A tia Elisa não gostava nada do explicador da Mafalda, porque ele despertava a imaginação das crianças e fazia-as acreditar em fadas ou dragões e a tia só acreditava nas coisas que se podiam tocar. Um dia, a Mafalda perguntou ao seu explicador se existiam duendes e, se sim, onde é que eles se escondiam e ele respondeu que os duendes vinham dos “morangais de prata” e Mafalda ficou intrigada. “Mas porquê este súbito interesse da Mafalda por duendes?”, pergunto eu aos meus botões. Ora, dias antes, a Mafalda tinha recebido, da própria tia, um livro sobre estes pequenos seres que estão sempre prontos para mil e uma travessuras.
Enquanto decorria a conversa entre Mafalda e o explicador Álvaro, a tia
Elisa esteve atrás da porta a ouvir tudo e, como já sabemos, ela não gostava de
acreditar em coisas fictícias, por isso, como podes imaginar, ela ficou muito preocupada
e foi logo falar com a sobrinha, que não lhe deu grandes ouvidos.
Passado muito tempo, já com trinta e dois anos, Mafalda cultiva um
morangal e afirma com toda a certeza aos seus clientes que os duendes lhe dão
sorte e, como “prova” disso, os seus morangos são muito bons, vermelhinhos e
docinhos.
Eu escolhi esta história porque ela nos ensina, de alguma forma, a
acreditar nos nossos sonhos e a nunca desistir deles mesmo que sejam só da
nossa imaginação.
Anita Marques, 7.º C
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