O estudo da obra Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, foi o pretexto para uma visita de estudo das três turmas do 9.º ano a Lisboa, no passado dia 16 de fevereiro, que visava atingir os seguintes objetivos:
- Fomentar o gosto pelo teatro;
- Facultar a consolidação de conhecimentos relativos à estrutura e características do texto dramático;
- Facilitar a perceção da transformação de texto escrito em texto representado;
- Propiciar o acesso a diferentes manifestações artísticas e culturais;
- Promover oportunidades para apreciação de obras de arte da época de Gil Vicente;
- Contribuir para o desenvolvimento da capacidade de integração em grupo e respeito pelos outros.
O programa começou com uma animada visita à Torre de Belém, uma das joias da arquitetura do reinado de D. Manuel I, construída estrategicamente na margem norte do rio Tejo, entre 1514 e 1520, para defesa da barra de Lisboa.
A subida ao último andar da torre abriu o apetite para o almoço, estando garantida uma passagem pela Antiga Confeitaria de Belém, onde os pastéis saem do forno às centenas.
Seguiu-se a assistência à representação da peça Auto da Barca do Inferno pelo grupo de teatro "O Sonho", numa excecional encenação de Ruy Pessoa.
E o programa ficou completo com uma visita ao Museu Nacional da Arte Antiga, onde os alunos puderam apreciar três obras diretamente relacionadas com a peça em estudo:
Custódia de Belém - a mais célebre obra da ourivesaria portuguesa, mandada lavrar pelo rei D. Manuel I para o Mosteiro dos Jerónimos e atribuível (com alguma celeuma) ao ourives e dramaturgo Gil Vicente;
Painéis de São Vicente - obra- prima da pintura portuguesa do século XVI, atribuída a Nuno Gonçalves, que apresenta uma solene e monumental assembleia representativa da Corte e de vários estratos da sociedade portuguesa da época;
Tentações de Santo Antão - tríptico assinado por Jheronymus Bosch (1450/60-1516) que retrata a tentação e a solidão do homem justo perante o mal e o diabólico que domina o mundo terreno.