A FORÇA DOS PEQUENOS OBJETOS
Vou
para a escola, entro na sala, sento-me no respetivo lugar e coloco as minhas
coisas na secretária. O retângulo com pernas treme como uma gelatina! Um
simples papel, quando colocado debaixo da perna defeituosa, solidifica a
gelatina.
Isto
faz-me pensar que as fábricas produzem assim os objetos de propósito, ou para
poupar materiais ou simplesmente porque o fazem de qualquer jeito, o que não me
surpreenderia. Caso algum dia vendessem uma mesa sem uma perna, teríamos que
construir uma Torre de Pisa de papel!
O
papel tem inúmeras utilizações, além de se usar para escrever, desenhar ou até
fazer origamis. Quanto mais se dobra um papel, mais resistente ele se mantém,
um pouco como os fones do telemóvel, cujos fios quanto mais enleados ficam,
mais difícil é de voltarem ao normal. Às vezes penso o porquê de alguns
objetos, como um galho de uma árvore, por exemplo, serem mais fáceis de partir
quanto maiores são, mas, se mais pequenos, mais fortes se tornam. O mesmo se
aplica ao quadrado/retângulo branco que, quando dobrado, mais difícil é de
rasgar. Daqui a pouco, inventarão um tanque de guerra de papel, dobrado, que
joga a arma principal dos alunos: bola de papel! Os aviões seriam de papel e os
barcos também, e assim as guerras seriam melhores. Mais pacíficas…
Porque fazem as coisas que compramos parecerem ótimas, pelo seu aspeto, para
depois nos fornecerem um equipamento defeituoso, de curta duração? Por outro
lado, esta situação também me fez pensar que mesmo os objetos pequenos têm o
seu valor, como o papel que, quando dobrado, se torna mais resistente.
IMAGEM: @N. Lemos |
1 comentário:
Excelente reflexão! Parabéns, Tiago!
Eduardo Duarte
Enviar um comentário