Quantas vezes ouvimos dizer “Hades cá vir”?
Pois é, este é um dos erros mais
cometidos pelos portugueses em geral, no que diz respeito ao bom uso da nossa
língua.
Ora, Hades é o deus do submundo e dos mortos, na mitologia grega.
Então, a menos que sejas devoto do deus Hades, a forma correta de transmitir
uma intenção futura é “Hás de“. Trata-se da segunda pessoa do singular do
presente do indicativo do verbo haver seguido da preposição de.
Neste caso, o verbo “haver” funciona como auxiliar de um verbo principal e é
conjugado em todas as pessoas, significando “ser obrigado a; pretender;
desejar…”.
Já
agora, observa como se faz a conjugação perifrástica com o verbo haver em todas
as pessoas:
Eu hei de conseguir!
Um dia, tu hás de compreender o que te digo!
Ele há de comprar um carro.
Nós havemos de lutar contra todas as injustiças!
Vós haveis de escrever bem!
Eles hão de comer a sopa toda.
Um dia, tu hás de compreender o que te digo!
Ele há de comprar um carro.
Nós havemos de lutar contra todas as injustiças!
Vós haveis de escrever bem!
Eles hão de comer a sopa toda.
Observação: Para quem é mais graúdo, lembre-se que a preposição “de” serve apenas de ligação entre o verbo auxiliar e o verbo principal e, por isso, após o último acordo ortográfico, não leva hífen, tal como acontece com outros verbos auxiliares, seguidos da preposição de:
Eu tenho de conseguir!
Acabaste de ler o livro.
Eu deixei de comer doces.
Acabaste de ler o livro.
Eu deixei de comer doces.
Então, se leste tudo com atenção, hás de querer distância de Hades!
Queres verificar se entendeste?
1 comentário:
Nunca mais vou errar, porque não sou fã do deus Hades
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