Mais um prémio para uma aluna da Escola Básica Manuel do Nascimento, no concurso Uma Aventura... Literária 2020, na modalidade de texto original. Desta vez a distinção, uma Menção Honrosa, é para a Leonor Valério, da turma A do 7.º ano, na modalidade de «Texto Original».
Parabéns à Leonor e também à sua professora de Português, a professora Graça Peixoto, que a incentivou a participar com o bonito texto que se segue.
Um
belo dia na Foia
Estava
um dia agradável, saltei da cama, arranjei-me e fui dar uma volta até à Foia com
o meu cão, o Cometa. Somos amigos inseparáveis, vamos para todo o lado juntos,
menos à escola, infelizmente.
Íamos, então, numa das nossas
conversas, quando reparei numa placa que nunca tinha visto por ali. Achei
estranho. Que indicação nos estava a dar? Andámos mais um pouco e vimos outra
placa e assim por diante fomos seguindo as várias placas mistério que nos iam
surgindo.
Estávamos os dois cada vez mais
curiosos. Quando seria que tudo aquilo iria terminar? Em breve, ficámos a
saber. A última placa apontava para uma casinha que nunca tinha visto. Estava
coberta de musgo e não tinha telhado nem janelas, só uma porta de carvalho.
Pensei que numa casa daquelas ninguém moraria.
Íamos
sair dali quando ouvimos uns passos. Eu e o Cometa fugimos e escondemo-nos
atrás do primeiro arbusto que encontrámos. Ouvimos uma voz. Espreitei
cuidadosamente e vi uma velhinha. A velhinha perguntou quem estava ali. Eu e o Cometa não respondemos. Ficámos
calados à espera que ela se fosse embora.
A
velhinha era baixa, de cabelos cinzentos e tinha uns olhos grandes e pretos.
Estava vestida de preto da cabeça aos pés. Parecia uma bruxa. Misteriosamente
desapareceu. Eu e o Cometa aguardámos mais um pouco e, quando nos pareceu
seguro, dirigimo-nos para a estranha casinha.
Entrámos
e ficámos numa sala pequena onde havia, em cima de uma mesa, um livro rodeado
de frascos que continham uns pós estranhos. Peguei no livro sacudi o pó e li-o.
Naquelas páginas estava escrito aquilo que parecia serem as instruções de uma
poção. Em cada página dizia que frascos se usariam para a fazer.
-
Será que é mesmo uma bruxa? - sussurrei ao Cometa.
Deixei
de ler. Pousei o livro e tentámos sair, mas, do nada, aparece a velhinha.
Conseguimos esconder-nos. Vimos a
velhinha a ler o livro e a preparar aquilo que nos parecia uma poção
mágica. Depois, pega num vaso cheio de
flores e… surpresa! Aparecem vasos atrás de vasos cheios de flores. Será que
ela estava a tentar criar um exército de flores?! Nisto o Cometa começa a
rosnar, pois viu uma abelha e depois outra e outra, mas não nos faziam mal.
A
velhinha vira-se e vê-nos. E agora? É o nosso fim!
Mas,
afinal, não tínhamos nada a recear. A velhinha tinha uma voz doce como o mel.
Tranquilizou-nos e disse-nos o que estava a fazer. Querem saber? Estava a fazer réplicas de
várias flores para alimentar as abelhas.
Depois,
mais tranquilos e a beber um chá de camomila, a velhinha explicou-nos tudo. Era
urgente salvar as abelhas e uma das formas era plantar uma variedade de flores
com as quais as abelhas se alimentassem. Como o processo natural demora o seu
tempo, ela tinha inventado uma poção mágica que reproduzia em segundos vários
tipos de plantas.
Eu e o Cometa ficámos felizes por
saber que alguém se preocupa com a extinção das abelhas e que procura encontrar
soluções rápidas, pois sem a polinização das abelhas o mundo ficaria mais
pobre. Ficámos ambos a saber, também, que não devemos julgar as pessoas pelas
aparências. Aprendemos a lição naquele dia, na Foia.
Leonor Valério, 7.º A – Escola Básica Manuel do Nascimento, Monchique
4 comentários:
Muitos parabéns à Leonor Valério e à professora Graça Peixoto!
Muitos parabéns Leonor Valério belo texto!
Parabéns, está muito bom.
Gostei muito da tua história, parabéns.
Beijinhos,
Afonso Pinto
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