segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

SELO CURIOSO 14 - COMEMORAÇÕES: NATAL

Recorremos, hoje, a mais um selo antigo da coleção da biblioteca escolar, para desejar aos leitores deste blogue e a toda a comunidade educativa (alunos, professores, funcionários, encarregados de educação e famílias) um FELIZ NATAL e um EXCELENTE 2021, esperando que o novo ano nos traga saúde, paz, harmonia e amor e que se ultrapassem todos os constrangimentos que 2020 nos trouxe.

Selo comemorativo do Natal, emitido em 1974.


sábado, 19 de dezembro de 2020

«À RODA OS LIVROS» VOLTA AO NORMAL NAS TURMAS DO 7.º ANO

A atividade «À Roda dos Livros» sofreu, necessariamente, algumas adaptações na maior parte das turmas da nossa escola. No entanto, nas turmas do 7.º ano, constituídas por um reduzido número de discentes, foi possível corresponder às expectativas dos alunos e voltar a realizar a atividade na biblioteca escolar, garantindo o devido distanciamento físico.
Apesar de ter decorrido cerca de um ano desde a última «À Roda dos Livros» presencial, os alunos continuavam familiarizados com a atividade e muitos deles revelaram-se preparadíssimos para o desempenho da sua tarefa e surpreenderam colegas e professoras com livros interessantes e apresentações estruturadas e motivadoras.


Alguns dos livros apresentados pelos alunos do 7.º ano

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

EU, LEITOR(A), SUGIRO «CORAÇÃO DE TANGERINA - CONTOS DE DESCONTAR»

Eu, leitora, sugiro a obra Coração de tangerina - contos de descontar de Luísa Monteiro. Este livro tem vários contos e eu escolhi um que se chama “Duendes do Morangal”, sobre a Mafalda, que era uma menina muito feliz que vivia com os seus irmãos e a sua tia Elisa.

A tia Elisa não gostava nada do explicador da Mafalda, porque ele despertava a imaginação das crianças e fazia-as acreditar em fadas ou dragões e a tia só acreditava nas coisas que se podiam tocar. Um dia, a Mafalda perguntou ao seu explicador se existiam duendes e, se sim, onde é que eles se escondiam e ele respondeu que os duendes vinham dos “morangais de prata” e Mafalda ficou intrigada. “Mas porquê este súbito interesse da Mafalda por duendes?”, pergunto eu aos meus botões. Ora, dias antes, a Mafalda tinha recebido, da própria tia, um livro sobre estes pequenos seres que estão sempre prontos para mil e uma travessuras.

Enquanto decorria a conversa entre Mafalda e o explicador Álvaro, a tia Elisa esteve atrás da porta a ouvir tudo e, como já sabemos, ela não gostava de acreditar em coisas fictícias, por isso, como podes imaginar, ela ficou muito preocupada e foi logo falar com a sobrinha, que não lhe deu grandes ouvidos.

Passado muito tempo, já com trinta e dois anos, Mafalda cultiva um morangal e afirma com toda a certeza aos seus clientes que os duendes lhe dão sorte e, como “prova” disso, os seus morangos são muito bons, vermelhinhos e docinhos.

Eu escolhi esta história porque ela nos ensina, de alguma forma, a acreditar nos nossos sonhos e a nunca desistir deles mesmo que sejam só da nossa imaginação.

Anita Marques, 7.º C

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

LER+ BD: DA OBSERVAÇÃO À PRÁTICA

Há já dois anos que, em parceria com a professora Fernanda Gomes (que leciona as disciplinas de Educação Visual e Educação Tecnológica - 2.º ciclo), a biblioteca escolar vem investindo na divulgação de filmes de animação e na publicitação e incentivo à leitura de obras de banda desenhada, com particular destaque para animes e manga. 

Os alunos têm aderido com interesse às diferentes iniciativas que foram desenvolvidas e já começam a surgir trabalhos de qualidade inquestionável produzidos por alunos do 6.º ano, como os que a seguir se publicam.

Inês Costa (6.º A)
Inês Costa (6.º A)
Léo Nouinde (6.º A)
Léo Nouinde (6.º A)
Daniela Reis (6.º B)
Daniela Reis (6.º B)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

EU, LEITOR(A), SUGIRO «A RAPARIGA REBELDE ESTÁ IMPARÁVEL»


Eu, leitora, sugiro a obra A Rapariga Rebelde Está Imparável (volume 9), de Enid Blyton, porque esta história gira à volta do dia a dia de uma escola e dos jovens e suas atividades, algo muito relacionado com a minha idade e a dos meus colegas. Comprei este livro, porque achei o título muito sugestivo e, além disso, acho que sou um pouco parecida com a personagem principal da história.

Elizabeth Allen era aluna do 2.º ano do Colégio Whiteleafe e a melhor amiga de Joan. As duas eram monitoras e Elizabeth estava feliz por já não ser a rebelde de antes. Elizabeth e Joan participam regularmente em reuniões gerais de monitores (RGM). Thomas e Emma, que estavam a presidir às reuniões, propuseram criar um prémio a ser atribuído por um ato de coragem ou altruísmo e não apenas a desportistas e melhores alunos, como habitual.  Chamaram-lhe prémio William e Rita.

Elizabeth, que também jogava ténis de mesa, ganhou ao rival Patrick e ia jogar noutra escola, mas ao descobrir que Patrick salvara uma rapariga de morrer atropelada, decidiu dar o lugar a este no torneio, fingindo ter dor de cabeça. Já que ele não queria ser reconhecido pelo seu ato de heroísmo com o prémio William e Rita, ela dava-lhe a oportunidade de ganhar outro prémio.

Muito mais havia para contar, pois esta história cheia de aventuras aborda, entre outras, a temática do altruísmo entre jovens desportistas. Querem saber o que aconteceu no final? Leiam o livro, vale muito a pena.

                                                Lara Jaime, 7.º C

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

SELO CURIOSO 13 - HISTÓRIA (1.ª TRAVESSIA AÉREA DO ATLÂNTICO SUL)

Selo curioso, este, publicado em 1972, para assinalar o Cinquentenário da 1.ª Travessia Aérea do Atlântico Sul, e que chamou a atenção de um dos nossos alunos do 9.º ano.



Às 7h00 de 30 de março de 1922, os portugueses Sacadura Cabral (piloto) e Gago Coutinho (navegador) voltaram a conquistar a nossa glória há muito perdida, realizando pela primeira vez a travessia aérea do atlântico sul e com navegação astronómica a bordo.

Para a inédita viagem foi utilizado um hidroavião monomotor Fairey F III-D MkII, especialmente concebido para a viagem, equipado com motor Rolls-Royce e batizado Lusitânia

Depois de várias peripécias e acidentes, utilizaram mais outros dois aviões do mesmo tipo e, a 17 de junho de 1922, amararam em frente à Ilha das Enxadas, nas águas da baía de Guanabara.

                                                             Conteúdo produzido por Rafael Mendes, 9.º B

Outro selo da emissão comemorativa do Cinquentenário da 1.ª Travessia Aérea Lisboa - Rio de Janeiro

Mais um selo que faz referência à 1.ª Travessia Aérea do Atlântico Sul (Lisboa - Rio de Janeiro: 1922), publicado em 1969, aquando do I Centenário do Nascimento de Gago Coutinho (1869).

ALUNOS RECEBEM KITS DE LEITURA/ESCRITA

Já foram entregues os prémios aos 19 alunos vencedores do concurso «Slogan/Cartaz por uma alimentação saudável». Os prémios, Kits de leitura/escrita constituídos por um livro, uma caneta, um lápis e um bloco, agradaram aos alunos dos três ciclos de escolaridade, que se mostraram muito entusiasmados com a sua participação e o seu desempenho nesta iniciativa.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

ESCRIT@TOP.COM - CRÓNICAS IV, V E VI

 CRÓNICA IV

Fotografia de Artur Pastor (1922-1999), da série «Profissões. Panificação, décadas de 50/60» in https://arturpastor.tumblr.com/post/145314602799 (consultado a 10.12.2020)

O TEMPO INDESEJADO

Enquanto me dirijo para casa, começo a pensar... Penso que, antigamente, quando as pessoas iam na rua, se cumprimentavam sempre. Agora, a única coisa que se limitam a fazer é a colocar os «headphones» e simplesmente ignorar a existência das outras pessoas.

Quando chego ao meu bairro, que sempre tem sido o sítio onde vivo, recordo que passei muitos momentos felizes, a andar de bicicleta na rua, quando as casas ainda só tinham um andar, quando as portas se mantinham abertas, e a confiança das pessoas era pura.

Quando toda a gente se conhecia e a padaria era um lugar especial, onde íamos todos os domingos como se fosse uma obrigação. Lembro-me do cheiro do pão caseiro a sair do forno e a cara de alegria das pessoas quando o pão era feito à nossa frente.

Agora nestes tempos modernos, é entrar no supermercado chateado, comprar o pão que for mais barato, e limitar-se a ir embora sem cumprimentar rigorosamente ninguém.

Era uma união sem igual nos velhos tempos em que toda a gente sabia o nome uns dos outros, em que era sinal de boa educação e preocupação perguntar como está a família.

O que me deixa realmente triste é olhar para o terreno onde cresci e ter de olhar para cima sem poder ignorar o facto de terem transformado o terreno onde eu cresci numa zona de comércio bruto. Para piorar, agora já nem um «bom dia» se diz às pessoas para alegrar as manhãs, a não ser que tenham, claro, muito bom aspeto...

     Guilherme Carvalho, 9.º B, n.º 9.

Michelangelo Buonarotti (1475 – 1564), «Criação de Adão» (pormenor), c.1511.)

O JANTAR SILENCIOSO

Numa noite, fui jantar com alguns familiares a um restaurante. Entrámos, sentámo-nos, pedimos a comida e, enquanto esperava, olhei ao meu redor. Numa das mesas estava um grupo de adolescentes. Todos ao telemóvel. Ninguém dizia nada, e tinham a comida na mesa, porém, mal comiam. Olhei para outra mesa e estava uma família a jantar. Os pais estavam num computador a trabalhar, enquanto o filho chorava. Os pais para o calarem, deram-lhe o telemóvel, e ele parou.

Quando vi aquilo fiquei a pensar. Quando eu tinha aquela idade, eu nem sabia o que era um telemóvel, só me interessava correr e brincar. Antes, os restaurantes eram muito barulhentos, só se ouvia as pessoas a falar, mas naquela noite parecia silencioso. Eu não gostava do barulho, mas naquele instante, senti falta dele! Com o grupo de adolescentes eu identifiquei-me mais, pois eu, quando estou com os meus amigos, também uso sempre o telemóvel. Mas quando estou com a minha família é que não dá para fazer isso. Há sempre alguém que, antes de começarmos a comer, diz para guardarmos os telemóveis. E todos os guardamos. Só quando o jantar acaba é que podemos voltar a mexer nos aparelhos.

Volto para casa e conto à minha mãe o que havia acontecido. Então, ela conta-me as suas histórias, de quando era pequena, num tempo em que não havia internet. E pergunto-me se as pessoas não seriam mais felizes.

Leonor Fernandes, 9.ºA, n.º 8.

Amedeo Modigliani (1884 – 1920), «Mulher com Casaco Branco», 1917

 TEMPO ESQUECIDO

Sábado de manhã saio de casa e enfio o grande molho de chaves de todos os feitios, formatos, cores e tamanhos no bolso das minhas calças novas. No corredor do prédio paro para atar os meus ténis brancos e vermelhos e prossigo o meu caminho monotonamente. À saída do prédio vejo a dona Ermelinda, nos seus 60 anos, com um saco de pano na mão e a pequena, velha e elegante carteira de cabedal na outra e pergunto-lhe para onde vai e se quer companhia, mas ela não responde. Está com um ar pensativo e sorumbático.  

Sigo-a rua abaixo, com certa naturalidade, a tentar quebrar o gelo, mas ela continua pensativa. Entramos no metro e ela paga o bilhete de forma peculiar, como se não fosse algo normal.

Saímos do metro na baixa: eu vou comprar um pacote de televisão novo e ela entra no supermercado. À saída encontramo-nos e o caminho de regresso é feito no maior dos silêncios. Eu acompanho-a durante o tempo todo sem proferir uma única palavra.

À entrada do prédio ela vira-se para mim e convida-me para ir jantar com ela. Aceito. Vou para casa arranjar-me e instalar o novo pacote de televisão.

Quando desço para o primeiro andar e entro em casa dela, a luz é fúnebre e um silêncio constrangedor espalha-se pelo ar. Durante o jantar ela diz-me que tem saudades do marido e que acha o tempo de hoje em dia estranho.

Mais tarde, vou dormir e fico a pensar, estarrecido, pois imagino o que é sentir saudades dos mais próximos, todos os nossos amigos terem morrido e o presente ser completamente diferente daquilo a que estávamos habituados.

 Rafael Mendes, 9.º B, n.º 17.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

«À RODA DOS LIVROS» MUDOU, MAS NÃO PAROU!

 A atividade «À Roda dos Livros» volta a estar presente na rotina escolar, apesar de todas as limitações impostas pela pandemia.

O formato é agora muito diferente: os círculos de alunos na biblioteca escolar foram suspensos e a atividade passou a conjugar o regime presencial com a modalidade a distância. Assim, alunos e professores, todos participam, incluindo os que se encontram em isolamento profilático. 

A atividade começa na sala de aula, onde são relembradas as regras e distribuídas as fichas de auto e heteroavaliação. Pequenos grupos de alunos (4 ou 5 alunos) dirigem-se depois, faseadamente, à biblioteca escolar e, a partir daí, interagem, via Google Meet, com os colegas que estão na sala de aula e com os que  (colegas e/ou professores) estão ausentes por motivos de saúde.



Os livros, esses, continuam a desfilar nas mãos e nas vozes dos alunos e vão contando histórias, revelando sentimentos e emoções e conquistando adeptos. Cada livro apresentado convida à leitura, com maior ou menor convicção, com mais ou menos empenho. Há, no entanto, sugestões extraordinárias e apresentações surpreendentes que nos enchem o coração.




terça-feira, 8 de dezembro de 2020

SELO CURIOSO 12 - CELEBRAÇÕES: DIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO

Hoje, dia 8 de dezembro, feriado nacional, celebra-se o dia da Imaculada Conceição, uma data de grande significado para a Igreja Católica, que invoca a vida e a virtude da Virgem Maria, mãe de Jesus.

Na nossa coleção de selos antigos fomos descobrir um selo com a imagem da Nossa Senhora da Conceição, emitido no ano de 1946 para assinalar o 3.º Centenário da Proclamação da Padroeira de Portugal.



No dia 25 de março de 1646, numa cerimónia solene que teve lugar em Vila Viçosa, o rei D. João IV ofereceu a sua coroa real à Nossa Senhora da Conceição, em agradecimento pela restauração da independência em relação a Espanha, e proclamou-a Padroeira de Portugal.

A partir dessa data, mais nenhum rei ou rainha pôde usar coroa na cabeça, direito que passou a pertencer apenas à Nossa Senhora.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

9.º DESAFIO DE ESCRITA

Dezembro traz-nos o 9.º desafio de escrita, o último do ano 2020.

Esta é, portanto, a última oportunidade do ano para dar largas à imaginação e construir um bonito texto (poema, conto, página de um diário, notícia, etc.) para partilhar com todos os leitores do nosso blogue.

Os desafios anteriores provaram-nos que todos nós nos podemos surpreender com imprevisíveis capacidades de escrita (nossas e dos outros). Basta, apenas, tentar!

Vamos lá? 

1. Começa por encontrar 8 a 10 palavras que contenham todas as letras da palavra NATA, independentemente da sua ordem.

2. Escreve um texto que contenha todas essas palavras (8 a 10).

Clica sobre a imagem para a veres melhor.

3. Transcreve o teu texto para o espaço comentários e identifica-te, com o nome, turma e número. Caso prefiras manter o anonimato, usa um pseudónimo.

sábado, 5 de dezembro de 2020

ESCRIT@TOP.COM - ENTREVISTA FICTÍCIA À DIRETORA DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MONCHIQUE

            E se dezenas de alunos da nossa escola se transformassem em jornalistas por uma hora?

A proposta foi feita aos alunos do 8.º ano, pela sua professora de Português, no âmbito do estudo do texto informativo, e o resultado foi este: uma entrevista fictícia realizada à Diretora do nosso Agrupamento!

Trinta e duas perguntas e trinta e duas respostas totalmente imaginadas, sobre temas que preocupam os nossos alunos!                                                                                               

Jornalista: Boa tarde, Senhora Diretora! Bem-vinda à Associação de Estudantes da escola Manuel do Nascimento!

Sra. Diretora: Boa tarde! Muito obrigada por me estarem a proporcionar esta entrevista.

Jornalista: Senhora Diretora, alguma vez tinha pensado em ser diretora deste agrupamento?

Sra. Diretora: Eu quando era jovem nunca pensei que poderia ter este cargo, mas sempre admirei o trabalho dos diretores e das escolas que frequentei.

(Daniela Fernandes, 8.º B, n.º 8.)

Jornalista: A direção da escola tem outros elementos, como é o vosso relacionamento?

Sra. Diretora: A minha relação com os meus colegas é muito boa. Caminhamos todos com o mesmo objetivo, ou seja, na mesma direção. Queremos que os nossos alunos aprendam, cresçam responsáveis, mas que sejam crianças felizes e se sintam apoiados acima de tudo.
Quando surgem ideias novas por parte de um de nós, todos os outros estão sempre disponíveis para as ouvir. Pois há grandes projetos que surgem de pequenas ideias que depois, com a ajuda de todos, crescem, e assim se fazem grandes coisas.
Claro que nem sempre estamos todos de acordo num ou noutro ponto. Nestas situações falamos, acabamos por chegar a uma conclusão e tudo se resolve.

(Tiago Correia, 8.º A, n.º 17.)

Jornalista: Então, e como é ser diretora de um agrupamento com cerca de quatrocentos alunos?

Sra. Diretora: Bem, apesar de parecer fácil, é uma tarefa muito complicada. Este trabalho vai desde fazer tudo para que os alunos se sintam bem, até ir às várias escolas do agrupamento para perceber como é que podemos melhorar! Agora, com esta situação da Covid-19, este trabalho tornou-se ainda mais complicado, porque tivemos de estabelecer muitas restrições, e muitos alunos não as respeitam… No entanto, acredito que não o fazem de propósito, fazem-no apenas por não estarem habituados!

Jornalista: Já que falou nestas novas restrições por causa da Covid-19, poderia dizer-nos quais foram as que a escola adotou, em concreto?

Sra. Diretora: Mais do que restrições, devemos vê-las como regras, regras de saúde pública. Existem muitas, mas irei fazer o possível por dizer todas! Vou começar por falar do distanciamento. Os alunos devem fazer o distanciamento de, no mínimo, um metro quando estão com máscara, e, no mínimo, dois metros quando estão sem máscara. Os alunos devem também desinfetar as mãos sempre que entram na sala de aula. É obrigatório usar máscara! Todos os alunos devem usar a etiqueta respiratória, mas esta medida, na verdade, já devia vir de trás. 

(Gil Matos, 8.º A, n.º 6.)

Jornalista: Acha que o ensino à distância foi bom para os alunos?

Sra. Diretora: De certa forma foi, porque impediu que os alunos deixassem de ter aulas, mas levou-os a ficar mais isolados uns dos outros, o que não acontece na escola. O estudo em casa também trouxe alguns problemas emocionais aos alunos. Para evitar e resolver este tipo de problemas, a escola e o Ministério da Educação decidiram que os alunos, no ano letivo de 2020/2021, deveriam regressar às escolas. Para isso, foram tomadas várias medidas de forma a proteger alunos, professores e funcionários, as quais devem ser respeitadas por todos.

(Afonso Pinto, 8.º A, n.º 1.)

Jornalista: A Sra. Diretora tem alguns projetos para 2021?

Sra. Diretora: Sim, temos alguns planos pensados para 2021, como a limpeza dos telhados com amianto. Depois queríamos também poder arranjar o campo de futebol e os cestos de basquetebol. Já para não falar de questões relacionadas com o coronavírus, que não sabemos até quando durará.

(André Revés, 8.º A, n.º 4.)

Jornalista: Qual o próximo projeto que a escola vai desenvolver, no imediato? E quando?

Sra. Diretora: O próximo projeto será na época Natalícia, iremos para as ruas dar comida aos mais necessitados; ajudar uma instituição com os presentes para as crianças; entre as turmas vamos fazer o amigo secreto; vamos convidar a população do nosso concelho para a festa de Natal da nossa escola, com a apresentação de canções no polivalente, um lanche convívio e a distribuição de lembranças de Natal (prendinhas). Sempre cumprindo as regras da DGS!

(Margarida Gaio, 8.º C, n.º 9.)

Jornalista: A senhora Doutora Maria de Jesus pensa fazer mudanças imediatas nesta escola?

Sra. Diretora: Sim, estou a pensar fazer algumas mudanças. Nos intervalos ou nos almoços, eu e os meus colegas ouvimos alguns comentários dos nossos alunos, a reclamar o quão partida está a calçada, e como o teto das salas deita água em tempos de chuvas. Por isso, nós planeamos algumas mudanças na escola, para os alunos terem conforto durante a aprendizagem.

(Rafael Guedes, 8.º B, n.º 1.)

Jornalista: Sra. Professora, pretende poupar dinheiro para remodelar a escola para o futuro dos próximos alunos?

Sra. Diretora: Pensado bem, eu quero, claro, mas é bastante dinheiro tendo em conta que são pelo menos quinhentos metros quadrados de terreno! Por outro lado, temos muitas salas e seria preciso gastar muito dinheiro com mobiliário, cadeiras, mesas, etc. O mais difícil, mas importante, era mesmo poder contar com alguma ajuda da Câmara de Monchique. Espero que algum dia consiga.

(Manuel Rosa, 8.º C, n.º 8.)

Jornalista: O que mudaria em particular nas salas de aula?

Sra. Diretora: O comprimento das salas e o aquecimento, pois nos dias de chuva faz frio nas salas!

(Joel José, 8.º A, n.º 8.)

Jornalista: Existe sempre a possibilidade de voltarmos para casa. Que medidas estão tomadas?

Sra. Diretora: Para começar pedi aos professores para iniciarem uma turma na «classroom» para, se tivermos de ir para casa (esperemos que não), já está ao menos a turma feita. Também já pensámos nos horários da escola para, se estivermos de quarentena outra vez, já estar tudo mais ou menos orientado.

(Francisco Jesus, 8.º B, n.º 10.)

Jornalista: Como está a decorrer a desinfeção das salas?

Sra. Diretora: A desinfeção da escola tem sido um sucesso, mas o problema é que temos falta de funcionários. Portanto, a limpeza corre bem, mas os funcionários são poucos. Vamos tentar contratar mais funcionários em 2021!

(André Revés, 8.º A, nº 4.)

Jornalista.: Nesta altura de pandemia, acha que as auxiliares estão a cumprir um bom trabalho?

Sra. Diretora: Sim, eu acho que estão a fazer um excelente trabalho, pois desinfetar mesas, cadeiras, o teclado e rato do computador, de várias salas dos blocos é muito cansativo. E ainda têm de limpar a sujidade que os alunos trazem da rua para as salas, os resíduos das borrachas, os papéis que os alunos deixam no chão, e as aparas dos lápis. E fazer isso tudo é muito cansativo!

(Simão Jesus, 8.º B, nº 17.)

Jornalista: Como foi conseguir manter as cantinas abertas? E os alunos continuarem a ter aulas de educação física, foi um desafio? 

Sra. Diretora: Para se conseguir manter a cantina aberta, decidimos mudar os horários de almoço das turmas: almoçam juntos os alunos do 2.º ciclo, depois os alunos do 7.º ano e por último os alunos de 8.º e 9.º anos. Decidi entregar a difícil missão de manter o desporto ativo aos professores de educação física, mas claro que primeiro demos algumas orientações sobre como gerirem as aulas. Os alunos têm de levar um par de ténis para educação física, estes ténis não podem ser utilizados fora do pavilhão. Os funcionários controlam essa questão e o número de pessoas que ficam dentro do balneário. 

 (Mariele Venda, 8.º A, n.º 14.)

Jornalista: O que acha sobre os ajuntamentos no portão da escola?

Sra. Diretora: Eu acho que os alunos deviam dirigir-se logo para a porta da sua sala e não esperar pelos amigos/as para irem juntos. Os alunos parecem não perceber que o vírus não faz a distinção entre o interior da escola e o exterior da escola, ele ataca em ambos os espaços. Penso que também cumpre aos pais chamar a atenção dos filhos para este aspeto.

(Lauro Vicente, 8.º A, n.º 10.)

Jornalista: E quanto às atividades escolares relacionadas com o desporto?

Sra. Diretora: Antes havia natação, badminton, ténis e outras atividades no polivalente, dirigidas pelo professor João Cristina e pela professora Fernanda Gomes, porém, por causa da Covid-19, não pode haver ajuntamentos nem podem mexer todos nos mesmos jogos e utensílios. Espero que quando não houver mais vírus volte tudo à normalidade.

(Leonor Valério, 8.º A, n.º 13.)

Jornalista: Pretende realizar o evento do corta-mato?

Sra. Diretora: Todos os anos o realizamos, mas como este ano existe a covid-19, não sei como vai ser, pois as turmas supostamente não se podem juntar, e o corta-mato é feito com todas as turmas, apenas se divide em escalões. Independentemente das turmas, os escalões é que interessam. Só se vai realizar se acabar a covid-19, por isso, vamos ver primeiro como corre essa questão...

(Martim Teixeira, 8.º C, n.º 10.)

Jornalista: Ultimamente os 8.º anos não têm tido francês, por que motivo não arranja um professor/a substituto?

Sra. Diretora: Boa pergunta, a escola não adotou um professor substituto, pois a professora está de baixa e decidimos que seria uma ótima escolha nos tempos de francês os alunos do 8.º ano conversarem com uma educadora social sobre diversos assuntos, como comportamentos de risco.

(André Sampaio, 8.º B, n.º 2.)

Jornalista: Sra. Diretora Maria de Jesus, é difícil encontrar professores para esta escola?

Sra. Diretora: Sim, é difícil encontrar professores, porque alguns dizem que vêm, mas depois nunca aparecem! Algumas vezes, são os professores que moram longe, como no Porto, Guimarães, Lisboa, entre outros… Mas há alguns professores que vêm, mesmo morando longe!

(Tomás Albano, 8.º C, n.º 15.)

Jornalista: Senhora diretora, os alunos dos oitavos e dos nonos anos estão a entrar pelo portão mais afastado do seu bloco e o trajeto, se estiver a chover, não tem proteção da chuva. Como é que eles chegam às salas de aula sem se molharem?

Sra. Diretora: É verdade, eles estão a entrar pelo portão mais afastado do seu bloco, pois com a vinda da covid-19, não podíamos ter todos os anos a entrar pelo mesmo portão, e como eles já estão na escola há mais tempo, e são mais velhos, entram pelo portão mais longínquo. Nos dias de chuva, vamos tentar arranjar caminhos alternativos para eles caminharem sem se molharem.

(Catarina Águas, 8.º B, n.º 7.)

Jornalista: Agora, um assunto que causa imensa curiosidade e até alguma fúria nos alunos… Por que motivo proibiu o uso dos telemóveis na escola?

Diretora: Muitos alunos me questionam sobre esse assunto, mas nunca fui a fundo na minha resposta. Decidi proibir os telemóveis na escola para que os alunos possam conviver mais uns com os outros. O principal da escola é a aprendizagem, mas não é apenas isso, também é importante que os alunos conversem uns com os outros e não estejam sempre «vidrados» no telemóvel.

(Ana Marques, 8.º A, n.º 3.)

Jornalista: E nestes tempos de pandemia, não seria melhor voltar a permitir o uso dos mesmos?

Sra. Diretora: Nós achamos que os telemóveis não são necessários e, por vezes, até prejudiciais para a aprendizagem. Como disse, havia muitos alunos que ficavam os intervalos todos ao telemóvel, e não conviviam. Agora, com a pandemia, alguns alunos reclamam que seria melhor permitir o uso do telemóvel para os entreter e assim cumprirem o distanciamento, usando isso como desculpa, mas os alunos conseguem conviver cumprindo o distanciamento, sem telemóvel.

(David Nobre, 8.º B, n.º 9.)

Jornalista: Em relação à viagem de finalistas do 9.º ano, acha que é possível manter-se essa viagem? E onde seria? 

Sra. Diretora: Ainda é um pouco difícil de responder a essa pergunta, porque não sabemos como será o futuro desta pandemia. Eu acho que é possível a viagem acontecer, mas com muito, muito cuidado, respeitando as regras básicas desta pandemia. Agora onde irá ser a viagem não sei, mas lembro-me de ter falado com eles o ano passado, sobre esse tema e, se bem me recordo, penso que eles queriam ir para o norte de Portugal.

 (Lourenço Rio, 8.º C, n.º 5.)

 Jornalista: Algumas vezes os alunos reclamam da qualidade da comida da cantina. O que acha disso, Sra. Diretora? 

Sra. Diretora: Na minha opinião, a comida da cantina é boa, apesar de ter ido comer lá poucas vezes. Não vejo erros nutricionais na comida, pelo contrário, mas se por acaso os alunos não gostam da comida da cantina têm a opção de ir comer a qualquer outro sítio. Não o recomendo, porém. A grande vantagem de comer na escola é que é barato e saudável. Temos também uma nutricionista competente que faz duas ementas, a ementa vegetariana e a omnívora.

(Leonardo Novais, 8.º B, n.º 11.)

Jornalista: O que acha da ementa vegetariana?

Sra. Diretora: A ementa da cantina é muito variada, o que é bom. A ementa vegetariana é uma ideia genial para os alunos vegetarianos! Por outro lado, se algum aluno não gostar da ementa normal pode sempre optar pelo prato vegetariano.

(Ricardo Medronho, 8.º B, n.º 15.)

 Jornalista: Sra. Diretora, o que pensa da biblioteca escolar? 

Sra. Diretora: Acho que a biblioteca escolar é um espaço bom para se estar e bom para os alunos realizarem os seus trabalhos. Aí podem encontrar tudo sobre livros!

(Beatriz Andrez, 8.º B, n.º 4.)

 Jornalista: E para quando uma escola nova, Senhora Diretora?

Sra. Diretora:  Isso é uma pergunta à qual não posso responder com precisão. Achamos que estará para breve alguma mudança, mesmo que não seja uma escola totalmente nova, pelo menos obras na já existente, dado que esta escola está a ficar muito degradada e, por isso, alguma coisa acredito que será feita.

(Ricardo Mira, 8.º A, n.º 16.)

 Jornalista: Sra. Diretora, qual foi a maior dificuldade na sua carreira?

Sra. Diretora: A minha maior dificuldade surgiu quando tive uma aluna com «dois» em todas as matérias, todas. Felizmente, depois de uma longa conversa, no final do ano ela só teve «quatros» e «cincos», também porque ficou sem nenhuma tecnologia durante todo o ano, então não havia mais nada para fazer sem ser estudar...

(Lázaro Piedade, 8.º C, n.º 3.)

Jornalista: Quais são  os fatores que poderão contribuir para os bons resultados desta escola?

Sra. Diretora: Dos fatores que poderão contribuir para os bons resultados da escola destaco o clima da mesma, que privilegia um bom ambiente de estudo. Preocupamo-nos também com o rigor e com a exigência em tudo o que fazemos. Tentamos ajudar sempre os alunos naquilo que precisam.

(Juliana Duarte, 8.º C, n.º 2.)

Jornalista: Porque é que a Maria de Jesus decidiu ser professora?

Sra. Diretora: Eu decidi ser professora porque gosto muito de ensinar, ver o desempenho dos alunos na escola, como o fazem. Ver como os alunos progridem ao longo da matéria e as dificuldades e os obstáculos que atravessam durante esta arte de aprender.

 (Gonçalo Rio, 8.º A, n.º 7.)

 Jornalista: Acha que é possível continuar como diretora do agrupamento por mais anos?

Sra. Diretora: Neste caso eu acho que sim, pois estou a fazer um ótimo trabalho enquanto diretora e espero continuar por muitos mais anos porque adoro o trabalho que faço. É aqui que gosto de estar, por isso, espero continuar por muito mais tempo, talvez até me reformar o que espero que aconteça daqui a muitos anos.

(Leonardo Lourenço, 8.º C, n.º 4.)

Jornalista: O que deseja para estes alunos?

Sra. Diretora: Desejo muita sorte na vida, que trabalhem para chegarem aos vossos objetivos, esforcem-se, corram atrás dos vossos sonhos, nunca desistam e pensem que no passado não existiam estas condições. Acima de tudo, agradeçam aos vossos pais.

Jornalista: Obrigado, senhora diretora, pela entrevista. Espero reencontrá-la no futuro. Felicidades.

Sra. Diretora: Igualmente, e espero ver-te numa rede de comunicação nacional, tens imenso jeito. Beijos para todos.

(Pedro Alves, 8.º A, n.º 15.)

 Monchique, novembro de 2020.