Nos últimos dias, os livros de poesia saltaram das estantes da biblioteca e colocaram-se a jeito, que é como quem diz... puseram-se ali, à mão de semear, acessíveis a uma boa leitura, na esperança de que a aproximação da primavera lhes trouxesse uma outra rotina.
Lidos, relidos, remexidos, copiados, fotocopiados, os poemas foram ficando entusiasmados e, de repente, viram-se transcritos em coloridos retângulos de papel, harmoniosamente transformados em delicados rolinhos poéticos.
Lidos, relidos, remexidos, copiados, fotocopiados, os poemas foram ficando entusiasmados e, de repente, viram-se transcritos em coloridos retângulos de papel, harmoniosamente transformados em delicados rolinhos poéticos.
Tornaram-se independente, os poemas. Ganharam asas e voaram para as mesas dos cafés e das pastelarias da vila para darem um sabor especial às bebidas quentes. Outros desfilaram alegremente pelas ruas, nas mãos dos alunos mais pequeninos, até serem oferecidos a um(a) leitor(a) cujo dia ficou, seguramente, muito mais colorido.
Na escola, o frenesim poético deu-se no bar, exponenciado pelo gostoso sabor do chocolate. E os poemas foram poucos! E os chocolates também.
Mas, num dia tão especial, a poesia chegaria ainda mais longe, muito longe, nas vozes melodiosas de nove alunas do 5.º ano que levaram a poesia à Rádio Foia e aos seus ouvintes espalhados pelos quatro cantos do mundo. Almeida Garrett, Luísa Ducla Soares, José Jorge Letria, Jorge Sousa Braga e João de Deus foram os poetas escolhidos pela Ana Maria Sampaio, pela Anastácia Azarova, pela Anita Marques, pela Carolina Correia, pela Clara Furtado, pela Clara Jorge, pela Daniela Dimas, pela Inês Calapez e pela Maria Nunes para celebrarem, em grande, o Dia Mundial a Poesia.