O escritor Filipe Faria esteve, hoje, dia 23 de outubro, a assinalar o Dia da Biblioteca Escolar na Escola EB 2,3 de Monchique, onde foram agendados encontros com todas as turmas do 2º e 3º ciclos.
À conversa com os alunos, este jovem escritor confidenciou que foi o pai que lhe abriu as portas para o mundo literário, ao incitá-lo a concorrer ao Prémio Branquinho da Fonseca, com que foi galardoado em 2001, na sequência do qual viria a publicar o 1º volume da série Crónicas de Allaryia: A Manopla de Karasthan.
Considerando ter uma imaginação viva e um vocabulário colorido, Filipe Faria, que na sua juventude preferia o desenho à leitura e à escrita, começou a imaginar o mundo exótico de Allaryia aos 12 anos, mas só aos 16 passou as suas ideias para o papel. Estas histórias fantásticas foram escritos reservados, cuja leitura esteve vedada a familiares e amigos até ao momento da publicação do livro, o que levou Filipe Faria a sentir-se devassado, violado, quando se viu confrontado com a exposição de A Manopla de Karasthan nas montras das maiores livrarias do país.
O sucesso alcançado pelo 1º volume lançou o escritor para a edição de outros volumes das Crónicas de Allaryia. Dez anos depois da primeira publicação, esta série conta já com sete volumes: A Manopla de Karasthan, Os Filhos do Flagelo, Marés Negras, A Essência da Lâmina, Vagas de Fogo, Fado da Sombra e Oblívio.
O escritor, pioneiro da história fantástica em Portugal, diz ter sido fortemente influenciado pelos livros de J. K. Rowling (Harry Potter) e J. R. R. Tolkien (O Senhor dos Anéis), confessando um fascínio especial pelo período da Idade Média.
A sua última obra, O Perrautimato, da série Felizes Viveram Uma Vez, assinala uma nova etapa na sua carreira literária, conduzindo-nos à (des)construção do mundo fantástico das histórias tradicionais e dos contos populares.
Sem comentários:
Enviar um comentário