sexta-feira, 31 de maio de 2019

FALAR DE LEITURA COMO GENTE GRANDE

Às vezes, é difícil escolher apenas um livro para apresentar na Rádio Foia.
Este problema só se coloca, obviamente, aos nossos melhores leitores e, nesta situação, o melhor, mesmo, é falar de todos os livros que nos deixaram indecisos. E foi precisamente isso que se passou com a Beatriz Morales. Compreende-se porquê: foi a nossa finalista do 3.º ciclo na fase intermunicipal do Concurso Nacional de Leitura, cuja participação implicava a leitura da obra Os da Minha Rua, de Ondjaki; foi a nossa representante no Concurso «Momentos de Leitura», onde fez a leitura expressiva de um excerto da obra Os Vagabundos dos Telhados, de Katherine Rundel; ficou deslumbrada com duas obras que leu para a atividade «À Roda dos Livros»: A Cidades dos Deuses Selvagens, de Isabel Allende, e O Mandarim, de Eça de Queirós. 
A preferência por estas duas últimas obras foi bem evidente ao longo da apresentação: a emoção com que abordou as vivências de Alexandre Cold na sua expedição à Amazónia estava também presente na referência ao enigmático toque de campainha que ditou a morte de um velho, mas riquíssimo, mandarim chinês.
A leitura, no entanto, voltou a centrar-se na obra de Katherine Rundel, e a Beatriz presenteou os ouvintes com uma excelente leitura do excerto que lera no concurso, comprovando que foi uma candidata à altura do desafio.





sexta-feira, 24 de maio de 2019

QUANDO UM LIVRO GANHA CORPO E OS OLHARES SE MULTIPLICAM: HISTÓRIA(S) DE UMA VISITA

Acordei bem cedo, pela manhã, ainda o sol não raiava. Chateado por ter saído do mundo dos sonhos, onde podemos nadar no mais fundo dos oceanos ou sobrevoar a mais alta de todas as montanhas, barafustei.
De repente, oiço uns pequenos passos. Abro os olhos e vejo uns longos bigodes, ao mesmo tempo, oiço um suave miado, e logo uma leve pata, com umas pequenas e delicadas almofadinhas, pisa a minha cara. É a minha gata, Cal! Assim que viro os meus pensamentos para o dia, percebo que é tempo de viajar de outra forma. Apenas me levanto pela motivação que a viagem me dá, desço as escadas velozmente e, num abrir e fechar de olhos, estou vestido.
Num ápice, encontro-me na cozinha e já os meus pais estão a preparar o pequeno-almoço. Rapidamente, devoro a minha taça de cereais e, noutro instante, estou na casa de banho. Lavo os dentes com movimentos regulares.
Pego na bagagem, equipo-me e o meu pai leva-me ao heliporto. Descemos a Fóia rapidamente pois àquela hora não havia trânsito... Chegados ao heliporto, o meu pai deixa-me e eu entro no autocarro.
Rafael Mira Mendes, 7.º B

A maior parte da viagem, fui a observar a paisagem, os pássaros a voarem no céu como aviões, os carros vizinhos que andavam na autoestrada com destinos desconhecidos e o rio Tejo, que baloiçava de um lado para o outro, calmamente, como os caracóis que levam uma eternidade a viajar de um prado para o outro. Além disso, também ouvi música.
Quando chegámos a Lisboa, senti um bafo de calor na minha cara, como se uma bola de fogo me tivesse atingido. Depois ...
Inês Isabel Duarte Inácio , 7.º A

Parámos num jardim muito bonito, com muitos bancos espalhados pelo espaço, muitas plantas e uma espécie de lago com um canal de água que atravessava o jardim de uma ponta à outra. Aí, dividimo-nos em grupos e fizemos uma atividade que consistia em ler um capítulo da obra «Leandro, Rei da Helíria», de Alice Vieira, e depois contar aos restantes ... No meu grupo, fui eu a porta-voz!
Inês Silva Inácio , 7.º A

De seguida, tivemos de arranjar um par, da outra turma, para imaginarmos e escrevermos o final da história, pois só tínhamos lido o primeiro ato!
Caminhámos, depois, todos juntos ao longo do rio Tejo, no Parque das Nações, para almoçarmos. Tem uma vista lindíssima! Quando acabámos de comer, apanhámos o autocarro e fomos assistir à peça de teatro no auditório do Colégio Pedro Arrupe. O objetivo da visita era mesmo esse! Ao chegarmos, entrámos, sentámo-nos e ofereceram-nos uns cartões para o telemóvel. Então, assistimos à peça, foi muito divertido!
Rita Nobre Gonçalves , 7.º B

A história falava de um rei que tinha três filhas e queria dividir o reino por elas. Para isso,  pediu às filhas que lhe dissessem quanto o amavam. Amarílis disse que o amava tanto como ao sol; a Hortênsia disse que o amava tanto como ao ar que respirava e a Violeta disse que o amava tanto como a comida precisa de sal. E assim continuou a história ...
Filipa Reis Marques , 7.º B

Eu achei que a sala era grande e confortável. O teatro, por sua vez, teve muitos pontos positivos e poucos negativos. Quando nós chegámos, os senhores que lá estavam certificaram-se que ninguém tinha pastilhas e isso foi bom porque contribuiu para a higiene do teatro. Outro ponto positivo foi a boa atuação dos atores, pareciam muito profissionais. Como ponto negativo, só achei o facto de o teatro ter sido um pouco curto...
Miguel Ramos , 7.º A

A única coisa de que não gostei foi a parte em que o suposto marido da Violeta estava a cantar falsete, mas, na realidade, nem sabia o que isso era! De resto, gostei muito e gostei do pormenor de estarmos a falar por “skype” com William Shakespeare. Isso foi muito engraçado, porque ele até teve de fingir que estava a dormir para a mulher o deixar ver o teatro!
Guilherme Carvalho, 7.º B

Terminado o teatro, voltámos para o autocarro. Seguimos viagem e as raparigas começaram a pôr música, depois parámos a meio do caminho para lanchar. Comemos muito, especialmente as bolachas e «palmiers» que os professores tinham levado! Depois seguimos viagem, já estávamos cansados!
Beatriz Francisco , 7.º B

Durante a viagem de regresso a Monchique, refleti um pouco sobre os ensinamentos que a peça de teatro me transmitiu. Que devemos ser sempre nós mesmos, como Violeta, que não seguiu o mau exemplo das irmãs; também que não devemos forçar as coisas para que aconteçam, pois tudo tem um momento certo para acontecer, como com o rei de Helíria, que só descobriu que as palavras de Violeta não tinham sido um insulto muito tempo depois...
Inês Isabel Duarte Inácio , 7.º A

Mal cheguei a casa, vesti o pijama e fui «amalhar-me». Foram poucos os minutos que fiquei na cama acordada...
Carolina Morais , 7.º B

Eu gostei muito da visita de estudo, o teatro foi muito giro e engraçado, mas tenho pena que tenha sido tão curto. Espero que tenhamos mais visitas de estudo assim, talvez já não este ano, pois está quase a terminar, mas para o próximo!
Beatriz Vaze , 7.º B









(Fotografias: Professora Natividade Lemos)

quinta-feira, 23 de maio de 2019

UMA MALA ASSOMBRADA NA RÁDIO FOIA

A Mala Assombrada, de David Machado, tem um título bem assustador e a história até pode causar grandes arrepios a quem tem medo de fantasmas.
No entanto, este é um livro cheio de humor, que aborda, de uma forma muito divertida, o medo na infância e as traquinices entre dois irmãos: um de nove anos com medo de tudo e um de cinco anos que não tem medo de nada.
Para o António Duarte, da turma B do 5.º ano, este é um livro muito especial, que lhe foi oferecido pelo tio, o escritor Eduardo Duarte, e que o tem acompanhado ao longo da sua vida.
A história foi-lhe lida pelos pais, dezenas de vezes, quando ainda era bebé. Agora, é ele que a lê, com entusiasmo e fascínio e com a compreensível malícia de quem conhece o desfecho. 
Mal a leitura começou, o suspense apoderou-se do estúdio da Rádio Foia, o suposto fantasma saltou da mala e fomos envolvidos no enredo criado pelo irmão mais novo que, sem dó nem piedade, explorava, ao limite, o medo do seu irmão mais velho.
A leitura fluía agradável, rápida e cativante, e os olhos do nosso leitor brilhavam, satisfeitos com o ambiente de mistério e a curiosidade dos presentes.
Era impensável deixar a leitura a meio! O António fez-nos a vontade. Leu a história toda e deixou-nos encantados com esta obra de David Machado.



domingo, 12 de maio de 2019

quarta-feira, 8 de maio de 2019

PARES DA LEITURA 2018-19: UMA FINAL ANIMADA E DIVERTIDA

Eram 20 horas do dia 7 de maio de 2019 e o auditório da Escola Básica Manuel do Nascimento já estava preparado para receber a final do Concurso «Pares da Leitura»: a 11.ª final deste concurso, que começou no ano letivo 2008-2009.
Ao fundo, dez cadeiras aguardavam pelos concorrentes: primeiro dez alunos, depois dez adultos, que iriam responder alternadamente a três séries distintas de questões (verdadeiro/falso; escolha múltipla; frase lacunar).


E o auditório encheu para assistir à prova e celebrar a leitura.


Depois de ouvir atentamente as questões sobre a obra O Mistério do Colar Desaparecido, de Enid Blyton, os alunos foram registando as suas opções e recolhendo uma valiosa «moeda de oiro» por cada resposta certa.





No final de cada série, os alunos cediam os lugares aos seus pares, os adultos, e as questões centravam-se, então, na obra A Lua de Joana, de Maria Teresa Maia Gonzalez.


Para relaxar e fazer lembrar que a leitura é mesmo o mais importante neste concurso, no final de cada série, a Carolina Morais e a Beatriz Reis presentearam a assistência com excelentes leituras de alguns dos seus poemas preferidos.



Um dos momentos mais animados da noite foi a apresentação de uma canção da autoria da turma A do 6.º ano,composta no âmbito das Histórias da Ajudaris 19, sob a orientação das professoras Carla Travessa e Velma Costa.


No final, fizeram-se contas às moedas arrecadadas.
Verificado um empate no 1.º lugar, com duas equipas a totalizarem 28 pontos (num conjunto de 30 questões), os alunos de cada par responderam a mais três questões (uma de cada tipo). Mantendo-se o empate, recorreu-se à estratégia de «morte súbita». Lançados os dados, o aluno com valor superior, o Gil Matos, optou por responder, sem qualquer hesitação. A resposta certa valeu-lhe o 1.º lugar, tendo revalidado «o título» do ano anterior.




Os cinco primeiros lugares foram ocupados pelas seguintes equipas:
1.º lugar - Gil Matos (6.º A) / Carla Alfarrobinha (mãe);
2.º lugar - Maria Gonçalves Nunes (5.º A) / Sónia Nunes (mãe);
3.º lugar - Inês Calapez Duarte (5.º A) / Paula Calapez (mãe);
4.º lugar - Anita Marques (5.º B) / Teresa Campos (mãe);
5.º lugar - Rodrigo Simões (5.º A) / Sónia Martinho (mãe).

No entanto, todas as equipas foram premiadas com vales oferecidos pelo Presidente da Junta de Freguesia de Monchique.

Esta sessão contou também com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Monchique, que premiou os alunos monchiquenses que representaram o concelho na fase intermunicipal do Concurso Nacional de Leitura: Alícia Costa Duarte e Daniela Reis (1.º ciclo), Anita Marques e Gil Matos (2.º ciclo), Beatriz Reis e Carolina Morais (3.º ciclo).
O Presidente da Câmara premiou, ainda, os finalistas de Monchique que participaram na final do Concurso «Momentos de Leitura»: Simão Correia (1.º ciclo), Mariele Venda (2.º ciclo) e Beatriz Reis (3.º ciclo).


segunda-feira, 6 de maio de 2019

«A FADA ORIANA» TODA EM POUCO MAIS DE MEIA HORA

Quem não conhece A Fada Oriana perdeu uma excelente oportunidade de, em pouco mais de meia hora, ficar a conhecer, na íntegra, esta magnífica obra de Sophia de Mello Breyner Andresen.
Na última edição de Um Livro por Semana, que foi para o ar no dia 2 de maio, a Lara Jaime e a Maria Xavier Gouveia, ambas da turma B do 5.º ano, fizeram uma apresentação irrepreensível desta obra, que acabaram de estudar nas aulas de Português.

A Lara Jaime começou por ler o primeiro capítulo, «Oriana», apresentando-nos a personagem principal - uma fada boa.

Não havendo tempo para a leitura integral do livro, a Lara revelou-nos uma parte significativa da história com o seguinte resumo:
A personagem principal desta história é uma fada chamada Oriana, que tomava conta de uma floresta, tarefa esta que lhe tinha sido dada pela Rainha das Fadas.
Ela cuidava das plantas, dos animais e dos homens, mas tinha uma atenção especial por uma velhinha, que vivia sozinha na floresta, ajudando-a em várias tarefas.
Certo dia, Oriana aproximou-se do rio e viu um peixe que estava quase a morrer fora de água. Quando foi colocá-lo na água, viu a sua imagem refletida e ficou deslumbrada com a sua beleza.
A partir de então, ficou muito vaidosa, deixou de cuidar da floresta e acabou por se esquecer completamente da velhinha.
Quando a Rainha das Fadas viu o abandono da floresta, ficou muito zangada, castigou Oriana e tirou-lhe as suas asas e a varinha de condão.
Oriana ficou muito triste. A Rainha das Fadas disse-lhe, então, que só lhe devolveria as asas e a varinha de condão quando ela fizesse alguma ação que o justificasse.
Passado algum tempo, Oriana viu a velhinha, muito cansada e quase cega, a caminhar em direção a um abismo. Oriana correu, correu…

Satisfazendo a curiosidade dos ouvintes, que queriam, certamente, ficar a saber o desfecho da história, a Maria fez, então, uma excelente leitura do último capítulo, intitulado «O Abismo».


Será que Oriana conseguiu salvar a velhinha?
Terá ela recuperado as suas asas e a sua varinha de condão?

Pois... Quem não acompanhou o programa terá, agora, de ler este último capítulo para descobrir o que aconteceu.
Mas o melhor é ... aproveitar a oportunidade e ler toda a obra. Vai valer a pena!

sábado, 4 de maio de 2019

«MOMENTOS DE LEITURA» 2019


A final da 7:ª edição do Concurso «Momentos de Leitura» decorreu hoje na Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, reunindo representantes de todos os agrupamentos de escolas dos concelhos de Monchique e Portimão.
Monchique esteve representado pelo Simão Correia (1.º ciclo), pela Mariele Venda (2.º ciclo) e pela Beatriz Reis (3.º ciclo).
Numa competição marcada por um expressivo conjunto de excelentes leituras, os nossos meninos não conquistaram o troféu do 1.º lugar, mas deixaram-nos muito orgulhosos com as suas prestações.