sexta-feira, 29 de março de 2024

MONCHIQUE NO MAPA NACIONAL DA SEMANA DA LEITURA 2024

A Rede de Bibliotecas Escolares divulgou, na sua página, os dados relativos à participação das bibliotecas escolares na Semana da Leitura 2024, que se assinalou, como já foi referido no nosso blogue, de 18 a 24 de março.

Nessa publicação é possível consultar um mapa com as escolas inscritas e aceder aos cartazes e programas de cada uma delas.

Clique sobre uma das imagens que se seguem e descubra, também, a presença do Agrupamento de Escolas de Monchique neste mapa nacional da Semana da Leitura.


MARÇO, MÊS DA POESIA 2024: «OS MENINOS EDUCADOS»

 

Os meninos educados

0s meninos educados
de manhã dizem bom dia,
bom dia, senhor José,
bom dia, dona Maria.
 
Os meninos educados
de manhã dizem bom dia,
bom dia, sol amarelo,
bom dia, ribeira fria,
bom dia, flores do jardim,
bom dia, cães da cidade,
bom dia, ó bicicleta,
bom dia de liberdade.
 
Os meninos educados
de manhã dizem bom dia,
bom dia, lixo da praia
e cascas de melancia,
bom dia, guerra que matas,
bom dia, mesa sem pão,
bom dia, teto de céu,
bom dia, voz sem canção.
 
Os meninos educados
de manhã dizem bom dia
e partem como andorinhas
em busca de um novo dia.
 
Luísa Ducla Soares, A Cavalo no Tempo, Porto, Porto Editora, 2015, pp. 58-59.


Poema sugerido e lido por Lara Susana, 5.º ano, turma B.

quinta-feira, 28 de março de 2024

MARÇO, MÊS DA POESIA 2024: POEMAS AO MÊS DE MARÇO

Março foi o mês escolhido para celebrarmos a POESIA no Agrupamento de Escolas de Monchique, iniciativa a que os nossos alunos, mesmo os mais pequeninos, não ficaram alheios.

Prova disso são os dois poemas produzidos por duas alunas do 3.º ano da Escola EB1 n.º 1 que a seguir se transcrevem.

EM MARÇO

Em março
há a primavera
há flores de mil cores
andorinhas a voltar
é a primavera a chegar.
 
Em março
há o dia da poesia
lemos com alegria
é um dia cheio de magia.
 
Em março
há o dia da árvore
é importante relembrar
como elas são importantes
e o oxigénio nos podem dar.
 
Em março
há a Páscoa
come-se folar
e vemos borboletas a voar.

Autora do poema:
Catarina Balbino, 3.º ano, Escola EB1 n.º 1 de Monchique.


O MÊS DE MARÇO

Já chegaram as férias
e também a primavera
as flores florescem
as andorinhas aparecem
 
O março já chegou
há o dia da poesia
poemas para ler
e muito para aprender
 
Coelhos e ovos a saltar
e o Dia da Árvore
para comemorar

Autora do poema:
Flor Domingos, 3.º ano, Escola EB1 n.º 1 de Monchique

quarta-feira, 27 de março de 2024

MARÇO, MÊS DA POESIA 2024: «O AVIÃO» - UMA LEITURA COLETIVA

 

O AVIÃO
Sentado em terra, no relvado,
o coelhinho julga ver
no céu, acima do telhado,
um avião pronto a descer.
 
Sim, é verdade, é um avião.
E nele é fácil avistar
seu tio, o grande campeão,
que agita um lenço de assoar.

Com um barulho atordoante, 
o avião, todo vermelho, 
ali aterra num instante 
ante a alegria do coelho.

Já para o chão o tio salta.
E não lhe ficam nada mal
o capacete, a bota alta
e o casacão de cabedal.

O tio diz-lhe num sorriso:

- “Volto a voar. Queres vir também?”
E acrescentou: “Mas é preciso
pedires licença à tua mãe”.

“Lá em cima há sempre muito frio” –
diz a mamã. “Queres um conselho?
Para voares com o teu tio
vai pôr o teu cachecol vermelho”.
 
O coelhinho, sem receio,
no avião se vai sentar:
- “Oh, como é bom dar um passeio!
Já vou subir! Já estou no ar!

“Voar tão alto e tão depressa
faz com que a minha mãe, na estrada,
com a formiga se pareça.
E, agora, já não vejo nada!”
 
O tio diz: - “Olha um castelo,
dentro de um grande pinhal verde”.
- “Sim, vejo, vejo! Como é belo!”
Mas para trás logo se perde!”
 
Subitamente, vê o mar
e, sobre a água muito azul,
barcos à vela, a navegar.
Depois, o tio volta ao sul:
 
- “Vão sendo horas de ir para casa,
a tua mãe está em cuidado.
Olha de cima dessa asa
a tua casa, o verde prado”.
 
E, mal acaba de descer,
à mãe, que o beija com amor,
diz o coelho: - “Quero ser,
quando crescer, aviador!”

António Manuel Couto Viana, Versos de Cacaracá, Litexa Portugal, pp. 40-41. 

NOTA: Leitura coletiva do poema pelos meninos do 2.º ano da Escola Básica n.º 1 de Monchique (S. Pedro), sob a orientação da professora Ana Marques.

terça-feira, 26 de março de 2024

PROBLEMATIK 33 - ANIMAIS DA QUINTA

A avó Francisca tem muitos animais na sua quinta.
A sua neta Maria foi visitá-la e ficou, como sempre, entusiasmada com os animais que lá viu.
Viu dez patos e algumas cabras.
Contou as patas de todos esses animais e eram 44 patas no total.

Quantas cabras viu a Maria?


Achas que és capaz de resolver esta situação problemática? Parece bem fácil!

Deixa a tua resposta no formulário que te disponibilizamos. Clica aqui.


segunda-feira, 25 de março de 2024

ENCONTROS COM ESCRITORAS MARCARAM SEMANA DA LEITURA EM MONCHIQUE

A Semana da Leitura, uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura a que o Agrupamento de Escolas de Monchique tem aderido desde a primeira edição, em 2007, celebrou-se, este ano, de 18 a 24 de março, em todo o país.
Além das muitas e diversificadas atividades de leitura que são habituais nas várias escolas do concelho de Monchique, o programa da Semana da Leitura 2024 foi reforçado com a visita de duas escritoras, autoras de vários livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura, que aqui estiveram à conversa com os nossos meninos e meninas para dar a conhecer as suas obras. 
A escritora Manuela Castro Neves dinamizou sessões de leitura em todas as escolas do 1.º ciclo, interagindo de forma motivadora com os alunos e envolvendo-os no enredo das histórias que com eles foi partilhando. No final de cada encontro, seguiram-se as sessões de autógrafos, com os nossos alunos entusiasmados com os vários livros de Manuela Castro Neves e encantados com a carinhosa mensagem que a escritora deixou gravada em cada livro.



No Jardim de Infância, a escritora Ana Ventura cativou as crianças com sessões encenadas da obra A Zebra Zezé, recorrendo a materiais criativos, que permitiram recriar o ambiente da savana africana e levar os meninos e meninas a descobrir o mistério que envolvia a pequena zebra. 


A Biblioteca Municipal de Monchique, entidade parceira na organização destes dois eventos, ofereceu, a todas as escolas do Agrupamento, um conjunto das obras apresentadas pelas escritoras, que, muito brevemente, estarão à disposição dos leitores que as quiserem requisitar. 

domingo, 24 de março de 2024

LER+ COM HISTÓRIA E EXPRESSÃO - BIOGRAFIAS DE AUTORES QUE VIVERAM EM CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO: ELIE WIESEL

Elie Wiesel
Imagem retirada de: https://www.neh.gov/about/awards/national-humanities-medals/elie-wiesel

 
Elie Wiesel foi um reconhecido escritor, filósofo e ativista romeno-judeu nascido no dia 30 de setembro de 1928 na cidade de Sighet, na Roménia. Sobreviveu ao Holocausto, tendo sido prisioneiro em campos de concentração nazis, como Auschwitz e Buchenwald, durante a Segunda Guerra Mundial. Após a libertação, Wiesel mudou-se para França, onde estudou literatura, filosofia e psicologia na Universidade Sorbonne, em Paris. Em 1956, mudou-se para os Estados Unidos, onde se tornou cidadão americano.
Wiesel é mais conhecido pela sua obra A Noite, um relato autobiográfico da sua experiência nos campos de concentração, que foi publicado em 1956 e tornou-se um clássico da literatura sobre o Holocausto. Escreveu também diversas outras obras, entre romances, ensaios e memórias, todas centradas em temas como a memória, a justiça e a responsabilidade moral.
Para além da sua carreira literária, Elie Wiesel foi um defensor dos direitos humanos e um ativista incansável a favor da paz e da justiça. Recebeu inúmeros prémios e honrarias ao longo da sua vida, incluindo o Prémio Nobel da Paz em 1986, em reconhecimento ao seu compromisso com a memória do Holocausto e à sua luta contra a injustiça e a intolerância.
Elie Wiesel faleceu a 2 de julho de 2016, deixando um legado de coragem, dignidade e humanidade que continua a inspirar inúmeras gerações em todo o mundo. 

Webgrafia:

 

NOTA: Trabalho realizado por Duarte Morais, 9.º ano, turma A, para a disciplina de História, no âmbito do DAC «Ler+ com História e Expressão».

sábado, 23 de março de 2024

«AVOZINHA GÂNGSTER» GANHA ELEIÇÕES EM MONCHIQUE!

Calma, caro leitor, não estamos a falar de eleições políticas. Estamos, sim, a falar de outras eleições (Miúdos a Votos: quais os livros mais fixes?), promovidas pela VISÃO Júnior e pela Rede de Bibliotecas Escolares, que, no passado dia 8 de março, chamaram os alunos do país inteiro às urnas para elegerem os seus livros preferidos.

Em Monchique, a votação foi muito expressiva, com o número de votantes a coincidir quase totalmente com o número de eleitores em todas as escolas do Agrupamento.

Avozinha Gângster, de David Walliams, arrasou a concorrência, obtendo o maior número de votos no 2.º ciclo e ganhando, com larga vantagem, também no 3.º ciclo.


No 1.º ciclo, Harry Potter e a Pedra Filosofal, de J. K. Rowling, surge em 1.º lugar na Escola EB1 N.º 1, seguido de O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry. 

Na Escola EB1 N.º 2, as posições invertem-se e é O Principezinho que ocupa a 1.ª posição, com mais um voto do que Harry Potter e a Pedra Filosofal

Na EB1 de Marmelete, O Coelhinho Branco, de António Torrado, e Harry Potter e a Pedra Filosofal partilham as preferências dos eleitores, com igual número de votos.

O processo eleitoral decorreu, em todas as escolas do Agrupamento, com rigor, civismo e elevado sentido de responsabilidade, seguindo as regras e os procedimentos das eleições políticas. Foram constituídas mesas de voto em todas as escolas, envolvendo alunos e professores, os boletins de votos foram fornecidos pela organização desta iniciativa, que conta com o apoio da Comissão Nacional de Eleições, da Fundação Calouste Gulbenkian, do Plano Nacional de Leitura 2027 e da Pordata, e as listas das turmas funcionaram como cadernos eleitorais.

Aguardam-se, agora, os resultados nacionais, que serão divulgados em maio. 

sexta-feira, 22 de março de 2024

TESTEMUNHOS DE UMA VISITA AO MAAT E AO MUSEU NACIONAL DOS COCHES

 

No dia 14 de março, as turmas C1 e C2 de Monchique foram a Lisboa visitar o MAAT e o Museu dos Coches e, no final, foram aos pastéis de Belém.

Primeiro fomos ao MAAT. Quando entrámos, vimos uma árvore colorida e gigante e, uns minutos depois, apareceu a guia e fomos a uma sala ver como se fazia eletricidade. Também vimos como se trazia o carvão para Lisboa e outras coisas bastante interessantes.
Depois fomos ao Museu dos Coches. Foi o meu preferido. Quando entrámos, vimos o mais antigo dos coches, que, para mim, foi o mais bonito do museu. Depois perguntei à nossa guia quais eram os coches mais atuais e esses já tinham marca.
Eu adorei esta visita de estudo e aprendi coisas novas.

 Autor do texto:

Pedro Fernandes, turma C1 (3.º ano, Escola EB1 N.º 1). 



No dia 14 de março as turmas do 3.º ano foram a uma visita de estudo ao MAAT e ao Museu dos Coches.

Começámos pelo MAAT, onde está o museu da eletricidade. A primeira coisa que aprendemos foi que a eletricidade é transportada pelo metal. Havia um quadro interativo onde nós percebemos que só com metal é que conseguimos ligar a eletricidade às casas. Depois, fomos para outra parte do museu que explicava como era produzida a eletricidade antigamente. A produção era feita através do carvão. Este era usado para aquecer umas caldeiras muito grandes com água; a água, ao ferver, faz vapor e este gera energia.
No Museu dos Coches a guia mostrou-nos os coches, explicou-nos a que rainha ou rei pertenciam e as aventuras que os coches tinham passado. O coche de que eu mais gostei era um que estava coberto de folha de ouro.
Aprendemos muitas coisas, mas a parte mais divertida foi a viagem de regresso, porque estávamos muito bem dispostos. Foi um dia bem passado.

Autora do texto:

Francisca Vila, turma C1 (3.º ano, Escola EB1 N.º 1).

Fotografias: Professora Ema Alves.



LER+ COM HISTÓRIA E EXPRESSÃO - BIOGRAFIAS DE AUTORES QUE VIVERAM EM CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO: PAUL CELAN

Paul Celan
Imagem retirada de: https://griffinpoetryprize.com/poet/paul-celan/

Paul Celan nasceu a 23 de novembro de 1920, em Bukovina, na Roménia. Fazia parte de uma família judaica de língua alemã e foi vítima da perseguição nazi.
Bukovina foi invadida por tropas russas, em 1940, enquanto os alemães enviavam judeus para campos de trabalho, onde os pais de Paul terão falecido. Também Paul foi enviado para lá, sobrevivendo em cativeiro até 1943.
Na sequência de novo ataque das tropas russas à Roménia, em 1944, Paul Celan refugiou-se em Bucareste, onde conseguiu trabalho como tradutor e editor.
Mudou três vezes de nome, primeiro como Paul Aurel, em seguida, Paul Ancel e, por fim, Paul Celan.
Em 1947 viajou para Viena e, no ano seguinte, emigrou para Paris onde conheceu a sua mulher e casou. Durante dezanove anos trocaram centenas de cartas.
No final dos anos 40 começou a publicar os seus poemas. As suas experiências traumáticas e de sofrimento influenciaram profundamente a sua obra.
O poema «Fuga da Morte», publicado na compilação Mohn und Gedächtnis, em 1952, é uma das mais importantes criações em língua alemã sobre o extermínio nazi dos judeus.
No dia 1 de maio de 1970, tirou a sua própria vida, afogando-se no rio Sena.

Webgrafia:

https://www.infopedia.pt/artigos/$paul-celan
https://www.escritas.org/pt/bio/paul-celan

NOTA: Trabalho realizado por Duarte Varela, 9.º ano, turma B, para a disciplina de História, no âmbito do DAC «Ler+ com História e Expressão».

quinta-feira, 21 de março de 2024

MARÇO, MÊS DA POESIA 2024: «NÃO POSSO ADIAR O AMOR»

NÃO POSSO ADIAR O AMOR

Não posso adiar o amor para outro século

não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
 
Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração

 António Ramos Rosa

Retirado de: https://palavras27.oeiras.pt/?p=1184


Poema sugerido e lido por Inês Domingos, 9.º ano, turma B.

Quadro associado ao poema pela aluna:

René Magritte, « Os Amantes», 1924.

Imagem retirada de: https://www.arteeblog.com/2018/11/analise-da-pintura-de-rene-magritte.html


A DASH OF POETRY 2024: «CITY THAT DOES NOT SLEEP»; «NO MAN IS AN ISLAND»

Comemora-se hoje, dia 21 de março, o DIA MUNDIAL DA POESIA. E que melhor forma haverá para assinalar a data do que ler ou ouvir poesia?

Ouçamos, então, os nossos alunos, que connosco partilham alguns dos seus poemas preferidos, inclusivamente em língua inglesa.

Frederico García Lorca (1899-1936)
Imagem retirada de: https://www.bloodaxebooks.com/ecs/category/federico-garc-a-lorca

City That Does Not Sleep

In the sky there is nobody asleep. Nobody, nobody.
Nobody is asleep.
The creatures of the moon sniff and prowl about their cabins.
The living iguanas will come and bite the men who do not dream,
and the man who rushes out with his spirit broken will meet on the street corner
the unbelievable alligator quiet beneath the tender protest of the stars.

Nobody is asleep on earth. Nobody, nobody.
Nobody is asleep.
In a graveyard far off there is a corpse
who has moaned for three years
because of a dry countryside on his knee;
and that boy they buried this morning cried so much
it was necessary to call out the dogs to keep him quiet.

Life is not a dream. Careful! Careful! Careful!
We fall down the stairs in order to eat the moist earth
or we climb to the knife edge of the snow with the voices of the dead dahlias.
But forgetfulness does not exist, dreams do not exist;
flesh exists. Kisses tie our mouths
in a thicket of new veins,
and whoever his pain pains will feel that pain forever
and whoever is afraid of death will carry it on his shoulders.


One day 
the horses will live in the saloons 
and the enraged ants 
will throw themselves on the yellow skies that take refuge in the eyes of cows.

Another day
we will watch the preserved butterflies rise from the dead
and still walking through a country of gray sponges and silent boats
we will watch our ring flash and roses spring from our tongue.
Careful! Be careful! Be careful!
The men who still have marks of the claw and the thunderstorm,
and that boy who cries because he has never heard of the invention of the bridge,
or that dead man who possesses now only his head and a shoe,
we must carry them to the wall where the iguanas and the snakes are waiting,
where the bear's teeth are waiting,
where the mummified hand of the boy is waiting,
and the hair of the camel stands on end with a violent blue shudder.

Nobody is sleeping in the sky. Nobody, nobody.
Nobody is sleeping.
If someone does close his eyes,
a whip, boys, a whip!
Let there be a landscape of open eyes
and bitter wounds on fire.
No one is sleeping in this world. No one, no one.
I have said it before.

No one is sleeping.
But if someone grows too much moss on his temples during the night,
open the stage trapdoors so he can see in the moonlight
the lying goblets, and the poison, and the skull of the theaters.

 Federico García Lorca


Retirado de https://poets.org/poem/city-does-not-sleep



NOTA: Poema sugerido e lido por Margarida Duarte, 9.º ano, turma C.

John Donne (1572-1631)
Imagem retirada de: https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Donne

No man is an island

No man is an island,
Entire of itself,
Every man is a piece of the continent,
A part of the main.
If a clod be washed away by the sea,
Europe is the less.
As well as if a promontory were.
As well as if a manor of thy friend's
Or of thine own were:
Any man's death diminishes me,
Because I am involved in mankind,
And therefore never send to know for whom the bell tolls;
It tolls for thee.

John Donne

Retirado de: https://www.poemhunter.com/poem/no-man-is-an-island/




NOTA: Poema sugerido e lido por Afina Flenko, 9.º ano, turma C.

quarta-feira, 20 de março de 2024

LER+ COM HISTÓRIA E EXPRESSÃO - BIOGRAFIAS DE AUTORES QUE VIVERAM EM CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO: IMRE KERTÉSZ

 IMRE KERTÉSZ

Imre Kertész nasceu no dia 9 de novembro de 1929, em Budapeste, e faleceu no dia 31 de março de 2016 na mesma localidade. Ele era um escritor húngaro e fazia parte de uma família judaica.
Durante a segunda guerra mundial, houve uma invasão da Hungria pelas tropas alemãs e, em 1944, Imre, com 15 anos, foi levado para um campo de concentração nazi em Auschwitz. Em 1945 foi para Buchenwald e, no mesmo ano, foi solto pelas tropas soviéticas.
Quando voltou a Budapeste, Imre começou a trabalhar como jornalista.  Passado algum tempo passou a ser escritor. Ele escrevia comédias, musicais e teatro. A sua primeira obra a ser publicada foi em 1975 e chamava-se “Sorstalanság Sem Destino”, que levou 10 anos a ser escrita. A personagem principal desse livro tinha passado, tal como Imre, por campos de concentração. Imre também fez tradução, tendo trabalhado com obras de autores famosos como Nietzsche e Freud.
Imre recebeu vários prémios na Alemanha e, nesse mesmo país, conseguiu ter grande sucesso. Depois de muitos anos e esforço, houve um reconhecimento internacional e, em 2022, recebeu o prémio Nobel da Literatura. 

FONTES CONSULTADAS: 

Porto Editora. [consult. 2024-01-28 10:34:44]. Disponível em https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$imre-kertesz.

Wook. Disponível em https://www.wook.pt/autor/imre-kertesz/16633.


NOTA: Trabalho realizado por Cristina Reis, 9.º ano, turma B, para a disciplina de História, no âmbito do DAC «Ler+ com História e Expressão». 

terça-feira, 19 de março de 2024

LER+ COM HISTÓRIA E EXPRESSÃO: CARTA DE WLADYSLAW SZPILMAN (O PIANISTA) A UM JOVEM DO SÉCULO XXI

            

            Caro jovem do século XXI, 

Espero que te encontres bem e que não estejas a vivenciar acontecimentos tão terríveis como eu durante o Holocausto. Antes de mais, deixa-me apresentar-me: chamo-me Wladyslaw Szpilman e dizem que no século XX fui um grande pianista. 

Na época em que os alemães invadiram a minha cidade, Varsóvia, eu estava a atuar numa rádio local, de onde assisti aos primeiros bombardeamentos trágicos. Sendo eu judeu, tal como a minha família e muitas outras pessoas, fomos enviados para um gueto onde tudo era aterrador e onde a fome e as agressões eram indizíveis.
Consegui ser salvo, mais tarde, graças ao meu talento para a música, mas infelizmente os meus pais e os meus irmãos foram enviados para um dos piores campos de concentração e não sobreviveram.
Antes da 2.ª Guerra Mundial, vivia despreocupado e feliz a tocar as minhas músicas e nem sequer imaginava que, um dia, iria ser separado da minha família e ser vítima de um ódio tão cruel que me forçou a viver escondido.
Imagina, caro jovem, o que é seres perseguido e torturado, sem teres feito mal a ninguém, mas apenas por não pertenceres à “raça ariana”.
Envio-te esta carta, na esperança de que os jovens reflitam sobre este tempo de escuridão e horror e consigam evitar massacres assustadores como o do Holocausto.
Despeço-me, na esperança de que a humanidade retire dos seus corações a intolerância!

                                                     Wladyslaw Szpilman

NOTA: Trabalho realizado por Alícia Costa Duarte, 9.º ano, turma B, para a disciplina de Português, no âmbito do DAC «Ler+ com História e Expressão».         


sexta-feira, 15 de março de 2024

MARÇO, MÊS DA POESIA 2024: «LÁGRIMA DE PRETA»

 

Fonte: António Gedeão, Poemas escolhidos, Lisboa, Sá da Costa, 1997.


NOTA: Poema sugerido e lido por Afonso Maio, 7.º ano, turma B.

quinta-feira, 14 de março de 2024

MARÇO, MÊS DA POESIA 2024: TRÊS POEMAS INÉDITOS

MARÇO, MÊS DA POESIA continua a despertar a nossa sensibilidade poética e a revelar o poeta ou a poetisa que há em cada um de nós.

Querem uma excelente prova disso?

Aqui ficam três magníficos poemas inéditos da nossa aluna Margarida António, da turma A do 7.º ano, acompanhados da gravação da leitura pela autora.