terça-feira, 25 de setembro de 2018

QUEM ÉS?



«Quem és?»
Digo o teu nome vezes sem conta.
Passo pela tua casa quase todos os dias.
Dás nome à minha escola.
Vejo-te na biblioteca. (Às vezes não dou por ti, confesso.)
Ofereceram aos meus pais os teus livros (quando eu era mais pequeno).

E, ainda assim, não sei quem és:
Manuel do Nascimento.

Comecei o ano de forma estranha. Apresentei-me. Os meus colegas apresentaram-se. A professora apresentou-se. E tu, tu juntaste-te a nós. Sabes, há trabalhos de casa que valem mesmo a pena, se servem para conhecermos melhor os escritores da nossa terra. Sei que em Portimão há uma escola que rima porque tem nome de poeta: António Aleixo. E que em Loulé a biblioteca municipal cheira a mar, porque leva o nome da escritora Sophia de Mello Breyner. Da nossa escola vê-se a serra porque tu existes nela. Imagino a tua alegria ao saber que és o seu patrono, mas o orgulho é verdadeiramente nosso, acredita. Doeu um pouco quando comecei a ler tudo o que havia sobre ti na biblioteca (primeiro T.P.C. do ano, a tua biografia!), nunca pensei que tivesses passado por tantas dificuldades: o desemprego, a censura, a doença, enfim... Mas gostei tanto de saber que voltaste a casa, que escreveste tantos livros, que fizeste tantas coisas importantes, que (d)escrevias o que vias, que sonhavas com um mundo melhor, mais justo, mais igual.
Mas sabes quando me aproximei mesmo de ti? Quando te li. Não acreditas? Ora escuta: «Era quase noite quando o pobre da gravata preta apareceu ao fundo da estrada.» Diz-te alguma coisa? Nunca pensei que um conto tão curto pudesse levar a um debate tão animado! «Sapo e Lagarto», até eu participei na discussão! Acabámos a falar de «bullying» nas escolas de hoje, vê lá tu ao que nos levou o teu texto. E já lá vão setenta anos desde que o escreveste! Sabes ... um dia vou falar de ti aos meus netos. Para que não te esqueçam.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

MONCHIQUE NAS PÁGINAS DO «LE MONDE DIPLOMATIQUE» PELA PENA DE EDUARDO DUARTE

O escritor monchiquense Eduardo Jorge Duarte volta a estar em destaque na última página da edição portuguesa do «Le Monde Diplomatique», no mês de setembro.
Desta vez, a narrativa cedeu lugar à poesia e a catástrofe dos incêndios marca a melodia de um poema feito das emoções de um geógrafo escritor que traz os «marcos existenciais» esculpidos na Serra de Monchique cujas fragas são, citando o autor no poema «Perfil», «sangue a correr-(lhe) nas artérias».

O poema agora publicado é um grito de esperança, que profetiza «Um reino onde haverá pomares/ Sempre em flor» e um «futuro já em fruto», a fazer esquecer «A noite espalhada pelos lugares», «Hectares e hectares/De escuridão e dor».


quarta-feira, 19 de setembro de 2018

PAIS VOLTAM À ESCOLA NO 1.º DIA DE AULAS

O primeiro dia de aulas, no Agrupamento de Escolas de Monchique, foi dia de receção a pais e encarregados de educação dos alunos do 1.º e do 5.º ano.
A Biblioteca Escolar foi um dos espaços visitados pelos pais, que ficaram a conhecer os recursos e os serviços disponibilizados e algumas das atividades desenvolvidas. 
Num ambiente informal e descontraído, animado por um «chazinho» e uma fatia de bolo, muitos dos pais recuaram à adolescência, recordaram os seus tempos de escola e as comparações foram inevitáveis.




A leitura marcou presença neste encontro e os pais foram convidados a conhecer a obra de Manuel do Nascimento, patrono da escola dos 2.º e 3.º ciclos, recebendo um dos dois títulos que foram reeditados.



quinta-feira, 13 de setembro de 2018

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

PAIS E FILHOS NO 1.º DIA DE AULAS

O ano letivo 2018/2019 começa a 14 de setembro no Agrupamento de Escolas de Monchique.
No primeiro dia de aulas, os alunos do 5.º ano vêm acompanhados pelos pais/encarregados de educação e a escola abre-se à comunidade, dando a conhecer o seu espaço, os serviços, os recursos e a organização.
A Biblioteca Escola aderiu a esta iniciativa da Direção do Agrupamento e o encontro com os pais está marcado para as 10h00.