quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

A HISTÓRIA INFINITA DO π

A história infinita do π

Em 1992, os irmãos Chudnowsky calcularam o valor de π com mais de dois mil milhões de casas decimais!

Julgando o fim a chegar,
o π deu de começar
a preocupar-se consigo.
E um dia fez a bagagem
e partiu numa viagem
ao fundo do seu umbigo.

Mas o umbigo era mais fundo
do que o umbigo do mundo
e o π regressou mais
baralhado que à partida,
de cabeça confundida
com cálculos decimais…

Hoje o π, já muito velho,
senta os netos nos joelhos
e fala-lhes de Alexandria,
da China, de Chung Zhi,
de Al-Kashi, de Al-Kwarismi,
da Casa da Sabedoria.

E dos milhares de milhão 
de casas onde viveu
na sua aventurosa existência,
desde o dia em que nasceu
da estranha relação
dum diâmetro e uma circunferência.
2
Manuel António Pina, Pequeno Livro de Desmatemática


O poema de Manuel António Pina foi o ponto de partida para uma atividade prática, na Biblioteca Escolar, sobre o valor do π, dirigida às três turmas do 6.º ano, numa parceria com a professora Sónia Petreques.

Reconstituídos os versos do poema, onde faltavam algumas das palavras de rima, a leitura fez-se, em voz alta, individualmente e em grupo, de forma alternada, mas envolvendo todos os alunos... e as professoras.

Seguiu-se a leitura da história «O π», do mesmo autor, num jogo de «passo a leitura». O π foi- se apresentando e o seu valor (3,1416...) foi ficando na memória.

Mas faltava testar as informações transmitidas no poema e na história de Manuel António Pina, ou seja, descobrir a relação entre o perímetro de uma circunferência e o seu diâmetro. Feitas as medições e os cálculos, o resultado foi sempre 3, ..... (qualquer coisa). Nas medições mais exatas, o resultado aproximou-se mesmo do 3,1416... .

É caso para se concluir: 
Afinal, Matemática e Poesia rimam em harmonia!




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