terça-feira, 12 de dezembro de 2023

SELO CURIOSO 32 - HISTÓRIA (RAINHA SANTA ISABEL)

Este selo, que aqui publicamos, comemorativo da Rainha Santa Isabel, foi emitido em 1958 e é mais um exemplar da coleção privada que está à guarda da nossa biblioteca escolar.


Segue-se uma breve biografia desta rainha de Portugal. 

D. Isabel de Aragão nasceu em Saragoça ou Barcelona, por volta de 1270. Era filha de Pedro III de Aragão e de D. Constança de Navarra, neta de Jaime I, o conquistador.
Tornou-se rainha de Portugal ao casar com o rei D. Dinis, em Trancoso, no dia 24 de junho de 1288. 
Desde jovem que se dedicava à meditação, ao silêncio e à oração. Era uma mulher culta, sensível, generosa e dedicada aos mais pobres e desprotegidos. Para proteger as mulheres mais vulneráveis, criou albergarias. Distribuía esmolas e alimentos às raparigas pobres e a mendigos.
Numa altura em que levava pão para distribuir, o rei, que não apreciava a proximidade da rainha com os mais pobres, perguntou-lhe o que levava no regaço e ela respondeu que eram rosas. E, ao mostrar-lhe, em vez de pão, caíram rosas do seu regaço.  Este foi o seu milagre mais conhecido.
Esta rainha fundou, ou ajudou a fundar, hospitais em Leiria, Santarém e Coimbra; asilos ou albergarias em Leiria e Odivelas; o Convento da Trindade em Lisboa, o claustro em Alcobaça e capelas em Leiria e Óbidos e deixou testamento para estas instituições.
D. Isabel desempenhou ao longo da sua vida um papel de construtora de paz e de mediadora de conflitos, nomeadamente, na guerra entre D. Dinis e o seu filho, o príncipe D. Afonso. Ela conseguiu que a paz fosse assinada, em 1322. No ano seguinte, reiniciaram-se os conflitos e a rainha evitou que a batalha ocorresse, colocando-se entre os exércitos de pai e filho. Acompanhou D. Dinis em missões políticas e diplomáticas, mostrando-se astuta, interessada e consciente do seu poder. Muito além da imagem de piedosa e submissa.
Após a morte de D. Dinis, em 1325, ingressou na vida monástica, na ordem das Clarissas, nos Paços de Santa Ana, junto a Santa Clara de Coimbra. Veio a falecer em Estremoz, vítima de peste, a 4 de julho de 1336. Por sua vontade, foi sepultada no Convento de Santa Clara, no túmulo que ela mandara executar. Reza a lenda que, durante o cortejo do funeral, o seu corpo exalava perfume de rosas. Poucos dias após a sua morte, ocorreu a cura milagrosa de duas mulheres.
A rainha veio a ser beatificada pelo papa Leão X, a pedido de D. Manuel I, em 1516, e foi canonizada, em 1625, pelo Papa Urbano VIII.
Atualmente, as suas festas religiosas, como padroeira da cidade de Coimbra, realizam-se a 4 de julho, de quatro em quatro anos.

Referências bibliográficas: 

Rainha Santa Isabel. (s.d.). Retirado de https://rb.gy/34mj5g

Serrão, J. ( Dir.). (1971). Dicionário de História de Portugal. (Vol.II, pp.566-567). Lisboa: Iniciativas Editoriais.

Trabalho produzido pela Professora Conceição Windle.

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