Caro jovem do século XXI,
Espero
que te encontres bem e que não estejas a vivenciar acontecimentos tão terríveis
como eu durante o Holocausto. Antes de mais, deixa-me apresentar-me: chamo-me Wladyslaw Szpilman e dizem que no século XX fui um grande pianista.
Na época
em que os alemães invadiram a minha cidade, Varsóvia, eu estava a atuar numa
rádio local, de onde assisti aos primeiros bombardeamentos trágicos. Sendo eu
judeu, tal como a minha família e muitas outras pessoas, fomos enviados para um
gueto onde tudo era aterrador e onde a fome e as agressões eram indizíveis.
Consegui
ser salvo, mais tarde, graças ao meu talento para a música, mas infelizmente os
meus pais e os meus irmãos foram enviados para um dos piores campos de
concentração e não sobreviveram.
Antes da
2.ª Guerra Mundial, vivia despreocupado e feliz a tocar as minhas músicas e nem
sequer imaginava que, um dia, iria ser separado da minha família e ser vítima
de um ódio tão cruel que me forçou a viver escondido.
Imagina, caro jovem, o que é
seres perseguido e torturado, sem teres feito mal a ninguém, mas apenas por não
pertenceres à “raça ariana”.
Envio-te
esta carta, na esperança de que os jovens reflitam sobre este tempo de
escuridão e horror e consigam evitar massacres assustadores como o do
Holocausto.
Despeço-me,
na esperança de que a humanidade retire dos seus corações a intolerância!
Wladyslaw Szpilman
NOTA: Trabalho realizado por Alícia Costa Duarte, 9.º ano, turma B, para a disciplina de Português, no âmbito do DAC «Ler+ com História e Expressão».
Sem comentários:
Enviar um comentário