sexta-feira, 13 de março de 2015

UM POEMA POR DIA: EPIGRAMA

A morte do avarento
Hieronymus Bosch (1450?-1516)

EPIGRAMA


Levando um velho avarento
Uma pedrada num olho,
Pôs-se-lhe no mesmo instante
Tamanho como um repolho.

Certo doutor, não das dúzias,
Mas sim médico perfeito,
Dez moedas lhe pedia
Para o livrar do defeito. 

«Dez moedas! (diz o avaro)
Meu sangue não desperdiço:
Dez moedas por um olho!
O outro dou eu por isso.»

                       Bocage
                   Poema sugerido por: Pedro Dinis - 7.º B

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