Viajar no espaço através da leitura
é uma possibilidade que está ao alcance de todos nós. Basta abrir o livro «Pó de
Estrelas», de Jorge Sousa Braga, ou «Corpos Celestes», de José Jorge Letria, e poderemos
partir do Cabo Canaveral num vaivém, «… olhar a Terra / pequenina lá do
espaço», «Passar uma tangente a Marte», «Dar a Io um abraço» ou «…trazer de
Saturno / um anel…» para o dedo de alguém muito especial. Poderemos, enfim,
perceber que o Universo «É a imensidão que ninguém / sabe onde começa e termina
/ nem sequer o futuro / que em segredo nos destina».
E foi, precisamente, com uma poética
viagem pelo espaço, a bordo dos poemas «Vaivém», de Jorge Sousa Braga, e
«Universo», de José Jorge Letria, que os alunos das três turmas do 7.º ano deram
início à atividade «3, 2, 1 … lançar sonda na biblioteca!», do Projeto «Newton
gostava de ler!», numa estratégia de articulação curricular com a
disciplina de Físico-química.
De regresso à Terra, os alunos viram-se
confrontados com uma missão extraordinariamente complicada. Subdivididos em
grupos, assumiram o papel de engenheiros aeroespaciais e tiveram de projetar e
construir um sistema de aterragem capaz de proteger uma frágil sonda espacial
(um OVO cru) ao embater no solo, depois de ser lançada de uma altura de dois
metros.
Dispondo de um orçamento de 50
milhões de euros, cada grupo podia investir na aquisição de materiais
sofisticadíssimos: bolas de algodão, bocadinhos de esferovite, luvas, balões,
paus de espetada, folhas de papel, tiras de cartolina, sacos de lixo, cordel,
etc.
Gastaram-se milhões e milhões de
euros, mas nem tudo correu bem: das onze sondas lançadas, só duas ficaram
intactas ao embater no solo. Ainda foi possível salvar três das restantes, por
apresentarem leves fissuras na «fuselagem». As outras desintegraram-se
totalmente e não foi viável qualquer aproveitamento.
Valeu a experiência e a
aprendizagem. Estamos certos de que as próximas missões terão desfechos mais
favoráveis.
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