Quase
quinhentos anos depois da sua primeira representação (em 1517, em Lisboa, nos
paços da Ribeira, mais concretamente na câmara da rainha D. Maria, que se
encontrava enferma), o “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente, chegou ao
Auditório da Escola Básica Manuel do Nascimento, numa irrepreensível encenação
da professora Clementina Jorge, que, nos últimos dois anos letivos, dinamizou o
Clube de Teatro desta escola.
Envolvendo
cerca de uma dúzia de jovens atores, o Clube de Teatro, que já havia
apresentado, no corrente ano, a peça “As Rainhas Magas”, superou-se com uma
excecional representação de algumas cenas do “Auto da Barca do Inferno”, a que
a docente acrescentou a cena da “Beata”, inspirada numa banda desenhada
produzida em 1998 por quatro alunas que frequentavam, então, o 9.º ano: a Mara
Catarino, a Patrícia Rosa a Sara Duarte e a Susana Amado.
O
Auditório encheu por três vezes e a assistência rendeu-se ao talento dos jovens
atores, que arrancaram fortes gargalhadas e estridentes aplausos aos
diversificados públicos que ali acorreram.
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