O estudo da obra Aquilo que os Olhos Veem ou o Adamastor, de Manuel António Pina, esteve na origem de uma inesquecível visita de estudo a Lisboa, no passado dia 16 de maio, que nos levou (às três turmas do 8.º ano e aos professores Natividade Lemos, Marília Alfredo, Paulo Girão e Ana Paula Almeida) à descoberta de nós e do mundo.
Antes da
ficção, descobrimos o espaço físico, real, onde tudo começou. Mais de 500 anos
depois, a Torre de Belém continua ali, no mesmo sítio, menos rodeada de Tejo,
agora.
E que melhor sítio haveria para uma fantástica aula de História? O professor Paulo Girão não perdeu a oportunidade e aproveitou para nos apresentar a Torre do ponto de vista arquitetónico, artístico e histórico, demonstrando por que razão é considerada uma das principais obras do estilo manuelino e chamando a atenção para pormenores inacreditáveis.
Um curto
passeio a pé levou-nos até ao Mosteiro dos Jerónimos, um dos mais belos e
imponentes monumentos da arquitetura manuelina, iniciado em 1502, sob o
patrocínio régio de D. Manuel I. Foi impossível ficar indiferente aos magotes
de turistas que, ordeiramente, aguardavam pela entrada no monumento. No entanto, a nossa
atenção centrou-se na porta sul, um dos tesouros artísticos deste
edifício, que, segundo informação do professor de História, se deve ao labor de João de Castilho.
E depois de uma viagem (desta vez de autocarro) até ao Parque das Nações para um almoço ligeiro (ou talvez não!), esperava-nos o teatro, um pouco mais para lá da ponte Vasco da Gama.
Confortavelmente sentados no auditório de um dos colégios de Lisboa, assistimos a uma representação da obra Aquilo que os Olhos Veem ou o Adamastor, de Manuel António Pina, pela companhia Cultural Kids.
Terminada a sessão, estava cumprido o programa da visita.