegando de aventura em aventura, por entre ciclopes e sereias encantatórias, ninfas e feiticeiras, até ao encontro com a sua fiel Penélope.




Os aplausos finais trouxeram a assistência, de novo, para a realidade do século XXI.

Lá fora, o frenesim recomeçou, a aragem fria e agreste despertou os mais sonhadores.
Adivinhava-se a hora de ponta. Estava na hora de regressar a Monchique.

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