No âmbito do estudo da obra Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, os alunos das duas turmas do 9.º ano realizaram, no passado mês de fevereiro, uma viagem de estudo a Lisboa, que incluiu uma visita ao Museu Nacional da Arte Antiga e a assistência à representação do auto vicentino pela companhia de teatro «O Sonho».
Dois alunos da turma B do 9.º ano contam-nos em verso tudo aquilo que se passou.
Os alunos do 9.º ano
saíram a passear!
Foram ver teatro,
e o
museu visitar.
O
autocarro ia cheio
e era
grande o Carnaval!
Até
logo, Monchique,
olá
capital!
O
primeiro ponto da rota
foi o
Museu de Arte Antiga.
No Tejo
o piar da gaivota
acompanhado
de voz amiga.
Professores
eram os nossos guias
que nos
orientaram a dividir.
Cada um
ficou num ponto,
Onde os
alunos deveriam ir.
É difícil de sentir
o que um quadro tem
para dar,
com ele
temos de nos medir
para a
sua essência captar.
Tivemos
a oportunidade de ver
três
pinturas a fundo:
algumas
deste,
outras
de outro mundo!
Os nossos olhos viram “O
Inferno”,
pecados
pagos
em
sofrimento eterno:
mais
fogueiras, menos lagos.
Nas
“Tentações de Santo Antão”,
abriram-se
os mistérios da perdição.
Afinal,
nem tudo o que parece é,
pois a
vela acesa é sinal de fé.
“Os
Painéis de São Vicente”
já
admirados por tanta gente,
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rostos oficiais
a dar
voz às classes sociais!
O fim deste vai e vem
foi uma
peça diferente:
a
“Custódia de Belém”,
criada
por Gil Vicente!
A
barriga já dava horas,
quando
fomos almoçar,
apreciamos
a brisa fresca
e a
alegria no ar!
Seguimos
para o teatro,
curiosos
e entusiasmados
para
(vi)ver a Barca do Inferno,
neste
tempo tão moderno!
O teatro
foi fiel à obra
e ao
destino daquelas almas.
Gargalhadas
foram de sobra,
A“O
Sonho” uma salva de palmas!
Foi um
dia especial
é grande
a gratidão,
por mais
história de Portugal,
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