terça-feira, 18 de dezembro de 2018

FELIZ NATAL E UM EXCELENTE 2019!

A Biblioteca Escolar deseja a todos os leitores deste blogue um FELIZ NATAL e um EXCELENTE 2019!

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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

«QUEM VÊ LIKES NÃO VÊ CORAÇÕES!»

O título do 5.º volume da coleção «O Estranhão» (Quem vê likes não vê corações!), de Álvaro Magalhães, é bem sugestivo e poderia dar pano para mangas numa boa discussão sobre as redes sociais. No entanto, aproximando-se o Natal, a Carolina Morais, da turma B do 7.º ano, deixou esse tema para outra ocasião e preferiu partilhar com os ouvintes da Rádio Foia um excerto da obra intitulado «Jesus Cristo e eu».


Imaginem que o Fred, o Estranhão, nasceu precisamente no dia 25 de dezembro, numa ambulância, quando a sua mãe ia a caminho do hospital.
«As ruas da cidade estavam iluminadas e as pessoas que passavam, carregadinhas de presentes, sorriam umas para as outras. Havia música no ar e grupos de jovens cantavam»


«Estavam todos, portanto, a festejar o nascimento de um menino. E quem poderia ser?»
Obviamente, o Fred pensou que estavam a festejar o SEU nascimento, pois não via mais menino nenhum acabado de nascer.
Ao chegar a casa, porém, percebeu quem era o tal menino.
«Era de barro e estava deitado numas palhinhas, diante da árvore enfeitada e cheia de presentes. Sim, era o Menino Jesus, que nasceu há dois mil e tal anos e continua a fazer anos».
E se, ao princípio, nascer no Natal até parecia uma coisa acertada, o Fred acabou por perceber que era uma concorrência desleal. «Quem pode competir com alguém que 2000 anos depois de ter vivido ainda continua a ser tão popular?»
Com o passar dos anos, os problemas e as confusões intensificaram-se. Fred foi desenvolvendo uma má relação com o «menino do presépio», mas ganhou-lhe respeitinho. «Como grandes males pedem grandes remédios», Fred tomou, finalmente, uma decisão grave:
«Para o ano, e depois também, passo a fazer anos um mês antes ou um mês depois do Natal. Talvez um mês antes, para não mudar de ano. Quero lá saber da data que está no cartão de cidadão. Para efeitos de festejos e comemorações, nasci a 25 de novembro, um mês a.D (antes Dele)».



Como podem imaginar, esta última edição de «Um Livro por Semana» de 2018 foi muito divertida. A Carolina acertou, em cheio, na escolha da obra e, com graciosidade e descontração, foi partilhando com os ouvintes da nossa rádio local episódios muito engraçados, recheados de  humor e imaginação.

domingo, 16 de dezembro de 2018

E SE UM DIA UMA CHALEIRA...

«Há muito, muito tempo havia num templo de uma das províncias orientais uma velha e talentosa chaleira. Um dia, quando o sacerdote do templo ia suspendê-la sobre o fogo, a fim de ferver água para o seu chá, a chaleira ...»
Pearl S. Buck, «A Estranha e Talentosa Chaleira»
in Histórias Maravilhosas do Oriente, Lisboa, Livros do Brasil, 2006.

   ... partiu-se! Mas o sacerdote não notou. Por isso, saiu e foi beber o seu chá, tranquilamente. Mas, quando entrou outra vez para arrumar o templo, reparou no sucedido e ficou muito triste, porque aquela chaleira era antiquíssima, do tempo dos seus bisavós. O sacerdote ficou a pensar, a pensar, e lembrou-se que há muito tempo, quando ainda era criança, tinha conhecido uma bruxa velha que conseguia arranjar muitas coisas, embora por um preço exorbitante...
    Então, no dia seguinte, o sacerdote partiu com a intenção de visitar aquela bruxa, que era de muito longe. Ele sabia que o conserto ia ter um preço muito elevado, por isso, levou um saco de moedas de ouro que tinha encontrado algures no passado. Depois de caminhar por muito tempo, finalmente, o sacerdote encontrou a casinha da bruxa, que se localizava numa floresta muito bela, com rios de água transparente e muitos animais.
    O sacerdote bateu à porta e abriu-a uma velhinha de roupa rasgada e cabelo branco, que era a tal bruxa. O sacerdote explicou-lhe o que tinha sucedido e a ela disse então que conseguia arranjar a chaleira, mas que o sacerdote tinha de aceitar três condições: a primeira era mesmo pagar um preço muito elevado pelo arranjo, mas o sacerdote para isso já vinha preparado, e então aceitou, curvando a cabeça. A segunda condição era, imagine-se, que cada vez que ele usasse a chaleira ficasse com a língua azul, mas o sacerdote estimava tanto aquele objeto, que também aceitou, sem reclamar. Mas a terceira condição já era bastante mais complicada... O sacerdote teria que se dar ao trabalho de ir à floresta, encontrar uma árvore de um fruto exótico e transformá-la numa cadeira especial, para que a bruxa pudesse descansar as suas velhas pernas, como gostava, ao pé da lareira. O sacerdote queria tanto que a bruxa resolvesse o problema da chaleira, que também aceitou, ainda que muito sofrido pela perda de uma árvore.      
    Assim, enquanto a velha bruxa arranjava a chaleira, o sacerdote ia à procura da árvore exótica para fazer a cadeira. Ao fim de dois dias, estavam ambos muitos cansados, mas satisfeitos por terem conseguido cumprir as respetivas missões. 
    O sacerdote, como combinado, entregou a o saco de moedas de ouro e a cadeira e, em troca, a velha bruxa devolveu a chaleira muito bem arranjada, com se nada se tivesse passado.
    O sacerdote retomou então o caminho de regresso a casa, por meio de montes e vales, e quando chegou, uma semana depois, sentou-se e suspendeu a chaleira ao fogo para fazer chá. Quando ficou pronto, o sacerdote sentou-se ao pé da lareira a beber o seu chá de gengibre com a sua língua azul.

Maizy Louise Washington, 7.º A,
Monchique, dezembro de 2018.

Shügetsu (c. 1427-c. 1510), sem título, Museu de Arte de Honolulu.

sábado, 15 de dezembro de 2018

QUEM SÃO OS LEITORES MISTÉRIO?

Conseguirá o nosso leitor adivinhar quem são os leitores mistério que estão nesta fotografia?


Descubra a identidade dos nossos leitores (alunos da Escola EB1 N.º 2), envie a resposta para bibescolaeb23monchique@gmail.com e habilite-se a um dos seguintes prémios.


Os nossos alunos já participaram, adivinharam e já ganharam.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA - ALUNOS APURADOS PARA A FASE INTERMUNICIPAL

Já são conhecidos os nomes dos alunos do Agrupamento de Escolas de Monchique que representarão o concelho na Fase Intermunicipal do Concurso Nacional de Leitura, que se realizará em março ou abril, numa das bibliotecas públicas do Algarve.


As provas da 1.ª Fase (Fase Escolar) decorreram ontem, dia 11 de dezembro, no auditório da Escola Básica Manuel do Nascimento, e ditaram o apuramento dos seguintes alunos:

1.º CICLO (Ordem alfabética)
Alícia Costa Duarte - 4.º ano - Escola EB1 N.º 2
Daniela Morales dos Reis - 4.º ano - Escola EB1 N.º 2

2.º CICLO (Ordem alfabética)
Anita Campos Marques - 5.º ano; Turma B
Gil de Alfarrobinha e Matos - 6.º ano; Turma A

3.º CICLO (Ordem alfabética)
Beatriz Morales dos Reis - 7.º ano; Turma B
Carolina Gonçalves Morais - 7.º ano; Turma B

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

ALUNOS TREINAM CÁLCULO MENTAL COM UM BARALHO DE CARTAS

A componente lúdica na aprendizagem da Matemática pode ser uma excelente estratégia para incentivar o interesse pela disciplina e melhorar o desempenho dos alunos. Neste pressuposto, a professora Emília Gonçalves convidou os seus alunos do 5.º ano a participarem num jogo de cartas, na Biblioteca Escolar, recorrendo a um baralho especial constituído por 54 cartas, 540 expressões numéricas e 5 graus de complexidade. SuperTmatik é o nome deste jogo, destinado ao treino do cálculo mental, que estimula a memorização, a criatividade e o raciocínio.



Subdivididos em pequenos grupos e sob a orientação de um aluno árbitro, os discentes puseram à prova a sua destreza de cálculo mental e puderam avaliar o seu domínio da tabuada e das regras das prioridades para resolução de expressões numéricas, tendo como objetivo a conquista de cartas/letras que permitem construir a expressão SUPER T.



No final, percebeu-se que a Matemática pode ser divertida e o SuperTmatik passou a ser um dos jogos mais concorridos na biblioteca.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

É IMPOSSÍVEL FICAR INDIFERENTE À LEITURA!

Podemos gostar pouco de ler. Podemos até mesmo não gostar de ler, mas ficar indiferentes às muitas e variadas leituras que os meninos e meninas das escolas de Monchique levam à Rádio Foia é tarefa quase impossível.
Cada semana, há uma proposta diferente. Os leitores mudam, os estilos divergem, as obras escolhidas diferenciam-se, consoante os interesses, as motivações e o nível etário dos participantes. No entanto, há uma espécie de magia comum a todas as edições que nos prende à emissão radiofónica e que nos leva a viajar pelas páginas dos livros, contagiados pelas leituras escorreitas, fluentes e expressivas dos meninos.
Nas três últimas edições de «Um Livro por Semana», a Leonor André e a Mariana Furtado, do 4.º ano da Escola EB1 N.º1 , o Gil Matos, da turma A do 6.º ano, a Daniela Reis e o Diogo Luz, do 4.º ano da Escola EB1 N.º 2, ofereceram-nos um conjunto diversificadíssimo de leituras e deixaram que autores portugueses e estrangeiros conceituados, como Alice Vieira, Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada e Goscinny e Uderzo, desfilassem, com rigor, ritmo e graciosidade, pelos microfones da Rádio Foia.
Com leituras e leitores assim, ouvir ler pode mesmo tornar-se um hábito muito agradável!